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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ambulantes continuam obstruindo calçadas de Manaus



(portal Acrítica)

Prefeitura proibiu os ambulantes de ficarem no entorno do Shopping Via Norte. Mas a lei acrescenta escolas, igrejas e hospitais

Na rua 10 de Julho, ao lado do Hospital Beneficente Portuguesa, várias barracas comercializam alimentos há mais de 10 anos. Pedestres afirmam que algumas foram retiradas, mas retornaram
Na rua 10 de Julho, ao lado do Hospital Beneficente Portuguesa, várias barracas comercializam alimentos há mais de 10 anos (Marcio Silva)
Vendedores informais instalados a 200 metros de locais públicos como shoppings, igrejas, escolas e hospitais são proibidos pelo Código de Postura do Município. Por esse motivo, a Prefeitura retirou cerca de 60 comerciantes do entorno do Shopping Via Norte, inaugurado na Zona Norte no dia 2 deste mês. A medida foi aplicada, mas o local é apenas um dos meios onde dezenas de pontos a prática é comum, tanto para os vendedores quanto para os pedestres, que desconhecem a lei.
Na rua 10 de Julho, no Centro, mais de dez barracas são montadas todos os dias. Elas não só estão instaladas  a menos de 200 metros como  ficam “coladas” à parede do Hospital Beneficente Portuguesa. Segundo a comerciante Larissa Martins, 19, as vendas iniciam às 7h. “Chegamos aqui de manhãzinha e saímos por volta de 20h15, quando os alunos da Uninorte vão saindo com fome da aula e compram mais”, disse. Ainda segundo Larissa, que divide o trabalho em turnos com outras pessoas, a banca existe no local há dez anos.
Outra comerciante que ocupa a esquina da 10 de Julho com a Joaquim Nabuco é “Maria”, 74, que vende café e sanduíches há pelos menos 15 anos no mesmo ponto. Segundo ela, a sua barraca é cadastrada pela Prefeitura.
“Eu tenho autorização pra ficar aqui, mas eu passo por dificuldades. Aqui não tem banheiro e hoje em dia tem muitas bancas. Só ali pra baixo tem mais nove cafés. A Prefeitura diz que vamos sair daqui em abril e não diz pra onde”, afirma. Ao ser questionada sobre as cadeiras instaladas na calçada, que é proibido segundo o Código de Postura do Município, ela afirmou que é para melhorar o atendimento. “Ninguém gosta de ficar em pé”, brinca.
Higiene
Entre os produtos vendidos nas barracas estão sanduíches, cafés, refrigerantes, salgados e frutas. A estudante Ingryd Vitória, 15, conta que não confia na qualidade da comida. “Algumas barracas saíram no ano passado e voltaram esse ano. Eu não como aqui porque de longe parece gostoso, mas quando paramos pra ver como é feito não dá pra confiar muito”, revelou.
A Secretaria Municipal de Feiras, Mercados, Produção e Abastecimento (Sempab) retirou ontem dezenas de barracas montadas no entorno do Shopping Via Norte. Na ocasião, o órgão informou que local ocupado pelos ambulantes é proibido para a prática do comércio. Até o fechamento desta edição, a Sempab não havia se pronunciado sobre os outros casos constatados pela reportagem.

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