(portal Acrítica)
Subsecretário da Semef, Lourival Paiva, diz que a prefeitura tem feito a sua parte, e chamado a população para o debate
A
audiência pública realizada pela Prefeitura de Manaus ontem para
discutir com a sociedade a minuta da lei que vai definir o orçamento do
município no ano que vem foi mais uma reunião burocrática entre técnicos
das secretarias devido a pouca adesão de populares.
Na
pauta de discussão, o destino dos R$ 4,5 bilhões de orçamento previstos
pela Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Tecnologia da
Informação (Semef).
No
encontro, realizado no auditório da sede da prefeitura, no bairro
Compensa, Zona Oeste, os representantes das principais pastas
apresentaram as estimativas de receitas e gastos para 2015. Os gestores
também fizeram um balanço das ações desenvolvidas pelos órgãos entre
2013 e 2014.
“Esse
é o importante momento em que a Prefeitura de Manaus, num esforço muito
grande, procurar criar as melhores diretrizes para que nós possamos ter
o nosso orçamento mais otimizado possível e colocado inteiramente a
serviço da sociedade manauara. Nossa prefeitura atravessa seu segundo
ano vivendo e contornando muitas dificuldades, que vão aparecendo ao
longo do caminho”, assim abriu a audiência o titular da Semef, Ulisses
Tapajós.
O
secretário frisou que a prefeitura já pagou 20 parcelas da dívida de R$
360 milhões deixada pela gestão de Amazonino Mendes (PDT). Foram pagos
R$ 10 milhões por mês.
“Isso
tem feito os nossos fornecedores nos prestigiar muito. Na medida em que
a prefeitura vai pagando as dívidas do passado e absolutamente em dia
os seus compromissos da administração atual, conquistamos conceito
satisfatório perante a sociedade”, disse.
Tapajós
apresentou dois fatores que impuseram um aperto no orçamento planejado
para esse ano. O primeiro foi o descumprimento por parte do Governo
Federal de um acordo para ressarcir R$ 150 milhões investidos pela
prefeitura em mobilidade urbana por conta da Copa do Mundo. “Isso feriu
bastante o caixa da prefeitura”, afirmou o secretário.
O
outro fator que, segundo ele, afetou o planejamento foi a determinação
do Ministério da Previdência para que a prefeitura pagasse os
funcionários aposentados, uma vez que a Manaus Previdência não tem
condições de pagar as aposentadorias. “De repente, de uma hora para a
outra, tivemos que passar a honrar o pagamento de R$ 7 milhões por mês”,
disse.
Secretários afinam discursos
Alinhados
com o discurso adotado pelo prefeito tucano Artur Neto, que desde a
pré-campanha tem acentuado as críticas à gestão Dilma Rousseff (PT) no
Governo Federal, por conta da falta de repasses e liberação de
empréstimos, os gestores frisaram que as pastas precisam cortar custos e
aumentar a eficiência. “Prevemos que o ano de 2015 ainda vai ser de
dificuldades”, disse Tapajós, que afirmou também que alertou o prefeito
que 2015 será um ano de “ turbulências”.
“A
prefeitura tem que aprender a viver com as forças dos seus recursos,
contando com o seu suor. Não temos tido nenhum apoio do Governo Federal.
Pode ser que a gente não tenha apoio do governo estadual”, afirmou o
titular da Semef.
Prioridades de investimento
Apesar
dos planejamentos da maioria das pastas trazerem o valor destinado para
investimentos, a palavra final sobre as prioridades será dada pelo
prefeito Artur Neto (PSDB) em reunião com o secretariado. O
subsecretário de orçamento e projetos da Semef, Lourival Praia, informou
ontem que a reunião será feita até o próximo dia 15 e até o dia 30 a
secretaria pretende entregar a minuta para análise e votação na Câmara
Municipal de Manaus (CMM).
SMTU quer T6 no Santa Etelvina
A
construção de um sexto terminal de passageiros de ônibus no bairro
Santa Etelvina, Zona Norte, está nos planos da SMTU para 2015. Ontem,
o diretor de transportes da superintendência, Waldir Frazão, disse
esperar que pelo menos a licitação para a construção seja feita no ano
que vem. “Estamos procurando um local para poder levar ao prefeito”.
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