Gol

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Homilia Diária

31JUL2017

O Reino e a Palavra de Deus dão consistência, fermentam e transformam toda a nossa vida

“O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda que um homem pega e semeia no seu campo” (Mateus 13,31).

Jesus continua falando conosco por meio de Suas parábolas e, hoje, Ele vai comparar o Seu Reino com dois elementos interessantes da natureza que eram usados no cotidiano da época d'Ele: o grão de mostarda, uma semente pequeníssima, quase que não cabe na palma de nossa mão, quase que não dá para se ver a olho nu; a outra comparação que Ele faz é com o fermento.

Veja, o grão de mostarda é pequeno e insignificante, mas quando cresce torna-se até maior do que as outras hortaliças. O Reino dos Céus é assim, ele parece que não significa nada para a sociedade, quando não conhecemos dizemos: "Aquelas coisas da Igreja...", mas quando essa semente pequena, insignificante e sem importância para as pessoas cresce, transforma toda a sociedade.

Veja, não nos tornamos grandes. Eu não me tornei nem um pouco grande, importante ou melhor por causa da Palavra de Deus, mas ela se tornou grande na minha vida, tornou-se o grande tesouro da minha vida. No início não entendia, eu era um livro entre tantos outros, mas quando eu descobri esse tesouro, ele entrou na minha vida e a transformou.

Pode ser que a Palavra e o Reino de Deus sejam uma coisa pequena para você, mas deixe ele entrar com força, para valer. O que parecia insignificante será aquilo que vai transformar a sua vida. E assim acontece com muitas coisas na nossa vida; coisas que nós não damos valor, coisas que nós olhamos como insignificantes. As pessoas que parecem significantes podem se transformar na grandeza do amor de Deus.

O Reino de Deus é comparado ao fermento que leveda e dá consistência a toda massa. O Reino e a Palavra de Deus dão consistência, fermentam e transformam toda a nossa vida quando nos deixamos levedar, transformar e tocar-nos pelo Reino de Deus, pela Sua Palavra, que faz nova todas as coisas.

O Reino de Deus está no meio de nós. Acolhamos como um grão de mostarda, como o fermento, e seremos transformados pela Palavra que Jesus semeia no meio de nós.

Deus abençoe você!

domingo, 30 de julho de 2017

Homilia Diária

30JUL2017

Quando assumimos Deus como a grande riqueza da nossa vida, sabemos que Ele é o único tesouro que não passa nem nos será roubado

“O Reino dos Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo” (Mateus 13, 44).

O Reino dos Céus é o Reino de Deus, o grande tesouro da nossa vida! Quem encontrou o Reino dos Céus encontrou uma razão e um sentido para sua vida. Prestando atenção nas parábolas de hoje, o Reino dos Céus é comparado a um tesouro e também a um comprador que procura pérolas preciosas, e, quando as encontra, vende todos os seus bens para comprá-las.

Na vida humana, temos muitas pérolas; aliás, tudo o que temos são coisas valiosas, mas nenhuma pode ser comparada à grandeza do Reino dos Céus, nenhuma pode ser comparada à riqueza e ao valor que tem o Reino de Deus.

Isso não quer dizer que precisamos desprezar a nossa vida, as coisas que temos, por exemplo. A família é um tesouro incomparável, mas o que faz a nossa família se tornar um bem maior e mais precioso é quando a transformamos no lugar do Reino dos Céus. Colocamos Deus em primeiro lugar na nossa vida e O trazemos para dentro da nossa casa e da nossa família.

Uma pessoa que tem família não pode agora dizer: "Eu vou deixar minha família de lado, porque agora serei só de Deus”, pelo contrário, agora ela precisa cuidar mais da sua família, porque  descobriu em Deus a riqueza que Ele lhe deu, que é a família.

Quando buscamos Deus em primeiro lugar, quando O assumimos como a grande riqueza da nossa vida, sabemos que Ele é o único tesouro que não passa nem nos será roubado; é o tesouro que dá sentido, valor. Ele é, na verdade, a grande riqueza da nossa vida.

"Tu és Senhor o meu tesouro, a riqueza do meu coração". Passamos muito tempo da vida buscando pérolas aqui e acolá; e a vida é uma coisa muito interessante, chegamos nela sem nada e saímos dela sem poder levar nada, mas se há algo que ninguém pode nos roubar, é o Reino de Deus, quando conquistamos e somos conquistados pelo Senhor, quando Ele se torna a grande conquista da nossa vida.

O que você tem na vida? Eu tenho Deus, e Ele é o maior tesouro que minha mãe me deu, que a Igreja que me deu. Esse tesouro não posso perdê-Lo por nada! O maior tesouro que tenho é Deus e Seu Reino, a esse tesouro eu quero dar toda a minha vida para vivê-lo, dedicar-me a Ele, cuidar d'Ele, porque é isso que dá sentido a minha vida.

Deus abençoe você!

sábado, 29 de julho de 2017

Homilia Diária

29JUL2017

Não despreze o valor da oração, nunca deixe de lado o primeiro tesouro, que é estar aos pés do Senhor

“Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa” (João 11,20).

Hoje, celebramos Santa Marta, celebramos também os amigos de Jesus: Marta e os seus irmãos, Maria e Lázaro. Jesus gostava demais da companhia deles.

Marta era aquela que cuidava da casa, era praticamente a dona da casa. Ela, com alegria e amor, recebia Jesus na sua casa, no seu coração e na sua vida. Ela era amiga do Senhor, por isso sabia que Ele estava vindo, porque o seu irmão Lázaro tinha morrido e ela foi ao encontro do Senhor.

Algumas pessoas, quando querem se referir a Marta e Maria, colocam sempre em contradição uma com a outra, mas não é verdade. Marta complementa Maria e Maria complementa Marta, apenas que se Marta estava ocupada com seus afazeres, com aquilo que tinha de ser feito, não podia se esquecer do essencial, porque todas as coisas vão passar. Você tem de arrumar sua casa, tem de trabalhar, cuidar dos seus filhos, mas não se esqueça de que tem algo essencial para tudo isso que você faz, que é estar aos pés do Senhor. E isso Maria fazia, mas ela não fazia com tanta presteza os outros afazeres, ela centrava-se, em primeiro lugar, em cuidar e estar aos pés de Jesus. Por isso Jesus disse: "Aquilo que ela tem não lhe será tirado", porque realmente o Senhor nunca será tirado de nossa vida.

Não é porque estou ao lado do Senhor que deixo de lado as minhas ocupações e obrigações. Não caia nessa tentação! “Eu vou deixar de trabalhar só para rezar”. Não faça isso, cumpra com as suas obrigações, cuide dos seus filhos, trabalhe de forma eficaz e seja responsável com suas obrigações. Não caia no extremo da vida, não despreze o valor da oração, nunca deixe de lado o primeiro tesouro, que é estar aos pés do Senhor.

Nunca deixe de priorizar Deus como a riqueza maior da sua vida. Sabe por quê? Porque as outras coisas que temos de fazer na vida serão muito mais bem feitas, iluminadas e direcionadas quando as fizermos em Deus. Muitos podem pensar: “Tudo que eu faço, entrego para Deus”. Tudo bem, mas isso não substitui o nosso dever de nos abastecermos e nos colocarmos aos pés do Mestre, de escutá-Lo, adorá-Lo e estar com Ele. Estou com Jesus naquilo que eu faço também, mas se eu não paro para me abastecer d’Ele, para adorá-Lo nem estar aos Seus pés, vou perdendo a eficiência e a eficácia do que faço.

Deus não nos quer saindo da dinâmica do Reino, por isso não deixemos de colocá-Lo em primeiro lugar na nossa vida.

Deus abençoe você!

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Homilia Diária

28JUL2017

Precisamos ter dinheiro, coisas materiais, mas não podemos ter riqueza maior do que a Palavra de Deus na nossa vida

“Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o maligno e rouba o que foi semeado em seu coração” (Mateus 13,19).

A Palavra de Deus é a grande riqueza para nossa vida! Se soubéssemos o valor dessa riqueza, o quanto esse tesouro é precioso para a nossa vida, cuidaríamos melhor, daríamos o melhor de nós para a abraçarmos e segurarmos, a fim de que esse tesouro não nos fosse roubado.

O inimigo da nossa alma quer roubar a força e o poder da Palavra de Deus de nossa vida, e os caminhos são explicados pela própria Palavra: “Aquele que ouve a Palavra de Deus e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado”. A pessoa se distraiu, não tomou conta da palavra que foi semeada e, acima de tudo, não se abriu para a dinâmica do Reino. Ela ouviu como se fosse mais uma palavra da sua vida, e já nem se lembra mais da palavra importante que ouviu. Ela foi roubada do seu coração.

Aqueles que ouvem a Palavra de Deus até a recebem com alegria, mas não têm constância, não têm perseverança; então, passam por sofrimentos, perseguições e momentos difíceis da vida. Cai, assim, por terra, tudo aquilo que Jesus fez, falou e renovou na alma deles. A pessoa dá mais atenção ao sofrimento, à situação difícil, às dificuldades que ela passa na vida do que à graça da Palavra, que é capaz de transformar qualquer tristeza, qualquer dificuldade e situação complicada da vida numa nova semente, uma nova luz para sua própria alma. Em vez de voltar-se para a Palavra, volta-se para seus problemas; assim, a Palavra vai sendo sufocada dentro do coração e da sua vida.

Aqueles que ouvem a Palavra de Deus acolhem-na com amor e muita alegria. Quão boa é a Palavra de Deus! No entanto, as preocupações do mundo e as ilusões com a riqueza e os bens materiais nos roubam de Deus.

Precisamos ter dinheiro, coisas materiais, mas não podemos ter riqueza maior do que a Palavra de Deus na nossa vida. Quando nos preocupamos, voltamo-nos para as coisas materiais, esquecemo-nos da riqueza, da bondade de Deus para conosco. Esquecemo-nos e deixamos aniquilar, sufocar a força que a Palavra de Deus tem de cuidar de nós.

Não há dinheiro nem riqueza melhor, neste mundo, que possa cuidar de nós, agora e na eternidade, do que a Palavra de Deus!

Aquele que ouve a Palavra guarda-a no coração e a põe em prática, não deixando nada a roubar. Quem ouve a Palavra produz frutos, vinte, trinta, sessenta, cem por um na sua vida.

Deus quer que nossa vida seja muito frutuosa.

Deus abençoe você!

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Homilia Diária

27JUL2017

A sabedoria é revelada aos simples e humildes. Estes entram na dinâmica e na lógica do Reino de Deus, porque Ele fala em todas as coisas

“Os discípulos disseram a Jesus: ‘Por que tu falas ao povo em parábolas?’ Jesus respondeu: ‘Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado’”(Mateus 13,10-11).

Essa resposta de Jesus causa uma estranheza ao saber que a alguns é dado o conhecer e entender, mas a outros não. A compreensão não é essa! A verdade é que alguns querem compreender e acolher, mas outros não; alguns fazem esforços para entrar na lógica, na dinâmica do Reino de Deus, mas outros se comportam com total frieza e indiferença.

Jesus está dizendo aos discípulos e a nós: “Felizes os olhos que veem o que vocês veem e os ouvidos que ouvem o que vocês estão ouvindo, porque muitos profetas desejaram ver tudo isso e não puderam ver". A verdade é que a quem muito está sendo dado muito está sendo rejeitado ou  indiferente. “Eu não consigo compreender o que o padre fala. Não consigo compreender o que está na Bíblia”.

A Bíblia, a Palavra de Deus, a Igreja, a vida em si é uma parábola. As coisas não são dadas a nós picotadas, é a sabedoria do querer saber, conhecer e aplicar-se em correr atrás que nos dá a verdadeira compreensão.

Todo pai, toda mãe começam a explicar a vida para um filho por meio de parábolas. É assim que se começa a explicar como é o mundo, como são as coisas; com o passar do tempo, aquilo que explicamos em significados mais simples vai se tornando mais compreensível.

O Reino de Deus também é da mesma forma. Certas coisas não são explicadas por ensinamentos enigmáticos, mas de uma forma que todos possam compreender, usando a lógica, o raciocínio, os elementos da natureza. Essa é a riqueza das parábolas, das comparações e dos ensinamentos. Um bom entendedor para, reflete, medita e entende: "Para mim, é isso que essa Palavra quer dizer". Essa é a sabedoria, pois alguns querem apenas conhecimentos históricos, querem apenas dizer: "Eu aprendi isso e aquilo".

A Palavra de Deus é um ensinamento que se aplica a nossa vida. Quando eu me abro para viver o que isso quer dizer a mim, é assim que eu aprendo com a vida. Se acontece uma tragédia, um acidente, o que eu estou aprendendo? Que eu não devo andar assim, que eu devo cuidar para não fazer a mesma coisa. Quando eu vejo uma coisa boa acontecendo com aquela pessoa eu penso: "Olha o exemplo dela". Ninguém precisa copiar ninguém, mas o que é bom tem de ser aprendido, refletido e meditado.

Vemos tantas coisas boas e ruins acontecerem! E há pessoas que não aprendem com nada. Ou seja, quem não busca compreender, de fato, não vai compreender, mas quem se abre para compreender, por mais simples e mais humilde que seja, a sabedoria é revelada aos simples e humildes, estes entram na dinâmica e na lógica do Reino de Deus, porque Ele fala em todas as coisas.

Deus abençoe você!

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Homilia Diária

26JUL2017

Muita coisa em nossa vida seria diferente se soubéssemos escutar mais nossos avós

“Vamos fazer o elogio dos homens famosos, nossos antepassados através das gerações” (Eclo 44,1).

Hoje, celebramos Sant’Ana e São Joaquim, os avós de Jesus, os pais da Virgem Maria. Quando nos lembramos dos avós, lembramo-nos também dos nossos bisavós, tataravós, e muitos deles nós nem conhecemos.

A celebração de hoje remete-nos àqueles que foram importantes para que estivéssemos aqui. Reconhecer quem são os nossos antepassados é reconhecer a nossa própria história e saber que nós somos uma continuidade. É claro que cada um faz a sua própria história, mas essa história não começou conosco, ela começou com os nossos pais e com todos aqueles que vieram antes deles, que são os nossos avós e todos os outros que fazem parte da geração que nos trouxe até o dia de hoje.

"Façamos um elogio, um reconhecimento, um agradecimento", diz a Palavra. Hoje, eu queria louvar e bendizer muito a Deus por todos aqueles que têm a graça de ser vovó e vovô, porque paira uma bênção muito especial, pois estão vivendo uma segunda geração. E quem é bisavô, que graça maior ainda. Muitos, talvez, estejam me ouvindo agora, mas os nossos avós não são tão velhos assim, aqui não é a "velhice" da idade, mas a da sabedoria de ter gerado, de ter deixado uma descendência. Que Deus abençoe muito aqueles que são avós.

Eu chamo à atenção para que respeitemos, para que amemos e valorizemos aqueles que são nossos vovós. A sabedoria que vem deles, o respeito que merecem, os sofrimentos que já passaram, o aprendizado que já tiveram com a vida... Como é importante valorizar todos os que são mais velhos do que nós, que têm mais idade do que nós!

Precisamos, mais do que nunca, invocar, em nosso tempo, o respeito para com aqueles que são mais velhos. O respeito que começa pela consideração, e esta passa por saber ouvir. Não precisa estar sempre certo, mas há mais sabedoria em quem sabe escutar, abaixar a cabeça do que aquele que quer sempre ter a razão.

Muita coisa em nossa vida seria diferente se soubéssemos escutar mais os nossos pais, os nossos avós e assim por diante. A sabedoria deles nos ajuda a aprender até com os erros que eles cometeram, para que não cometamos os mesmo erros. Agora, o erro maior é não saber ouvir, valorizar, respeitar nem amar aqueles que vieram antes de nós, porque, um dia, nós seremos avós. As gerações vão passando, e como é importante aprendermos quando Deus nos dá essa graça!

Deus abençoe demais você que é vovô e vovó. Deus abençoe muito os seus avós. Deus abençoe aqueles que têm muito a nos ensinar com a saberia da vida.

Deus abençoe você!

terça-feira, 25 de julho de 2017

Homilia Diária

25JUL2017

Tudo o que temos, fazemos e somos não vem de nós, mas sim de Deus

“Trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós” (2 Coríntios 4,7).

A Igreja nos dá, hoje, a alegria de celebrarmos o apóstolo São Tiago, o irmão do apóstolo João; é aquele Tiago que nós conhecemos como o Tiago de Compostela. A tradição nos ensina que foi na Espanha que São Tiago foi martirizado.

O que me chama à atenção nesse jovem seguidor de Jesus, esse discípulo, é que ele era irmão de João e, junto de Pedro, fazia parte daqueles discípulos mais próximos de Jesus; ele acompanhou Cristo na transfiguração e no Horto das Oliveiras. Resumindo: ele participou, de uma forma mais próxima, da intimidade do Mestre, de momentos tão importantes e cruciais da vida d'Ele.

São Paulo está dizendo, hoje, na Carta aos Coríntios, que é em vasos de barro que trazemos essa graça extraordinária, para que possamos reconhecer que tudo o que temos, fazemos e somos não vem de nós, mas sim de Deus.

É uma grande tentação a vanglória e a soberba. Nascemos sem saber nada, e na vida vamos aprendendo a andar, falar, adquirir os dons que vamos, ao longo do tempo, progredindo na vida; depois que conhecemos, inclusive, as coisas de Deus, achamo-nos astros, maravilhosos, dopados de dons e assim por diante.

O símbolo maior que representa a vida é uma caveira. Você pode pensar: "A caveira é o símbolo da morte?" Não! A caveira representa que todos nós vamos virar caveiras um dia. São Francisco pisou na caveira. Sabe por quê? Porque, quando não olhamos para ela, não tomamos consciência daquilo que, de fato, nós somos. Somos apenas barro. Cada apóstolo, cada discípulo de Jesus, com exceção de João, irmão de Tiago, todos foram martirizados e morreram dando a sua vida por Cristo Jesus.

A grande graça que esses apóstolos do Senhor tiveram foi a graça de não se engrandecerem, não se exaltarem, não colocarem confetes naquilo que faziam, mas somente ao Senhor deram o engrandecimento, o reconhecimento, o louvor e a exaltação. Os seguidores de Jesus de hoje não podem fazer diferente. Quando assim o fazem, cresce o culto a nós, e o culto a Deus fica em segundo lugar, e não foi para isso que Deus nos chamou. Ele nos chamou para adorá-Lo, cultuá-Lo, honrá-Lo e levar o Seu nome a todas as nações.

O apóstolo de Jesus dá a sua vida por causa do Reino e não se engrandece. Não nos deixemos entristecer quando não somos reconhecidos, aplaudidos, curtidos e valorizados. Tudo o que fazemos e realizamos é para a maior glória de Deus, senão, o vaso cai por terra e quebra, e a tragédia é grande.

Coloquemos em Deus a direção do nosso coração, porque carregamos a graça em vasos de barro.

Deus abençoe você!

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Homilia Diária

24JUL2017

Desde a hora em que nos deitamos para dormir até a hora em que nos levantamos para viver, os sinais de Deus estão por toda parte

“Jesus respondeu-lhes: ‘Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas’” (Mateus 12,39).

Jesus está chamando a atenção de Sua geração, sobretudo dos Mestres da Lei e fariseus, conhecedores da Lei de Deus, praticantes dos mandamentos do Senhor. Eles exigem, cobram dos outros, pois estão, a toda hora, querendo cobrar algo de Jesus. Na verdade, querem colocá-Lo em uma situação difícil, porque não O souberam acolher.

“Dai-nos um sinal.” Jesus é o próprio sinal vivo de Deus no meio de nós. Não coloquemos Deus à prova! Se eles erraram, muitos também erram, no dia de hoje, quando exigem que o Senhor nos dê sinais.

Desde a hora em que nos deitamos para dormir até a hora em que nos levantamos para viver, os sinais de Deus estão por toda parte. Do céu que contemplamos, do sol que podemos, a cada dia, nos privilegiar, a chuva que cai, a beleza da natureza são sinais externos. Quando olhamos para o nosso coração, vemos que a graça e o amor de Deus que nos alcançou.

O perdão e a misericórdia divina nos lavam e purificam. Os sinais de Deus estão vivos e presentes no meio de nós: Sua Palavra, que é anunciada; Seu Corpo e Sangue, que são o nosso alimento; Seu Reino, que se instalou no meio de nós. Nós, no entanto, muitas vezes, somos uma geração má e perversa. É muita maldade e muita perversidade não querer reconhecer Deus nas coisas ordinárias e extraordinários que acontecem em nosso meio.

Temos aquela sede de coisas mais elevadas, queremos milagres, queremos que Deus nos coloque à prova, que nos dê sinais, que Ele prove que nos ama.

"Não, meu Senhor, não precisa dar nenhum sinal para mim, porque o Seu amor me conquistou e ele é a grande prova de que eu preciso para saber o tanto que o Senhor me ama".

Não podemos colocar Deus à prova, exigir que Ele faça isso e aquilo. A única coisa que nós podemos pedir a Ele é que não nos afaste do Seu amor e da Sua misericórdia, pois isso nos basta.

Deus abençoe você!

domingo, 23 de julho de 2017

Homilia Diária

23JUL2017

A misericórdia de Deus age com paciência, porque Ele espera que o joio se transforme num bom trigo de Cristo

“O Reino dos Céus é como um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora”(Mateus 13,24-25).

Muitas vezes, perguntamo-nos por que existe o mal no mundo, por que pessoas boas convivem ao lado de pessoas más, por que existe tanta coisa errada ao lado de tantas coisas certas. Isso causa uma certa indignação no meio de nós.

O Pai, verdadeiro e único agricultor, só criou o que é bom, porque Ele é bom. No entanto, aquele que se opõe a Ele e não quer o bem, é mau e veio ao mundo para semear o mal. A verdade é que aqueles que são de Deus se deixaram contaminar pelo joio, e nós somos essa contradição.

Não dá para dizer que eu sou bom e você é ruim. Eu sou uma pessoa boa, eu tenho consciência disso, mas tenho consciência também de que, dentro de mim, existem coisas que não são boas, existem pecados, mazelas, más inclinações, existem coisas para as quais não tive discernimento e acabei fazendo o que era errado, achando que era certo.

Não cometemos erros? Será que você tem aquela pretensão, aquele conceito errado de si mesmo, de que é sempre uma pessoa certa, boa e justa? Não vamos fazer aquela comparação: "Eu não sou o bandido, não sou um ladrão". Ora! Dentro de nós há sementes do mal, há coisas que nós fazemos que não sei se é maior ou menor do que alguém. Aqui, não faço um juízo de comparação, mas é uma advertência para nós esse Evangelho de hoje. Se Deus fosse levar em conta os critérios que nós temos, separaria logo o que é mau do que é bom, o ruim daquilo que é errado. Desculpe-me, mas pouquíssimos de nós escaparíamos.

A misericórdia de Deus age com paciência, porque Ele espera que o joio, que somos nós, transformemo-nos num bom trigo de Cristo.

Nós fomos errados um dia, fomos pecadores, e a graça de Deus nos alcançou. Queremos que essa mesma graça alcance tantos que estão longe e distantes, porque queremos que essa mesma graça transforme o joio que há dentro de nós.

A paciência e a misericórdia de Deus estão nos transformando, dia a dia, quando permitimos que Ele nos transforme. Então, tenhamos paciência e misericórdia, trabalhemos não para eliminar o mal, mas para não permitir que ele reine em nós. No mundo em que estamos, semeemos a boa semente, o bom trigo de Deus, porque só no Reino d'Ele o joio se transforma em trigo.

Deus abençoe você!

sábado, 22 de julho de 2017

Homilia Diária

22JUL2017

O amor divino, quando entra em nós, transforma-nos por dentro e por fora

“Em meu leito, durante a noite, busquei o amor de minha vida: procurei-o, e não o encontrei”(Ct 3,1).

Essa referência ao Livro do Cântico dos Cânticos, na Liturgia de hoje, aplica-se à santa que celebramos: Maria Madalena, a discípula amada, a discípula do amor. Por que ela é discípula amada? Porque o amor de Deus a conquistou, ela foi totalmente envolvida pelo amor divino. Talvez, algumas pessoas queiram parar na Maria Madalena pecadora e especular: "Ela foi prostituta? O que ela fez?".

O que interessa para nós é a vida velha ou a vida nova? De fato, eu não sei lhe dizer quais foram as coisas que Maria Madalena fez na vida, até porque ela não escreveu uma autobiografia e nenhum dos evangelistas ou escritores se preocuparam em fazer isso, mas a Palavra de Deus fez questão de dizer que essa mulher foi transformada pelo amor divino.

Desde o dia em que Jesus deu um sentido à vida de Maria de Magdala, ela nunca mais foi a mesma mulher. Você sabe que "o amor é forte como a morte", nos diz o próprio Livro do Cântico dos Cânticos. O amor é uma força violenta, que entra em nós e nos transforma por dentro e por fora. As paixões humanas fazem isso do lado positivo ou do lado negativo, mas o amor divino, quando entra em nós, transforma-nos por dentro e por fora.

Quando nos encontramos com nosso Amado, Ele se torna o amor da nossa vida, e somos movidos por esse amor.

Maria foi ao encontro do seu Senhor na vida e na morte. Quando Ele estava no sepulcro, ela não foi buscar o corpo enterrado, pois ela mesmo disse: "Eu vim buscar o meu Senhor", porque Ele transformou, deu sentido e iluminou a sua vida.

Ela chorou demasiadamente, porque chegou ao túmulo e não encontrou o Senhor. Esse choro, no entanto, não foi porque Ele havia morrido, mas porque ela queria cuidar do corpo do Senhor. Quando não O encontrou, seu coração desfaleceu. Ela queria, de todas as formas, encontrá-Lo; e quando encontrou o Senhor, estava tão atordoada, que O confundiu com o jardineiro. Mas quando o Senhor a chamou pelo nome "Maria", ela exclamou: Rabôni, meu Senhor, meu Mestre, meu amor, o Senhor da minha vida.

A discípula amada, a primeira testemunha da Ressurreição do Senhor, foi dizer a todos: "Eu vi o Senhor! Eu O encontrei vivo e ressuscitado". Essas palavras são, para nós exemplo e luz do quanto precisamos nos deixar, a cada dia, nos apaixonar, ser tocados e transformados pelo amor de Deus.

Enquanto o amor de Deus não envolve todo o nosso ser e não nos apaixonamos de verdade por Ele, o nosso coração não caminha na direção d’Ele. Amemos, deixemo-nos ser amados e nos transformemos em discípulos amados do Senhor.

Deus abençoe você!

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Homilia Diária

21JUL2017

Tudo o que for observar da Lei de Deus coloque em primeiro lugar a misericórdia e o amor para com o próximo

“Se tivésseis compreendido o que significa: ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício’, não teríeis condenado os inocentes. De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado”(Mateus 12,7-8).

Os discípulos de Jesus caminharam em meio à plantação, sentiram fome, arrancaram as espigas de milho, debulharam e começaram a comer. Os fariseus olharam e os repreenderam, não porque estavam comendo, mas porque arrancaram, no dia de sábado, as espigas de milho para comer. Eles queriam, na verdade, chamar à atenção de Jesus, pois não estavam preocupados com a Lei de Deus ou com o coração d'Ele, porque o coração de Deus preocupa-se, acima de tudo, com a criatura que Ele mesmo fez: eu e você.

O coração de Deus é tão misericordioso, que, acima de tudo, está voltado para cuidar de nós. Muitas vezes, somos hipócritas até na vivência da religião, estamos cobrando dos outros que obedeçam mandamentos, que vivam alguma prática, porque não rezam; condenamos as pessoas e não nos preocupamos com o coração delas.

Preocupar-se com o coração das pessoas é saber da vida e da história delas, é saber o que elas passam, o que estão sofrendo. Preocupamo-nos com a fome do mundo? Preocupamo-nos com a doença das pessoas? Preocupamo-nos com o sofrimento do outro?

Não podemos viver uma religião só de preceitos, leis e mandamentos. Não precisamos mudar nenhum preceito da Lei de Deus, pelo contrário, temos de vivenciar o Espírito de toda a Lei de Deus, de todos os mandamentos d'Ele. Não precisamos mudar nenhuma página do Catecismo, porque ele é rico no ensinamento da Doutrina. Não podemos fazer uma religião que apenas explique leis e preceitos, normas, direito canônico, uma religião voltada para dogmas e ensinamentos.

Todos esses ensinamentos que aprendemos da Igreja, como nossa Mãe, têm um valor imenso, único e são caminho de salvação para nós, mas todas as Leis e mandamentos, se não forem revestidos do amor e da misericórdia, não nos salvam. Não pense que, porque cumprimos os mandamentos, não faltamos à Missa, que somos um observante da Lei de Deus.

Tudo o que for observar da Lei de Deus coloque, em primeiro lugar, a misericórdia e o amor para com o próximo. Essas brigas e disputas que existem em redes sociais, nas conversas e discussões humanas, para prevalecer quem sabe mais, quem pode mais, quem está certo, quem tem mais dogmatismo, quem tem mais conhecimento... Jesus não perdeu tempo com essas discussões. Ele gastou Seu tempo para cuidar da pessoa humana no dia de sábado, de domingo, de segunda. Todo dia é dia de salvar e resgatar o ser humano, filho de Deus sofrido, necessitado de salvação, de pão para comer, de cuidado da doença ou enfermidade. É assim que vivemos a Lei de Deus em nossa vida.

Deus abençoe você!

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Homilia Diária

20JUL2017

Aprendamos com Jesus, porque Ele é manso e humilde de coração

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28).

O Mestre Jesus está abrindo Seu coração e voltando-se para nós dizendo: “Venham até mim”. Quem de nós não se cansa, não se fadiga nem se decepciona, e passa por tantas situações que nos deixam para baixo? Apenas que nós corremos para os braços errados.

Temos de correr para os braços de Jesus. Ele não só nos acolhe em Seus braços, mas traz para dentro do Seu coração nossas fadigas, nossos cansaços, as situações de opressão que nós passamos na vida; tantas situações que cansam nossa mente e alma, tornam-se um fardo pesado. O fardo de uma mãe, de um pai, de um estudante, de um trabalhador, o fardo da vida humana é pesado quando nós olhamos para ele.

Sem tirarmos o peso das obrigações da vida, é Jesus quem tira o peso dos nossos fardos e nos dá o alívio do Seu coração, da Sua doçura e humildade, para que possamos caminhar.

Façamos isso a cada dia, peguemos todo o peso que está sobre nossa cabeça e nosso coração, para colocarmos no coração de Jesus. Muitos podem pensar: “Só basta colocar ali e Jesus já resolve tudo?”. O primeiro passo é rezar, é entregar, com fé e confiança, mas Ele está dizendo: “Aprendei de mim”. É preciso aprender com Ele, porque, se não aprendermos, ficaremos sempre tropeçando, caindo, machucando-nos, decepcionando-nos e vamos nos cansando da vida. Aprendamos com Jesus a ser manso e humilde de coração.

Dois remédios mais do que necessários e fundamentais para a nossa vida, para as nossas relações humanas e nossa confiança com nós mesmos é a humildade. Nada de sentimento de grandeza, de elevação, de sentir-se super-homem, super-mulher, superimportante, nada de ter um sentimento elevado de si mesmo, de achar que é a pessoa perfeita, que tudo está certo, que tem sempre que conseguir algo.

O humilde sabe reconhecer os êxitos, mas também reconhece seus limites, sabe que o mundo não gira em torno dele; ao contrário, que o mundo é cada dia um trabalho, uma conquista.

Outro remédio é a mansidão de coração, é não deixar o coração se angustiar nem se exaltar, não deixar o coração viver sentimentos que não são apropriados a ele, sentimentos que elevam o coração para lugares que o tiram do lugar que ele deve estar: a humildade do coração de Deus.

Acalmemos, amansemos o nosso coração, coloquemos nele a vacina da humildade. Assim, dia a dia, nosso fardo, nosso peso será leve como é o fardo de Jesus. Aprendamos com Ele, porque Ele é manso e humilde de coração.

Deus abençoe você!

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Homilia Diária

19JUL2017

O louvor é a oração de reconhecimento, de agradecimento e engrandecimento ao Senhor da nossa vida

“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”(Mateus 11, 25).

Do coração de Nosso Senhor Jesus Cristo brota uma oração de intimidade com o Pai. Aquele que tem intimidade, relação e comunhão com Deus louva-O, a cada dia, agradece a esse Pai e O exalta. Quando nós engrandecemos, louvamos e bendizemos o nome do Senhor Nosso Deus os inimigos da nossa alma, da nossa salvação caem por terra.

Aqui está uma arma poderosa: a força do louvor. "Eu Te louvo, meu Pai; eu Te bendigo, agradeço e exalto". Não existe forma mais esplêndida e eficaz de exaltarmos Deus em nossa vida do que louvarmos a força, o poder e a graça do Senhor. E nós louvamos a Deus em todas as ocasiões: na alegria, na tristeza, nas dificuldades, nas situações não compreendidas. O louvor não é para nosso engrandecimento; pelo contrário, ele nos coloca embaixo, mas engrandece o nome do Senhor em nossa vida.

O louvor é a oração de reconhecimento, de agradecimento e engrandecimento ao Senhor da nossa vida. E nós temos muitos motivos para louvarmos o Senhor!

Jesus está louvando ao Pai pela Sua grandeza de escolher os pequeninos e os humildes de coração para revelar as grandezas do Seu Reino. Eu fico encantado quando olho para as pessoas humildes e simples, porque não existe nada pior do que a soberba e o orgulho. Como nos faz mal ficarmos do lado de pessoas soberbas e orgulhosas. Quando nós deixamos que a soberba cresça em nós, ela cria tantas paredes, barreiras, tanto mal-estar, mas quando estamos ao lado dos pequenos, dos pobres, dos humildes de coração, a humildade nos converte, faz tão bem para a alma. E para aquele que se exalta, que se acha mais importante que os outros, que mal faz para si mesmo e para os outros.

Se estamos no caminho da humildade, Jesus está levantando as mãos ao Pai por nós. Se não estamos, entremos agora. O caminho favorável e eficaz para estarmos na estrada da humildade é levantarmos os braços, a cada dia, para louvarmos, exaltarmos e engrandecermos o Deus e Senhor da nossa vida.

Deus abençoe você!

terça-feira, 18 de julho de 2017

Homilia Diária

18JUL2017

 A penitência é uma forma de nos vigiarmos, de nos corrigirmos e disciplinarmos

“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que se realizaram no meio de vós, tivessem sido feitos em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza” (Mateus 11,21).

Jesus está repreendendo as cidades que não O acolheram nem fizeram penitência, Ele está, na verdade, repreendendo aqueles da nossa época, dos nossos dias, que acolhem, escutam a Palavra de Deus, mas a deixam simplesmente entrar por um ouvido e sair pelo outro.

Corazim e Betsaida, bem como muitas cidades da época de Jesus, escutaram-No pregar, viram os milagres d'Ele e simplesmente se comportaram com frieza, indiferença e conformismo: “Já escutei. Que bom! Que bonito!”, mas não fizeram nada para mudar de vida.

Ao contrário do que aconteceu com as outras cidades, onde a Palavra de Deus foi pregada anteriormente, as cidades Tiro e Sidonia mudaram e se converteram.

De que lado nós estamos? O que acontece com a vida de cada um de nós? Ouvimos e acolhemos a Palavra de Deus em nosso coração e permitimos que ela nos mude? Penitenciamo-nos de nossos pecados? Corrigimos os nossos próprios erros ou estamos apenas nos conformando em ouvir, dia após dia, a Palavra e dizer: "Muito bem! É isso mesmo. Que bonito que Jesus falou!"?

As Palavras de Jesus, em nossa vida, não são para nos causar admiração nem para dizermos: "Que bom que eu escuto a Palavra!". A Palavra do Senhor tem que, a cada dia, cair em nosso coração e provocar uma transformação.

Existe uma expressão muito importante: "Fazer penitência". Não fique pensando que penitência é uma coisa só para os grandes pecadores ou para fazermos na época da Quaresma. Não! A penitência é uma forma de nos vigiarmos, de nos corrigirmos e disciplinarmos. Precisamos, a cada dia de nossa vida, fazer alguma forma de penitência; e quanto mais ela for vivida no nosso interior, mais eficaz ela será. Penitência naquilo que falamos, naquilo que escutamos e comemos, na forma que estamos agindo e vivendo. Nas correrias da vida, temos de parar, repensar e mudar certas atitudes. Não podemos simplesmente nos conformar e dizer: "Está tudo bem. É assim mesmo. Uma hora eu mudo".

Quem acolhe a Palavra de Deus detêm-se para rever-se, pois a penitência é um santo remédio para direcionar o que está errado em nossa vida. A graça de Deus está a nosso favor quando nós colaboramos com ela.

Deus abençoe você!

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Homilia Diária

17JUL2017

Temos de ter a prudência do Espírito e usar a espada para não permitirmos que a força do mal predomine naquilo que nós estamos fazendo

“Não penseis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada” (Mateus 10, 34).

As palavras do Mestre Jesus, ao cair em nosso coração, num primeiro momento, podem até causar certa estranheza, pois Ele é o príncipe da paz. Mas quando Ele diz que não veio trazer a paz, não se refere à paz que nós conhecemos, fruto do Espírito Santo, que é tão necessária para a nossa alma.

Há uma certa ilusão, um certo engano em relação à paz. Algumas pessoas acham que ter paz é estar tudo OK, estar tudo muito bem, não se preocupar com nada, deixar a vida andar do jeito que está. Essas pessoas não entram em conflito com ninguém nem deixam as coisas acontecerem.

Pense, chega alguém para fazer algo errado na sua casa e você diz: “Não entrarei em conflito com ele”. É óbvio que você vai se levantar para proteger sua casa, sua família, pois está entrando coisas erradas na sua casa. Você não pode ficar de braços cruzados dizendo: “Eu sou da paz”, isso não é ser da paz, pelo contrário, isso é entregar-se a um espírito muito errado e perverso do conformismo com as coisas erradas.

O Senhor diz que Ele não veio trazer essa paz, esse lema de "paz e amor" que usam por aí: “Eu quero viver a paz e o amor com todo mundo”. Temos que viver a paz uns com os outros, temos de amar uns aos outros, mas isso não significa aceitar tudo que é errado, não quer dizer que eu vá abraçar tudo o que vem do outro, só para ficar tudo bem. Mesmo na casa em que nós vivemos, se você vive numa casa onde o irmão, o filho, o pai, a mãe trazem algo que não vai edificar, que não será para o bem daquela casa, é preciso usar a espada do Espírito.

Usar a espada do Espírito não é criar guerra, conflito, brigar uns com os outros. Não é essa espada! A espada do Espírito é a espada do discernimento.

Você pega uma manga, mas um pedaço dela está estragado, você pega a espada e corta, joga aquela parte estragada fora, porque se não ela vai estragar toda a manga, isso vale para outros frutos. Precisamos logo cortar, porque, se demorarmos, o mal cresce e estraga tudo.

Muitas coisas estragaram em nossa casa, na nossa família, na nossa sociedade, na igreja em que estamos, porque não usamos a espada do discernimento, da sabedoria, da prudência para eliminar aquilo que não convém, que não vai edificar, aquilo que não é do Espírito que traz a verdadeira paz.

No mundo, há muitas coisas que são ervas daninhas, que crescem e depois fazem mal; temos de cortá-las, senão estragam toda a plantação. Por isso o Senhor está nos dizendo que não podemos ficar na passividade, aquela que aceita tudo e está em conforme com tudo.

Temos de ter a prudência do Espírito e usarmos a espada para não permitirmos que a força do mal predomine naquilo que nós estamos fazendo. É essa graça, essa divisão, essa separação que Jesus veio fazer no meio de nós. Ele quer que façamos essa divisão, para que, assim, possamos viver a paz e o amor no meio de nós.

Deus abençoe você!

domingo, 16 de julho de 2017

Homilia Diária

16JUL2017

A Palavra de Deus, quando cai em nosso coração, renova nossa alma e mente, coloca o Reino de Deus dentro de nós

“A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta” (Mateus 13, 23).

A riqueza da parábola do semeador é demonstrar justamente como é o nosso coração, porque ele é o lugar onde a Palavra de Deus é semeada. O Pai enviou Jesus para semear a boa semente no nosso coração.

Muitas vezes, não acolhemos a Palavra ou a acolhemos da forma com que a parábola está nos contando, de forma distraída; assim, deixamos que ela seja roubada do nosso coração ou de outra maneira, deixamos que as preocupações do mundo, as vaidades e ilusões roubem do nosso coração as riquezas da Palavra.

Deixe-me dizer a você: encare de forma positiva os inimigos da Palavra, pois esta, quando cai em nosso coração, renova nossa alma e mente, coloca o Reino de Deus dentro de nós. Por que, muitas vezes, o Reino não está dentro de nós? O Reino de Deus não está dentro de nós quando não acolhemos a Palavra e não permitimos que ela produza frutos em nós.

Não basta escutar a Palavra, é preciso introjetá-la, trazê-la para dentro de nós; e quando a trazemos para dentro de nós, precisamos que ela venha para fora, que ela produza frutos em nossa vida. Você pode me escutar agora e dizer: “Que bonito, padre! É isso mesmo. Que bom que você falou!”; depois guardar essa Palavra e continuar a vida do mesmo jeito.

A Palavra de Deus é eficaz quando produz transformação na nossa vida, quando gera reflexão dentro de nós, quando nos dá forças para mudarmos nossos atos e nossas atitudes, quando permitimos que ela exerça domínio sobre nossa vontade, sobre nossas escolhas e decisões.

Só somos transformados por Deus quando permitimos que a Sua Palavra penetre no nosso interior e nos transforme por dentro e por fora!

Permita que a Palavra de Deus produza muitos frutos no seu coração, não deixe que o inimigo roube a Palavra, que ela seja sufocada, pisoteada, mas que, em nosso coração, possamos produzir muitos frutos pelo poder da Palavra de Deus.

Deus abençoe você!

sábado, 15 de julho de 2017

Homilia Diária

15JUL2017

A fé bem vivida, bem alimentada e confiante pode vencer aquilo que o medo causa em nossa mente

“Não tenhais medo daqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma!” (Mateus 10,28).

“Não tenhais medo” é a ordem de Deus para a nossa vida, é a determinação d'Ele para vivermos neste mundo. Se nos deixarmos levar pelo medo, ele vai aniquilar nossa vida, vai nos destruir por dentro e por fora. Temos medo do que as pessoas dirão, medo de sermos aceitos ou não, de sermos julgados, medo da opinião dos outros, das coisas que nós assimilamos e adquirimos ao longo da vida e da caminhada.

O medo é o grande inimigo da nossa fé, é o grande inimigo da nossa vida, da nossa existência. O medo é um fantasma, um mostro terrível que tem aniquilado a nossa vida desde o momento da nossa primeira existência, da nossa concepção: medo de nascer, de vir ao mundo. Depois de chegarmos ao mundo, colocamos muitos temores na nossa cabeça, seja dos nossos pais, professores, medo do demônio e até de Deus.

Não podemos nos fechar nos nossos medos, porque eles nos destroem. E o que fazer para não os ter? Não os alimentar, mas alimentar a nossa fé, a nossa confiança e relação com Deus.

Só a fé bem vivida, bem alimentada e confiante, a fé que realmente se entrega nas mãos de Deus é que pode vencer aquilo que o medo causa em nossa mente e em nosso ser.

Não sejamos homens e mulheres medrosos; pelo contrário, cultivemos uma fé corajosa e ardente, por mais que tenhamos em nós elementos do medo, que vão nos acompanhar por todos os dias da nossa vida. Não há problema! O mais importante é não perdermos em Deus a nossa direção e a nossa confiança.

Deus abençoe você!

sexta-feira, 14 de julho de 2017

Homilia Diária

14JUL2017

A simplicidade e a prudência são os remédios que conduzem e guiam a vida de uma ovelha em meio a tantos lobos deste mundo

“Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mateus 10,16).

O discípulo de Jesus é uma ovelha mansa, cuidada, renovada e convertida pela graça de Deus. Mas uma ovelha de Jesus não é ingênua, ela vive no mundo cercado por lobos ferozes. Esses lobos querem atacá-las, tirar a vida delas, para que não sigam o rumo do Pastor.

O Bom Pastor tem o remédio para Suas ovelhas, Ele as ensina como devem viver neste mundo. O remédio para nós, que somos ovelhas no redil de Jesus, é a prudência da serpente. Como nós precisamos ser prudentes, não podemos ser pessoas bobas, ingênuas, achando que tudo cai do Céu, que de tudo Deus vai cuidar. Ele cuida de nós, Ele nos abençoa, mas nos deixa diligentes, atentos, cuidadosos, prudentes em tudo aquilo que fazemos.

Não podemos expor nossa vida ao perigo, não podemos fazer aquilo que é errado nem ficar de braços abertos esperando que tudo caia do céu. Não! Precisamos, com determinação, fazer a nossa obrigação e responsabilidade. Há muitas pessoas de braços cruzados, esperando que Deus venha em socorro delas.

Não é com passividade, mas com prudência e determinação que age uma ovelha de Jesus. Ela trabalha, corre atrás, luta, faz a sua parte, previne-se, não se expõe ao mal nem ao perigo. Uma ovelha de Jesus pensa, raciocina, medita e confia na graça de Deus, mas nunca deixa de fazer a sua parte.

Não confundamos fé com ingenuidade. Num português bem claro, um discípulo não pode ser um lobo no mundo; precisa ser, realmente, uma pessoa muito prudente, ter discernimento: "Isso convém. Isso não convém", e não fica dizendo: “Foi Jesus quem mandou. Foi Deus quem me falou”. Tomemos muito cuidado com isso! Muitas pessoas estão fazendo muita coisa em nome de Deus, mas não precisam ficar falando. É a cabeça e a mente da pessoa que não sabe ter o verdadeiro discernimento.

A segunda coisa: uma ovelha de Jesus é simples, humilde, não é arrogante nem se comporta com altivez e orgulho. Com simplicidade, ela busca ajuda, aconselhamento, procura ouvir a voz do discernimento, porque ela é simples como a pomba.

Às vezes, estamos complicando demais, impondo coisas que não levam a nada. Se tivermos a mistura da prudência com a simplicidade, poderemos até nos machucar, mas sempre encontraremos o caminho da vida, porque a simplicidade e a prudência são os remédios que conduzem e guiam a vida de uma ovelha em meio a tantos lobos deste mundo.

Deus abençoe você!

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Homilia Diária

13JUL2017

O Reino de Deus não pode ser ignorado, ele precisa ser cada vez mais vivido

“O Reino dos Céus está próximo. Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!” (Mateus 10, 7-8).

O Reino de Deus é a graça que recebemos da bondade infinita de Deus por nós, e essa graça se manifesta no meio de nós, libertando-nos, restaurando-nos, purificando-nos, renovando e ressuscitando-nos a cada dia.

Essa graça está agindo em nosso meio e deve tomar conta de nós a cada dia da nossa vida. O que nós recebemos de graça, como graça e na graça, devemos levar com gratidão e gratuidade ao coração dos outros.

Precisamos anunciar o Reino de Deus. Como se anuncia o Reino de Deus? Primeiro,cuidando dos doentes, sendo cura para eles. Curar o doente não é simplesmente deixá-lo instantaneamente curado daquela enfermidade. Curamos um doente quando cuidamos dele, oramos por sua cura. Todos os doentes que vêm até mim, peço para que sejam curados. A cura do doente é o cuidado, pois ele nunca foi cuidado como precisava. Então, curai e cuidai dos doentes.

A segunda maneira de anunciar o Reino de Deus é ressuscitando os mortos, pois há muitas pessoas mortas no meio de nós. Muitas vezes, estamos mortos, sem vida, sem alento, sem gosto. Precisamos levar tempero, gosto, sabor para a vida das pessoas.

Outra maneira é purificando os leprosos, e para isso somos os primeiros. A lepra que há em nós é toda as sujeira, são todos os sentimentos e pensamentos, todas as coisas impuras deste mundo. Precisamos não só nos purificar, mas purificar todos que estão ao nosso lado; e, com toda certeza, expulsar os demônios.

Quando anunciamos o Reino dos Céus expulsando os demônios, curando os doentes, purificando os leprosos e ressuscitando os mortos, ele está acontecendo no meio de nós! Não pode ser de outra forma, não podemos simplesmente deixar que a vida aconteça do jeito que está e nos conformarmos com as coisas do jeito que elas estão indo.

O Reino de Deus não pode ser ignorado, ele precisa ser cada vez mais vivido, celebrado, glorificado e exaltado; o Reino precisa estar no meio de nós, foi essa graça que recebemos e nós a levaremos para o mundo.

Deus abençoe você!

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Homilia Diária

12JUL2017

A oração e a conversão são os remédios que precisamos para expulsar o mal da nossa vida

“Jesus chamou os doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos maus e de curar todo tipo de doença e enfermidade” (Mateus 10,1).

No caminho, os discípulos deveriam anunciar: "O Reino de Deus está próximo". E "próximo" quer dizer justamente isso: uma relação de proximidade, basta dar o meu passo para que esteja dentro do Reino. 

O Reino de Deus está no meio de nós. Precisamos nos aproximar dele, entrar na lógica e na dinâmica do Reino.

O Evangelho de hoje nos aponta algumas chaves. Primeiro, é preciso expulsar os espíritos maus, porque eles não fazem parte do Reino de Deus. É o contrário, os espíritos maus nos tiram do Reino.

É preciso curar todo tipo de doença e enfermidade, porque muitas delas são causadas pelos espíritos malignos que estão no nosso meio. E que espíritos são esses? Há muitos espíritos de inveja, perdição, fofoca, rivalidade, competição, briga, ciúmes, e se nós formos enumerar todos os espíritos malignos que estão entre nós, faremos uma grande lista.

O importante é que nós reconheçamos, nomeemos e saibamos como esses espíritos estão penetrando nos ambientes em que estamos. Se você está no seu ambiente de trabalho, olhe como a murmuração e a fofoca entram, como a maledicência se faz presente; olhe quais são os espíritos que estão agindo dentro da sua casa e da sua família.

Quais são os espíritos malignos que estão agindo dentro do nosso coração e da nossa vida? Para alguns, demos consentimento; outros entraram sem nosso consentimento. Quando vemos, estamos rancorosos. Quando menos percebemos, estamos tendo inveja, ciúmes, deixando-nos levar pela competição, pela rivalidade, pelas brigas; enfim, achamos que os espíritos malignos são coisas pequenas, mas nos enfraquecem e nos deixam fisicamente mal, quando deixamos que eles cresçam em nós.

Jesus nos quer com poder e autoridade sobre esses espíritos do mal. Mas como os expulsar da nossa vida? Primeiro, pelo poder e pela força da oração, pois a oração verdadeira, feita no poder do Espírito, na graça de Deus, purifica-nos, liberta e restaura. Temos de nos colocar sobre o domínio e a proteção do Senhor, e não nos deixar levar por esses espíritos. Segundo, convertendo-nos. A oração tem de nos converter desses espíritos do mal, para termos em nós o Espírito e a graça de Deus. A oração e a conversão são os remédios de que precisamos para expulsar o mal da nossa vida.

Deus abençoe você!

terça-feira, 11 de julho de 2017

Homilia Diária

11JUL2017

Precisamos deixar que a graça da divina comunicação esteja agindo no meio de nós

“Apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio. Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar” (Mateus 9,32-33).

A ação do maligno, no mundo e na nossa vida, acontece de diversas formas. Não pense que possessão é apenas estarmos possuídos, o demônio estar nos agitando. Às vezes, há uma influência do mal que nos leva a ter comportamentos que nos deixam atravancados para a graça e assim por diante.

Este homem possuído pelo mal não falava, estava mudo, com trauma e ressentimento, uma mágoa, uma situação sofrida ou uma decepção, não sabemos dizer o que aconteceu. O que sabemos é que sua voz ficou paralisada.

Se não temos voz, não é simplesmente por termos nascidos mudos, mas porque não nos manifestarmos, não falamos quando precisamos. Se, de um lado, há os demônios que nos levam a falar demais, a fofocar, a falar da vida dos outros – e esse demônio é tão terrível –, como é terrível também aquele que não fala quando precisa falar, não diz seu 'sim' quando precisa dizer, não dá a sua colaboração quando precisa dar, não aconselha quando precisa aconselhar, não participa quando precisa participar.

Preocupo-me, porque essa espécie de demônio invade as relações humanas. Se olharmos, por exemplo, para os nossos casamentos, o grande problema se chama “demônio da mudez”, aquele que não permite que um converse com o outro, falam de tudo, mas, quando brigam, não são capazes de dialogar, não são capazes de falar o que é preciso.

Se de um lado há a parte que não tem capacidade de escutar, há outra que não sabe falar quando é preciso. Precisamos romper com este mal, precisamos deixar que a graça da divina comunicação esteja agindo no meio de nós. Não é para ficar falando sem parar, o tempo inteiro, não se trata disso.

Não podemos simplesmente ficar mudos, calados, passivos e não dizermos nada. Aquela história do “Eu não vou me comprometer” não é de Deus. É de Deus saber falar na hora exata, no momento certo, por isso os demônios nos querem falando demais o que não devemos ou nos querem calados demais, porque não nos comunicamos nem nos relacionamos, ficamos o tempo inteiro "na nossa".

A graça de Deus é para falarmos na hora certa e da forma correta. Expulsemos do nosso meio os demônios que não nos permitem comunicar como devemos.

Deus abençoe você!

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Homilia Diária

10JUL2017

Deixemos que a graça de Deus estanque todos os sentimentos da nossa alma e do nosso coração, que foram imobilizados pelos medos

“Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou” (Mateus 9,25).

No Evangelho que Deus nos dá, no dia de hoje, observamos como o toque da graça divina faz total diferença na nossa vida. Veja, são duas realidades: primeiro, um pai que vai suplicar a Jesus pela sua filha que estava acamada, enferma, praticamente morta. Enquanto esse homem está suplicando e a multidão caminhando com Jesus, uma mulher chega por trás. Ela, que sofria há 12 anos de uma hemorragia crônica, toca em Jesus e a graça d’Ele toca nela, estanca a sua hemorragia e ela é curada.

Você pode se perguntar: “Tantas pessoas tocando em Jesus, como Ele sabe quem O tocou?”. Há toques que são diferentes, há toques que são realmente da graça! Há abraços e abraços, há manifestações de amor e verdadeiras manifestações de amor e graça. Essa mulher tocou em Jesus com toda a sua alma, com todo o seu coração. Ela não tocou por tocar, mas se deixou envolver pela graça divina.

Quando nos deixamos envolver e tocar pela graça que vem do Senhor, ela toma conta de nós, vai para o mais profundo da nossa alma e do nosso coração; somos, de fato, envolvidos, sensibilizados. Algo dentro de nós se mexe, muda, remexe por inteiro.

A fé conduz e motiva nossos passos, por isso essa mulher vai com fé e convicção. Ela já gastou dinheiro com médicos, já ouviu muitas pessoas, foi repreendida por um, rejeitada por outros, mas agora ela não tem em ninguém a sua confiança, a não ser em Jesus. Uma vez tocada pela graça, ela toca com fé e todo o seu corpo é tocado pela graça divina.

O pai dessa adolescente que está em cima da cama foi tocado pela fé. Por isso, quando Jesus toca na menina, levanta-a pela mão e ela é curada, fica de pé.

Levantemo-nos, deixemos que a graça de Deus nos toque, coloque-nos de pé. Deixemos que a graça de Deus estanque todos os sentimentos da nossa alma e do nosso coração, que foram imobilizados pelos medos.

Quando formos tocar em alguém, não toquemos de qualquer jeito; toquemos como fomos tocados por Deus, com o toque do amor, da graça e da fé.

Deus abençoe você!

domingo, 9 de julho de 2017

Homilia Diária

09JUL2017

Se formos pequeninos e levarmos uma vida humilde, mais Deus estará presente em nossa vida

“Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos”(Mateus 11,25).

Do coração e dos lábios de Jesus brotaram esse hino de louvor, de gratidão e engrandecimento ao Pai do Céu. Não foram aos grandes, sábios, inteligentes, ricos e poderosos, àqueles que mais podem, que Deus revelou a grandeza do Seu Reino, mas sim aos pequeninos, desprezados e humildes que o Reino de Deus foi, é e sempre será revelado.

Se nós não estamos tocando na graça do Reino de Deus ou se Ele não está tocando em nós, o problema não é Ele, mas nosso coração. Qual é o sentimento que toma conta da nossa alma e do nosso ser? Será que nós, muitas vezes, não somos levados por aquele sentimento terrível da soberba, orgulho e exaltação? Será que, muitas vezes, estamos com o sentimento de grandeza tomando conta de nós?

É muito ruim quando conversamos com uma pessoa que tudo sabe, que se acha, é sempre a melhor, a mais importante. Ela sabe, já conhece e não temos nada de novo para lhe ensinar. Deus fala, ensina e manifesta-se naquele que se faz pequeno, naquele que quer aprender e abre-se às grandezas do Reino de Deus.

Observamos, em nossas assembleias e comunidades, aqueles que já se acham conhecedores de tudo, que nem se abrem para escutar o Evangelho: “Esse Evangelho eu já conheço. Esse Evangelho eu já sei”. É uma tentação terrível para o nosso coração e para nossa alma o espírito do “já sei”, “já conheço”! É uma tentação terrível nos sentirmos grandes naquilo que fazemos e somos. A maior conquista que podemos ter, nesta vida, é que ela nos faça menores e mais humildes. Não podemos nos engrandecer nem envaidecer, não peçamos nem supliquemos reconhecimento humano.

Se formos pequeninos e levarmos uma vida humilde, se não formos importantes, reconhecidos nem aplaudidos, mais encontraremos Deus presente em nossa vida. Não há grandeza maior do que essa!

Que sejamos cada vez menores, para que maior seja a graça de Deus em nossa vida!

Deus abençoe você!

sábado, 8 de julho de 2017

Homilia Diária

08JUL2017

Para abraçar Jesus ou aquilo que Ele traz de novo é preciso ter um coração renovado

“Mas vinho novo se põe em odres novos, e assim os dois se conservam” (Mateus 9,17).

Para abraçar Jesus ou aquilo que Ele traz de novo é preciso ter um novo coração! Um vinho novo deve ser colocado num vasilhame novo, porque o vinho pode ser o melhor, mas se você o colocar num vasilhame velho, ele vai perder o sabor, vai perder a graça.

Do mesmo jeito, você pode ter o melhor remendo para colocar num rasgão de uma roupa, mas se a roupa é nova, o remendo também tem de ser novo. Se a roupa é nova e você coloca um remendo velho, sujo, estragado, perdeu-se aquela roupa.

Permita-me dizer a você: a graça de Deus é sempre nova, não envelhece; ela se renova a cada dia, porque o Espírito é novo e está sempre nos renovando. Não adianta ficarmos com a velha mentalidade, com os velhos conceitos e ressentimentos, as velhas mágoas, reclamações e murmurações; com os velhos e ultrapassados conceitos que não nos levam a nada, as velhas discussões que nós costumamos travar o tempo inteiro, e não progredimos.

Não adianta querermos renovar as coisas com essas discussões antiquadas e ultrapassadas, com essas acusações que ficamos jogando na cara do outro o tempo inteiro. Um casal que está há 30, 40 anos casados vive batendo na mesma tecla, não consegue sair do lugar, acusa-se dia e noite da mesma coisa.

Largue o que é velho, pare de se apegar ao que não serve para nada, pare de apegar-se àquilo que só nos estraga, pare de viver guardando e juntando traças velhas. E as traças não estão somente nas coisas velhas, nas ninharias que juntamos e guardamos em casa; elas estão também dentro de nós, do nosso coração, dos nossos conceitos, da nossa forma de enxergar as coisas.

Para acolher a novidade de Deus é preciso ter um coração novo, uma disposição nova para ver as coisas. O problema não é ser velho na idade, porque, graças a Deus, nossos idosos têm uma mente nova, uma disposição nova de ver as coisas. O que mais estraga é ver tantos jovens, tantos de nós tão envelhecidos na forma de enxergar as coisas, não se abrem para o novo nem o acolhem, por isso o novo de Deus não acontece em nossa vida.

Para vinhos novos, odres novos. Para a graça nova, um novo coração, uma nova mentalidade, para que Deus seja sempre novo em nossa vida.

Deus abençoe você!

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Homilia Diária

07JUL2017

Precisamos ser tomados e curados pela misericórdia divina, precisamos ser canais da misericórdia de Deus para os outros

“Aprendei, pois, o que significa: Quero misericórdia e não sacrifício’. De fato, eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores” (Mateus 9,13).

A ação de Jesus começa chamando Mateus onde ele se encontrava, na coletoria de impostos. Aquela coletoria representava o lugar de pecado de Mateus, porque era seu trabalho, mas também o local onde se corrompia. Uma vez corrompido, ele pecava, cobrava mais do que era devido. Ele era muito injusto e maldoso naquilo que fazia.

Jesus não olhou para o seu pecado nem para a sua corrupção, Ele olhou para o coração e chamou aquele homem para ser Seu discípulo. Com o chamado de Jesus, Mateus deixou a coletoria de impostos e foi atrás d'Ele. Ouvir o chamado de Jesus é deixar aquilo que nos mantêm corrompidos e presos ao pecado, nos faz ir atrás d'Ele.

O mais bonito é Jesus na casa de Mateus. Ao lado d'Ele, sentaram-se também cobradores de impostos e outros pecadores, e Jesus fez refeição com eles. Talvez, você ache que ser pecador é uma coisa muita genérica: “Todo mundo é pecador". Com os mais pecadores, com aqueles que não damos nada por eles, achamos que estão perdidos e não têm mais jeito. Jesus faz questão de sentar-se com eles para mostrar que o Seu coração, em primeiro lugar, veio para quem está doente, enfermo e em pecado, para quem parece perdido, para quem parece não ter mais jeito.

Se nós temos jeito, toda criatura humana, por mais perdida que pareça, em Deus ela pode se encontrar. Não condenemos ninguém, não atiremos ninguém ao inferno, não percamos a esperança por nenhuma alma sequer.

Precisamos ser tomados e curados pela misericórdia divina e sermos canais da misericórdia de Deus para os outros. Não é o sacrifício que agrada a Deus, apenas os nossos sacrifícios. "Eu faço muitas penitências, eu levo a vida dessa forma". Mas penitência e sacrifício que não me leva a ter um coração misericordioso para acolher toda e qualquer miséria humana é vã, inútil e não chega ao coração de Deus.

Quão misericordioso é o coração do nosso Deus, que tem compaixão de nossas misérias e nos acolhe do jeito que somos.

Deus abençoe você!

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Homilia Diária

06JUL2017

Não deixemos que a paralisia tome conta de nós, mas que a graça de Deus nos levante e coloque de pé

“Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”(Mateus 9,2).

A graça que estamos contemplando, no Evangelho de hoje, é justamente de um paralítico que está prostrado em cima da cama, e homens estão levando-o para ser curado por Jesus.

Veja a fé, o empenho e a generosidade daqueles homens! Eles estão vendo que o paralítico não pode chegar até Jesus; ele até desejava, mas como, na sua paralisia, poderia chegar até o Senhor? Aqueles homens não podiam curá-lo, por isso levaram-no até Jesus. A graça é justamente essa: “Coragem, ânimo, fé e confiança, porque os seus pecados estão perdoados", diz Jesus ao paralítico.

Qual é a ligação da paralisia que esse homem tem e os pecados que ele possa ter cometido? Não há nada que paralise mais nossa vida do que nossos pecados, porque eles paralisam nossa alma, nosso coração e visão. Os pecados tornam a nossa visão torpe, distorcida, errada; então, enxergamos errado e vamos nos paralisando por dentro e também paralisando a vida de quem está ao nosso lado.

Uma casa pode estar toda paralisada, mas nada vai para a frente quando essa casa está regida pelos pecados. O pecado é, de fato, a grande paralisia da humanidade.

Os homens se compadeceram desse homem paralítico, viu que a sua vida não andava para frente, que a sua vida não se movia, estava, de fato, imobilizada, travada, mas quiseram vê-lo ir à  frente, por isso levaram-no até Jesus. Precisamos fazer isso também, precisamos levar nossa vida até Jesus. No entanto, às vezes, a paralisia é tão grande, estamos tão imobilizados ou são nossos amigos que estão com a vida paralisada. Levemos, então, nossa vida até Jesus, mas O levemos também ao outro.

Não devemos ficar acusando, mas ajudar, ser uma mão amiga, ser a mão de Deus, socorro do Senhor. Precisamos permitir que Ele arranque de nós aquilo que paralisa nossas relações. A nossa própria vida humana está tão corrompida, atravancada por essa síndrome terrível do pecado, que só a graça de Deus pode nos levantar.

Não fiquemos paralisados, não deixemos que a paralisia tome conta de nós, mas que a graça de Deus nos levante e nos coloque de pé, porque Ele nos quer mais do que vivos, Ele nos quer curados e libertos.

Deus abençoe você!

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Homilia Diária

05JUL2017

Jesus afugenta, manda para longe a força do mal quando ela está agindo em nossa vida

“Então a cidade toda saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram, pediram-lhe que se retirasse da região deles”(Mateus 8,34).

Pode parecer estranho, mas essa cidade está pedindo para Jesus ir embora. O Senhor está numa região pagã, a região dos gadarenos; quando Ele chega, dois homens possuídos pelo demônio vão ao encontro d'Ele, porque os demônios estão agindo de forma violenta na vida deles.

Esses homens estão sendo agitados por esses espíritos malignos, e os próprios demônios, quando veem Jesus se aproximar deles, tremem, apavoram-se e sabem que Ele tem poder sobre eles. Os demônios querem continuar atormentando a vida daqueles homens, mas Jesus não quer que eles agitem nem a vida deles nem a nossa vida.

Jesus afugenta, manda para longe a força do mal quando ela está agindo em nossa vida. Jesus não nos quer sobre o domínio do mal, Ele não quer que o mal esteja agindo e apoderando-se de nossa vida. O fato é que os demônios, sabendo que o Senhor vai expulsá-los, pedem: "Expulse-nos, por favor, mas nos mande para aquela manada de porcos”.

Os porcos representam a impureza, tudo aquilo que é impuro, tanto que os próprios judeus não comem carne de porco por representar a impureza. Jesus está numa região pagã, e ali a criação de porcos é uma coisa comum. Cristo expulsa os demônios daqueles dois homens e os manda para os porcos. Os porcos saem desesperados, caem na água e se afogam, mas os homens estão livres e todo esse fato cria uma grande admiração.

Os comerciantes, os donos dos porcos, não estão preocupados com os homens que foram libertos; estão preocupados com os porcos que perderam. Veja que visão capitalista, mercantilista, totalmente desfocada, errada, desumana e cruel. O que importa para muitos é o prejuízo material e econômico, e não o ser humano, a pessoa humana. Dois homens foram libertos do poder do mal e para aqueles homens pouco importou expulsar Jesus, porque Ele não trouxe lucro material, mas prejuízo financeiro.

Muitas vezes, deixamo-nos levar por uma visão materialista, capitalista, mercantilista, e o que importa é o que nos dá lucro, o que vai nos dar retorno financeiro. A mentalidade do Reino de Deus não é essa. O que importa é o ser humano livre e liberto do poder do mal.

Não tem preço, não tem dinheiro, não tem manada nem bolsa de valores que seja maior do que sermos libertos do poder do mal.

Deus abençoe você!

terça-feira, 4 de julho de 2017

Homilia Diária

04JUL2017

Precisamos caminhar direcionados e guiados pela fé desse Deus único, no qual depositamos a nossa confiança

“Por que tendes tanto medo, homens fracos na fé?”(Mateus 8,26).

Quando estamos fracos na fé, o medo se apodera de nós. Quando não alimentamos a nossa fé ou a deixamos rarefeita, do jeito em que se encontra, não fortalecemos a nossa confiança e começamos a estremecer, o medo se apodera de nós diante das tempestades, dos mares agitados da vida, das ondas contrárias, dos ventos impetuosos que vêm ao nosso encontro.

Muitas vezes, desanimamos, desesperamos, perdemos a confiança e começamos a gritar. Por isso, Deus não nos quer desesperados, desanimados nem caminhando no desalento, Ele quer que caminhemos sob a luz da fé. Por maiores que sejam as ondas agitadas dessa vida, sobrevivemos e caminhamos firmes quando não tiramos d’Ele o nosso olhar.

Quando olhamos para nossos medos e receios, quando paramos nas dificuldades, diante dos fantasmas, dos assombrações, de tudo aquilo que está ao nosso lado, apavorando-nos por dentro ou por fora, nossa tendência é desanimar. Deus, no entanto, não nos quer desanimados, porque o desanimado é aquele que está perdendo o ânimo, a alma, a vida, o alento e a fé. A fé nos mantêm vivos e confiantes na certeza de que o Senhor cuida de nós nas tempestades mais agitadas da vida.

Não alimentemos os medos, não demos razão nem vazão a eles, não permitamos que os medos cresçam e aniquilem nossa alma e o coração, mantendo-nos reféns dele. Não podemos ser reféns, presos do medo. Precisamos ser, cada vez mais, reféns da fé, dominados por ela, sobreviventes pela fé. Precisamos caminhar direcionados e guiados pela fé desse Deus único, no qual depositamos a nossa confiança e toda a nossa vida.

Reze: "Senhor, eu creio em Ti, creio firmemente que Tu és o meu Deus, o meu Senhor, mas olha para a minha fraqueza, olha para a minha miséria. Eu, muitas vezes, desanimo, estou no desalento e tiro de Ti a minha confiança. Tu és o meu Deus, o meu Senhor, é em Ti que eu confio e ninguém mais!".

Deus abençoe você!

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Homilia Diária

03JUL2017

Não nos deixemos levar pelos ventos da incredulidade que nos afastam da experiência verdadeira do Deus único

“Se eu não vir as marcas dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”(João 20,25).

Hoje, celebramos São Tomé. Na tradição, na visão da maioria de nós, ele é o apóstolo da incredulidade; afinal de contas, ele manifestou total incredulidade, enquanto não tocou, não viu com seus olhos o Ressuscitado. Mas Tomé não foi só o incrédulo, ele foi um homem de fé, foi aquele que tocou, conferiu e disse: “Meu Senhor e meu Deus". Não só seguiu firmemente Jesus Cristo, mas se tornou Seu apóstolo, Seu discípulo, Seu seguidor, e O levou às nações distantes até morrer por causa do nome de Jesus.

Meus irmãos, a incredulidade faz parte da nossa vida, ela nos acompanha em muitas situações da vida. Muitas vezes, queremos que Deus nos prove o tanto que nos ama, o tanto que Ele pode fazer por nós. Queremos sinais e manifestações de Deus, estamos exigindo na nossa incredulidade, na nossa pouca fé ou na nossa fé duvidosa, que Ele se manifeste a nós. Muitas vezes, deixamo-nos guiar pelas incertezas, pelas dúvidas e pelos mares agitados que agitam, inclusive, a nossa própria fé.

Hoje, queremos crescer na fé, queremos alimentá-la. Não queremos que ela seja ingênua, imatura, que dependa de sinais visíveis para que seja real. No mundo, as pessoas creem em Deus, apenas não tem fé nem confiança n’Ele. As pessoas sabem que Deus existe, apelam e imploram a Ele, mas a fé não é simplesmente acreditar ou, na hora do desespero, gritar: “Senhor, socorra-me!”.

Fé é acreditar sem ver, é viver na fé mesmo sem encontrar nenhuma perspectiva pela frente. É a fé da confiança, da certeza, da entrega, da relação mútua que existe entre eu (filho) e Deus (Pai). Eu creio n’Ele, porque Ele é Deus, não creio n’Ele por aquilo que Ele me dá, daquilo que Ele consegue para mim e assim por diante. Eu creio em Deus, porque Ele é Deus e eu sou Seu filho!

Que a nossa fé seja cada vez mais madura, mais consistente e real. Não nos deixemos levar pelos ventos da incredulidade que nos afastam da experiência verdadeira do Deus único em nossa vida.

Deus abençoe você!

sábado, 1 de julho de 2017

Homilia Diária

01JUL2017

A fé precisa mesmo estar entrelaçada com a humildade, porque, com a arrogância, não conseguimos nada, não chegamos até Deus

“Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado”(Mateus 8,8).

O oficial romano vai até Jesus suplicar pelo seu empregado que está enfermo. Duas coisas são importantíssimas: a primeira, o oficial romano era pagão, não pertencia ao contexto da religião judaica, em outras palavras, ele era um excluído, não fazia parte do povo eleito. A outra coisa é que ele não vai buscar uma cura, um milagre, uma graça para si, mas para o seu empregado. E talvez uma terceira coisa, e a mais importante delas, é o tamanho da sua fé. É uma fé que vem entrelaçada com a sua humildade e a sua confiança em Deus, na pessoa de Jesus Cristo.

O oficial se aproxima e diz: “Eu não sou digno, Senhor, de que entreis em minha casa, eu não sou merecedor, não tenho os créditos para que o Senhor entre em minha casa, mas eu creio, acredito que basta uma palavra Sua e o meu empregado será curado. Eu tenho ordens sobre ele. Eu o mando fazer isso, e ele faz; eu mando outros fazerem aquilo, eles fazem, mas quem tem poder sobre a alma, sobre a doença, a enfermidade e o mal é o Senhor, e eu creio firmemente nisso”.

Jesus fica admirado com a fé daquele homem, porque os que eram daquela religião não manifestaram tamanha fé, não manifestaram uma fé com tamanha grandeza, e aquele homem pagão, excluído, manifestou sua fé e confiança; ele acreditou que Jesus podia fazer algo por seu empregado. Por isso, o empregado ficou curado, por causa da fé de seu chefe.

Permita-me dizer ao seu coração: a fé precisa mesmo estar entrelaçada com a humildade, porque, com a arrogância, não conseguimos nada, não chegamos até Deus. Com a arrogância, mostramos que somos maus, que tudo podemos e assim por diante. Mas quando nos fazemos pequenos, quando nos colocamos debaixo da autoridade de Jesus, Ele tudo pode fazer por nós!

Eu creio e você também crê que a nossa fé é alimentada por uma profunda humildade de saber que Deus tudo pode, e em nossa miséria dependemos d’Ele.

Deus abençoe você!