(Portal Acrítica)
O
vice-prefeito do município amazonense, conhecido por ser o principal
adversário político da vítima, buscou abrigo na delegacia após a
população tentar linchá-lo, movida por boatos. Cerco se fecha por terra e
rio, mas ainda não há suspeitas. Reforços chegarão nesta segunda (29)
Prefeito pelo PROS, Cícero Lopes foi eleito em 2013 com apoio das zonas urbana e rural
(Prefeitura de Maraã)
Cícero
Lopes (Pros), prefeito do município amazonense de Maraã (localizado a
615 km da capital Manaus) desde 2013, foi assassinado na noite deste
domingo (28) com um tiro nas costas, na frente da sua residência. O
criminoso conseguiu escapar e policiais militares e civis bloquearam o
rio que banha o município, já que a única maneira de sair da região é
por via fluvial, na tentativa de fechar o cerco ao atirador o mais
rápido possível.
O
comandante-geral da Polícia Militar do Amazonas, coronel Marcos James
Frota, confirmou as informações e revelou que o clima na cidade é tenso,
mas até a publicação desta matéria nenhuma confusão havia sido
registrada. O vice-prefeito da cidade, apontado como um dos principais
adversários políticos da vítima, está sob abrigo no 60º Distrito
Integrado de Polícia (DIP) - não detido, mas sim para sua própria
proteção, como frisou Frota.
"Ainda
não temos nenhuma hipótese e precisamos distinguir bem 'adversário
político' de 'rival pessoal'. Como muitos sabem que seu principal
adversário político é o seu vice, a população já queria bater nele,
então ele está abrigado na delegacia, mas apenas para sua própria
proteção", disse o comandante-geral.
"Tudo
leva a crer que foi execução, pistolagem mesmo", acrescenta. O crime
ocorreu por volta de 19h20, na entrada da sua casa. Um homem, com uma
arma de cano longo, atirou assim que viu o prefeito, acertando suas
costas. Cícero Lopes ainda chegou a ser levado ao hospital do município,
mas não resistiu e faleceu na unidade de saúde.
Maraã
conta com nove policiais militares e dois civis, e todos estão
empenhados em localizar o assassino, garante o comandante-geral da
PM-AM. "Estamos fazendo um levantamento de possíveis suspeitos e
realizando revistas de local a local. Só é possível sair da cidade se
for pela água, não tem outra maneira, então bloqueamos o rio. Mas
estamos verificando também dentro da cidade", completou Frota.
Nesta
segunda-feira (29), o delegado da Especializada em Homicídios e
Sequestros (Dehs) irá até o município com um perito criminal, assim como
reforços da Tropa de Choque da PM, para evitar disturbíos. Além disso,
14 policiais militares do 3ª Batalhão de Polícia Militar, de Tefé,
também devem desembarcar na cidade nesta segunda-feira. "Não houve
bagunça, mas o clima está tenso", comenta Frota.