(Portal Acrítica)
O governador José Melo afirmou que só pensará em nomes de substitutos dos secretários que lhe confirmarem se serão mesmo candidatos a prefeitos
Ao todo, oito secretários, sendo cinco do município e três estaduais, deixarão seus cargos até o dia 2 de abril
Oito
secretários, sendo cinco do município e três estaduais, deixarão seus
cargos até o dia 2 de abril para disputarem cargos de vereador ou
prefeito nas eleições de outubro.
Seis
deles retornam para a Câmara Municipal de Manaus (CMM) e para a
Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM) com o poder de desencadear a
qualquer momento um “troca-troca” de suplentes.
No
Estado, o secretário de Produção Rural (Sepror), Sidney Leite (Pros) é
pré-candidato à prefeitura de Maués, Miberval Ferreira (PSD), presidente
da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), vai
concorrer à Prefeitura de Carauari, e Leonel Feitoza (PSD), presidente
do Detran–AM, é pré-candidato em Iranduba.
Dos
três secretários estaduais, somente Sidney Leite é detentor de mandato
na Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM). Com seu retorno para o
parlamento estadual, o seu substituto, Dr Gomes (PSD), deixa o título de
deputado após dez meses de mandato e reassume sua vaga da CMM. A volta
dele para o Legislativo municipal vai desalojar a suplente, Pastora
Luciana (PP).
No
dia 11 de janeiro, o governador José Melo afirmou que só pensará em
nomes de substitutos dos secretários que pretendem concorrer na eleição
municipal quando lhe confirmarem se serão mesmo candidatos a prefeitos.
Secretários municipais
Os
vereadores licenciados são – Davi Reis (PV), secretário municipal de
Trabalho, Emprego e Desenvolvimento (Semtrad); Gilmar Nascimento (PDT),
secretário municipal de Administração, Planejamento e Gestão (Semad);
Sildomar Abtibol (Pros), secretário municipal de Juventude, Esporte e
Lazer (Semjel) e Luiz Alberto Carijó (PDT), secretário extraordinário de
projetos.
Davi
Reis se licenciou da Câmara Municipal em 27 de novembro de 2013, quando
foi convidado para gerir o Fundo de Fomento a Micro e Pequenas Empresas
(Fumipec), tornando-se secretário extraordinário do município.
Em
julho de 2014, o Fumipec foi transferido para a Semtrad, o cargo de
secretário extraordinário foi extinto e Davi tornou-se chefe da pasta.
Com o retorno do parlamentar para a CMM, quem terá que deixar a Casa
será Luis Neto (PSDC).
Responsável
pela Semad, Gilmar Nascimento (PDT), deixou a CMM no dia 27 de abril.
No lugar de Gilmar, deveria ter assumido o primeiro suplente da
coligação “Manaus Nossa Responsabilidade” Luiz Alberto Carijó, também do
PDT.
Entretanto,
o parlamentar foi convocado para assumir a Secretaria Municipal
Extraordinária (Semex), deixando o caminho aberto para Jaildo dos
Rodiviários (PRP), que logo deve fazer as malas e deixar a Casa
Legislativa.
Já
o vereador Sildomar Abtibol deixou a Câmara Municipal para assumir a
Semjel no mesmo dia que Gilmar. No lugar dele assumiu o advogado Joelson
Silva (PHS).
Luiz
Carijó, que já foi prefeito tampão de Manaus e presidente da CMM,
também deve deixar o cargo de secretário extraordinário de projetos
para assumir a suplência da vaga deixada pelo vereador Fabrício Lima
(SDD), que assumiu a Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer
(Sejel) na última quinta-feira (18).
Palcos
Para
o sociólogo e cientista político da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam), Tiago Jacaúna, o ideal seria que parlamentares “cumprissem os
mandatos para os quais foram eleitos”.
“É
o efeito de alianças orquestradas ainda na campanha, através de uma
correlação de forças. Eles (secretários) acabam por romper uma política
pública do ponto de vista do planejamento e da execução de projetos.
Deixando claro que a secretaria serviu como um palco”, avaliou o
sociólogo.
‘Nem penso em política’
O
terceiro nome que deve deixar o secretariado de Melo até o mês de abril
é do presidente do Departamento de Trânsito do Amazonas (Detran-AM),
Leonel Feitoza. Antes de chegar ao Detran-AM, Feitoza venceu seis
eleições para a Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Leonel
transferiu o domicílio eleitoral dele para Iranduba e afirma possuir
“laços familiares” na cidade, mas quando questionado quando deve deixar a
pasta para se dedicar a sua campanha, ele tem sido repetitivo. “Estou
concentrado no trabalho, nem penso em política”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário