Gol

sábado, 30 de setembro de 2017

Homilia Diária

30SET2017

Deixemo-nos converter para que a nossa mentalidade não seja pagã, para que não fiquemos na obscuridade

“Mas os discípulos não compreenderam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto” (Lucas 9,45).

Por que os discípulos de Jesus não compreendiam o que Ele falava? Por que nós, discípulos de Jesus dos dias de hoje, muitas vezes, não compreendemos o que Ele fala? Por que o sentido fica escondido, obscuro, não compreendido? Por que deixamos assim mesmo? Por que também temos medo de fazer perguntas?

Para compreender o Reino de Deus, é preciso entrar na lógica e na dinâmica dele, é preciso ter a mentalidade do Reino, porque, quando não a temos, tudo o que vem de Deus se torna obscuro e de difícil compreensão.

O mundo não compreende a Palavra; e se a nossa mentalidade for mundana, também criaremos rejeição e seremos incapazes de compreender aquilo que vem de Jesus. Por isso, muitos se rebelam e se opõem ao que não conhecem nem compreendem; opõem-se àquilo que não sabem o que é. Até mesmo nós, que estamos, muitas vezes, na caminhada, não compreendemos as palavras de Jesus e ficamos na obscuridade. Então, concordamos com aquilo que é conveniente e discordamos daquilo que nos incomoda; e boa parte deixamos na ignorância por não conhecer.

Por que não conhecemos? Porque não nos convertemos, não mudamos a nossa mentalidade, porque a mentalidade do mundo é pagã e, muitas vezes, impregna nossos conhecimentos. Estamos sendo conduzidos por uma mentalidade que nos leva a pensar como este mundo, e este não pensa de acordo com o Reino de Deus, de acordo com aquilo que é a vontade do Senhor.

O mundo, muitas vezes, opõe-se àquilo que é de Deus, por isso ele é regido não pela força divina, mas pela força do maligno. Deixemo-nos ser conduzidos por Jesus, deixemo-nos convencer e converter pela mensagem do Reino, para que a nossa mentalidade não seja pagã, para que não fiquemos na obscuridade, mas caminhemos na verdade e na luz da Palavra.

Deus abençoe você!

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Homilia Diária

29SET2017

Que os arcanjos de Deus estejam a nosso serviço e que nós estejamos, acima de tudo, a serviço de Deus

“Houve uma batalha no céu: Miguel e seus anjos guerrearam contra o Dragão. O Dragão lutou juntamente com os seus anjos, mas foi derrotado, e não se encontrou mais o seu lugar no céu” (Ap 12,7-8).

Hoje, celebramos a Festa dos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, os três grandes arcanjos divinos. A realidade dos anjos é admirável e maravilhosa!

Os anjos são criaturas de Deus, criados para estarem a serviço do Senhor. Anjos são espíritos puros, mensageiros de Deus, ou seja, estão a serviço d'Ele. Na hierarquia angelical, existem várias categorias: anjos, arcanjos, potestades, dominações e tantas outras hierarquias angelicais que ocupam um lugar especial. Os arcanjos são anjos com missões específicas nessa dimensão da vida espiritual que Deus criou e dispôs no relacionamento com Ele.

Os anjos estão a nosso serviço, eles estão a serviço da nossa relação com Deus, por isso não os podemos ignorar, não podemos abrir mão dessa presença angelical no meio de nós.

Olhemos para esses arcanjos. O primeiro deles é Miguel, o grande combatente das batalhas espirituais e o vencedor das forças do mal. "Quem como Deus!". Miguel é aquele que diz: “A vitória final é a de Deus”. O mal não reina nem tem poder sobre nós quando nos colocamos sobre o domínio de Deus. Miguel é o grande combatente das forças infernais, é aquele que vence todos os anjos inimigos e os coloca aos pés e à sujeição do nosso Deus.

O arcanjo Gabriel foi aquele enviado a Zacarias e Maria para comunicar as graças divinas, as grandes graças do Céu.

A comunicação é uma grande necessidade entre nós seres humanos e na nossa relação com Deus. Queremos nos comunicar com Ele e queremos que Ele, cada vez mais, comunique-se conosco. O arcanjo São Gabriel está a serviço da boa e verdadeira comunicação.

No nosso mundo, com tantas doenças e enfermidades, que sofre, tantas vezes, com epidemias e pandemias, tantas fragilidades da nossa saúde humana, o socorro de Deus chama-se Rafael. Ele é a cura divina. São Rafael deve ser invocado, aclamado, para que não fiquemos passivos diante do crescimento de tantas doenças e enfermidades.

São Rafael é a medicina divina, é a luz divina para iluminar todas as realidades humanas, muitas vezes, contaminadas por doenças, enfermidades e por fraquezas que nos fragilizam, mas Deus é aquele que cuida de nós e de nossa humanidade.

Fiquemos amigos dos arcanjos de Deus, porque ser amigo dos anjos quer dizer ser amigo de Deus, é levar uma vida espiritual, uma vida mística de forma mais pura, verdadeira e autêntica.

Que os arcanjos de Deus estejam a nosso serviço e que nós estejamos, acima de tudo, a serviço de Deus.

Deus abençoe você!

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Homilia Diária

28SET2017

Procuremos conhecer, ter relação próxima e de intimidade com Jesus e Seu Reino

“Então Herodes disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus” (Lucas 9,9).

Herodes havia mandado matar João Batista, mas ele estava incomodado, porque a fama de Jesus, tudo o que Ele fazia e falava, tornava-O conhecido. As obras de Cristo eram manifestas, e Herodes queria saber quem era Ele. Por isso, de algum modo, procurou ver Jesus, mas ficou apenas na beirada.

Nós, muitas vezes, só ficamos na beirada, porque só procuramos ver Jesus. No entanto, só vê-Lo não basta, só ver as obras de Deus no mundo não basta. Estamos contemplando as maravilhas e a ação de Deus no meio de nós, mas não basta apenas vermos, temos de conhecê-las. Ver e conhecer são diferentes, porque, quando vemos alguma coisa, nós a estamos contemplando. Agora, quando procuramos conhecer, estamos entrando na intimidade e na profundidade de algo ou alguém.

Muitas pessoas estão vendo as coisas de Deus, Seu Reino, mas não estão procurando conhecê-Lo, não estão entrando na lógica e na dinâmica do Reino de Deus. Quando conhecemos Jesus, nós O seguimos, deixamo-nos ser conduzidos pela verdade e pela libertação que o Reino de Deus traz até nós.

Herodes teve a oportunidade de mudar de vida, de ser transformado, um homem novo, mas não procurou ou não se deixou ser tocado nem conduzido pelo Reino de Deus. Herodes preferiu continuar na beirada.

Não fiquemos na beira do caminho, apenas olhando Jesus passar e a graça de Deus acontecer. Procuremos conhecê-Lo, ter uma relação próxima de intimidade com Ele e com Seu Reino, para que não seja uma realidade externa, mas entre em nós, esteja em nós, para que produza frutos em nós e a partir de nós.

Procuremos não somente ver, mas seguir Jesus, tornarmo-nos Seus discípulos, colocarmos em prática Suas palavras e levar o Reino de Deus, que contemplamos, para o mundo que precisa tanto d’Ele.

Não basta ver Jesus, é preciso também conhecê-Lo e segui-Lo.

Deus abençoe você!

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Homilia Diária

27SET2017

Usemos, sobre a nossa própria vida, a autoridade divina que o próprio batismo nos conferiu

“Jesus convocou os Doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios e para curar doenças, e enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos” (Lucas 9,1-2).

Jesus confere aos Seus Doze poder e autoridade. O Mestre nos confere poder e autoridade sobre os espíritos malignos, para nos dizer que nenhuma força que vem do mal pode nem deve ser maior do que aquilo que é o Reino de Deus.

Onde o mal está vencendo, onde está progredindo e onde ele está tendo a palavra final, é porque o Reino não está acontecendo; pois, onde ele acontece, aqueles que são discípulos e apóstolos têm poder e autoridade para expulsar o que é maligno.

Meus irmãos, usemos, sobre a nossa própria vida, a autoridade divina que o próprio batismo nos conferiu. Não podemos deixar que o maligno e suas ações tenham poder sobre nossa vida. Elas não podem ser mais fortes do que nós, mais fortes do que a graça de Deus que habita e vive em nós. E se, muitas vezes, as forças do mal estão reinando em nós, é porque estamos dando mais brechas e autoridade a ele do que à graça do Reino de Deus que habita em nós.

Não deixemos que nossas relações sejam contaminadas nem dominadas pelas forças do mal. Não permitamos, de forma nenhuma, que, naquilo que fazemos e pensamos, sejamos dominados por sentimentos que são infernais. Inveja, fofoca, ciúme, intriga, maledicências, tormentos, ressentimentos e mágoas não podem dominar nossa vida. São sentimentos humanos com os quais precisamos lidar. Precisamos nos curar das influências que essas forças exercem em nós. Elas não podem mandar nem ter a última palavra em nossa vida, porque o poder e a autoridade que Deus nos deu não é para lutarmos uns contra os outros, para nos combatermos, gladiarmos nem brigarmos, mas para lutarmos contra as forças do mal, para combatermos o mal em nossa vida, e não uns aos outros.

Se estamos, muitas vezes, doentes, enfermos e enfraquecidos, é por causa de tanta contaminação espiritual; é por, tantas vezes, cedermos às forças do mal, as quais nos enfraquecem no combate pelo bem.

Usemos do poder e da autoridade de Deus para que Ele esteja no meio de nós.

Deus abençoe você!

Homilia Diária

26SET2017

O discípulo de Jesus é aquele que escuta o Mestre, mas não simplesmente por escutar; ele tem o dom de ouvir, de prestar atenção

Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática”(Lucas 8,21).

O Evangelho de hoje nos mostra a graça maravilhosa de sermos chamados a fazer parte da família de Jesus, sermos família com Ele. Para nós, a questão familiar é sanguínea, consanguínea. “Sou filho, pai ou irmão dessa pessoa, porque tenho uma relação consanguínea ou adotiva".

Deus amplia o conceito de família e chancela o verdadeiro sentido do que é ser família de Deus ou ser, realmente, da família de Jesus. Não quer dizer que o Senhor exclui os Seus; muito pelo contrário, Ele está dizendo que aquela que é sua mãe, aqueles que são Seus parentes próximos, não o são só porque fazem parte mesma família, mas, sobretudo, porque põem em prática a palavra ouvida.

Para ser discípulo e familiar de Jesus, é necessário, primeiro, ouvir Sua Palavra. E como nós temos dificuldades de ouvir, de colocar nossos ouvidos em sintonia com a Palavra do Senhor! Há muitas outras palavras que estão zunindo em nossos ouvidos, dando-nos preocupações, direções e tantas outras questões tão práticas deste mundo; e nós, muitas vezes, não nos colocamos na sintonia da Palavra de Deus.

O discípulo de Jesus é aquele que escuta o Mestre, mas não simplesmente por escutar; ele tem o dom de ouvir, de prestar atenção, meditar, ruminar e deixar que a Palavra ouvida seja aquela que rema, que direciona e dá, realmente, a seta para sua vida. A Palavra de Deus deve ser a direção para tudo aquilo que fazemos.

Se ouvimos, meditamos e ruminamos a Palavra de Deus, como podemos praticá-la? Como podemos vivê-la? Se não a estivermos vivendo plenamente, precisamos saber o que mudar, o que fazer, de que forma direcionar nossa vida, para que ela esteja de acordo com a Palavra de Deus.

Que a Palavra seja um espelho para nos mostrar o que, de fato, somos e estamos vivendo. Que ela seja luz, que direcione como precisamos viver.

Deus abençoe você!

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Homilia Diária

25SET2017

A luz de Deus nos ajuda a caminhar na luz, tira-nos das trevas, porque Ele torna tudo claro e manifesto

Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto” (Lucas 8,17).

Deus é luz, e quem está n'Ele permanece na luz. Como essa palavra de Deus se aplica em nossa vida, no nosso coração e nas nossas relações humanas? Quem está em Deus deve ser uma pessoa transparente, que caminha sempre na luz e não na escuridão da vida, mantendo tudo o que faz escondido, sem ninguém saber.

As nossas boas obras devem ser manifestadas e conhecidas. Não é que temos de fazer propaganda, chamar à atenção, pois as obras boas que fazemos claramente aparecem, são perceptíveis; mas as obras ruins também.

Por que conhecemos as obras ruins? Para corrigi-las, para direcioná-las e tirá-las da escuridão e das trevas. Quando não conhecemos as coisas negativas que estão em nós, as pessoas, falam, comentam, não vemos, mas é sinal de que não estamos colocando a nossa vida na luz.

Quando colocamos a nossa vida na luz, vemos, claramente, as inclinações positivas, as boas obras que devemos fazer, porque a luz de Deus nos dá direção e nos mostra por onde devemos caminhar.

Quando estamos em Deus, também temos clareza de nossas fraquezas, dos nossos limites, erros e pecados. Não é para vivermos nos acusando nem acusarmos os outros, é o contrário, é para corrigir aquilo que em nós precisa ser corrigido, é para, com o auxílio da luz de Deus, sair das trevas e caminhar na direção da luz, da vida, e ser luz também para os outros, para ter paciência com os limites e fraquezas do outro. A luz de Deus nos ajuda a caminhar na luz, tira-nos das trevas, porque Ele torna tudo claro e manifesto.

Há muitas coisas escondidas dentro de nós; há coisas que guardamos no interior da nossa alma que nem mesmo nós temos consciência delas. Não é para ficarmos fazendo tempestades no coração e na mente, mas é para deixarmos tudo se iluminar, clarear, tudo vir à luz. Para retirar o que não serve, o que não presta, e curar o que precisa ser curado, transformar o que precisa ser transformado, mas para eliminar aquilo que não nos santifica nem nos torna um verdadeiro filho de Deus.

Que a luz de Deus direcione, encaminhe nossos passos e nos ajude a caminhar na vontade do Senhor.

Deus abençoe você!

domingo, 24 de setembro de 2017

Homilia Diária

24SET2017

A inveja faz de nós pessoas orgulhosas, soberbas, descontentes com a vida, que não lutam pelo que é nosso

“Ao receberem o pagamento, começaram a resmungar contra o patrão: ‘Estes últimos trabalharam uma hora só, e tu os igualaste a nós, que suportamos o cansaço e o calor o dia inteiro’”. (Mateus 20,11-12).

A parábola do Evangelho de hoje nos mostra o coração de um mestre, de um pai, um senhor que é justo; e o coração dos operários que, muitas vezes, são justiceiros, mas não justos.

O patrão combinou, com cada um dos trabalhadores, quando vieram trabalhar, uma quantia certa a ser dada. Aquele que chegou na primeira hora, iria receber tanto; o que chegou na terceira hora, iria receber outro tanto; o que chegou na sexta hora, receberia um preço combinado; e os que chegaram na penúltima hora, também receberiam o preço combinado.

Veja bem: o patrão pagou a cada um conforme havia combinado, ninguém recebeu a menos, não foi tirado de ninguém o que lhe foi prometido, de modo que cada um deveria ter ficado satisfeito com o que recebeu.

Onde entrou o problema? O problema entrou quando os que receberam primeiro viram o quanto receberam os que chegaram na última hora. E qual foi o problema? A inveja. E nós temos inveja quando paramos de olhar para o que é nosso e começamos a nos comparar e olhar para o que é do outro.

Se eles tivessem se conformado com aquilo que receberam, o coração deles estaria muito grato, muito feliz, porque estavam desempregados, mas foram se comparar com os outros. A vida é assim, quando começamos a nos comparar, caímos sempre na murmuração e na comparação injusta da vida, vamos sempre achar que estamos sendo injustiçados. Só achamos as coisas justas quando estamos bem e melhor, quando o que ganhamos é melhor do que os outros; mas quando o que ganhamos e temos é menor do que os outros, aí tudo se torna injusto.

A inveja corroí o coração humano, é um dos piores venenos para a nossa existência, porque ela nos corrói por dentro, cria sentimentos negativos dentro de nós, coloca-nos sempre em confronto em comparação com o outro.

Caim tinha oferecido um sacrifício maravilhoso aos olhos de Deus, mas começou a ter inveja do sacrifício de seu irmão; e bem sabemos o resultado: Caim matou Abel.

Estamos matando uns aos outros na fofoca, na maledicência, no falar mal. Quase sempre, isso vem da maldade e da inveja. Por causa da inveja, o pecado e o mal entraram no mundo. A inveja faz de nós pessoas orgulhosas, soberbas, descontentes com a vida. Não lutamos pelo que é nosso, não lutamos pelo que, de fato, é nosso direito. Lutamos, muitas vezes, para tirar o que é do outro e não por aquilo que é nosso por direito.

Sejamos justos, porque Deus é justo, mas nem sempre ser justiceiro quer dizer ser justo. Deus é aquele que vê além, que vê de cima. Somos aqueles que olham por baixo, e só olhamos o mundo com o nosso olhar orgulhoso e egoísta, porque vemos o mundo somente do nosso jeito.

Deus abençoe você!

sábado, 23 de setembro de 2017

Homilia Diária

23SET2017

Perseverar quer dizer insistir, persistir e não desanimar por qualquer tribulação

“E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança” (Lucas 8, 15).

Das tantas vezes que nós ouvimos a parábola do semeador, podemos prestar atenção nos terrenos negativos ou que não foram frutuosos; terrenos onde a Palavra de Deus secou, foi roubada, levada; terrenos onde a Palavra de Deus até caiu, mas não tinha profundidade e não deu frutos.

Deus deseja que o nosso coração não seja nenhum desses terrenos; pelo contrário, Ele deseja que o nosso coração seja um lugar onde a Palavra de Deus caia e produza muitos frutos.

O que precisamos fazer, para que o terreno do nosso coração seja, de fato, o terreno onde a Palavra de Deus caia e os frutos sejam muitos? Primeiro,é preciso ter um coração bom e generoso, que não se deixa permear pelo mal, ser induzido e seduzido pela maldade dos sentimentos que circulam ao nosso lado. Um coração bom é aquele que vive na bondade de Deus. Depois, é preciso acolher com generosidade, com abertura e amor.

Às vezes, você vai ouvir a Palavra de Deus, mas a escuta por escutar, por obrigação, para cumprir preceitos, formalidades, e isso não é generosidade. Ser generoso é ter alegria, disposição e ânimo para acolher aquilo que vem de Deus.

Se somos bons e generosos, essa Palavra entra em nós e nos convida a dar frutos na perseverança. Veja bem: podemos produzir frutos para o Reino de Deus, mas é preciso perseverar, e a perseverança é o segredo dos fortes em Deus, daqueles que se fortalecem n'Ele.

Perseverar quer dizer insistir, persistir e não desanimar por qualquer coisa nem tribulação, por qualquer dificuldade ou sofrimento. Perseverar e insistir no caminho do Reino de Deus, apesar de todas as situações contrárias.

Muitos começaram em Deus, mas não terminaram n'Ele. Muitos eram de Deus, mas não continuaram servindo-No, porque se deixaram desanimar pelas coisas do mundo, pelas dificuldade que encontraram pelo caminho, por tantas coisas que enfrentaram na própria vida de comunidade, de igreja e assim por diante.

Os frutos da Palavra não se manifestam em nossa vida, porque nos falta perseverança. Não é só perseverar indo para a igreja, mas, sobretudo e acima de tudo, nas obras de Deus.

Começou a ler a Palavra de Deus, leu uma, duas vezes, mas depois parou. Começou a rezar em família, rezou um ou dois dias; parou. Perseverar é fazer, com insistência do coração, comprometido com aquilo que assumiu fazer.

Seja bom, seja generoso, seja perseverante, e colha os melhores frutos da vida.

Deus abençoe você!

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Homilia Diária

22SET2017

Testemunhe para o mundo e para as pessoas, fale de Jesus, anuncie-O, proclame a diferença que Ele faz na sua vida

“Jesus andava por cidades e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus. Os doze iam com ele, e também algumas mulheres que haviam sido curadas de maus espíritos e doenças” (Lucas 8,1-2).

A graça do Evangelho de hoje é nos mostrar Jesus anunciando e pregando a Boa Nova do Reino de Deus, que chega a todas as cidades, povoados e corações que se abrem para acolhê-la.

A grande graça que o Evangelho de hoje nos aponta são as mulheres seguindo Jesus e se tornando discípulas d'Ele. Primeiro, porque Ele fez diferença na vida delas, numa sociedade patriarcal como era a cidade judaica da época, onde se levava em conta somente os homens, e as mulheres ficavam à deriva, à parte, à mercê dos homens. Jesus, no entanto, coloca as mulheres no centro do coração de Deus, primeiro agindo na vida delas, transformando tantas mulheres. Elas se tornam libertas, curadas, transformadas e renovadas pela presença de Jesus. As mulheres que são tocados, hoje, nas Sagradas Escrituras são: Maria Madalena, da qual saiu sete demônios, Joana que era mulher de Cuza, alto funcionário de Herodes, Susana e tantas outras mulheres que foram transformadas por Jesus.

Quando Jesus transforma a vida desses homens e dessas mulheres, estes não se tornam apenas discípulos, mas testemunhas da ação que Jesus fez na vida deles. Você, mulher que me escuta, sabe a diferença que Jesus fez em sua vida? De que forma Ele chegou? O que Ele mudou? O que Ele transformou e renovou? Ele é o homem que fez toda a diferença na sua existência. Não deixe de testemunhá-Lo nem de segui-Lo. Testemunhe-O para o mundo e para as pessoas, fale de Jesus, anuncie-O, proclame a diferença que Ele faz na sua vida.

Há muitas mulheres que seguem homens e ídolos, deste mundo, e sabem o quanto são escravizados por eles. Mas uma mulher que encontrou Jesus e foi por Ele tocada, transformada, renovada, sabe qual é a diferença que Jesus faz em sua vida.

Mulheres do Senhor, testemunhem para os homens e para as mulheres, deste mundo, a diferença que Jesus faz em sua vida.

Deus abençoe você!

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Homilia Diária

20SET2017

Se formos frios e indiferentes para com a presença do Sagrado e do Divino, não seremos tocados pela graça

Não pode haver dúvida de que é grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, foi justificado no espírito, contemplado pelos anjos, pregado às nações, acreditado no mundo, exaltado na glória!”(1Tm 3,16).

Aquilo que São Paulo está, hoje, recomendando a Timóteo, em sua carta, é como devemos proceder na casa de Deus, e isso está totalmente ligado ao Evangelho de hoje, que nos fala da frieza e da indiferença daqueles que não ligaram para a manifestação da glória e da presença do Senhor no meio de nós. O Evangelho diz: "Veio João Batista, que não comia nem bebia, e foi visto por muitos como um demônio. Veio o Filho do Homem, que comia e bebia, e foi tido como um comilão, beberrão e assim por diante. Ou vocês são como crianças que tocam flautas nas praças e ninguém liga" (cf. Lc 7,31-35).

Grande é o mistério da graça de Deus manifestada no meio de nós. Uma vez manifestado, não podemos tocar nesse mistério como uma coisa qualquer nem deixar que a apatia, a frieza, a indiferença e o pouco caso tomem conta de nós.

Vivemos num mundo frio e relativista em relação às coisas sagradas e divinas, em relação à manifestação de Deus no meio de nós. Como deveríamos tremer diante da presença de Deus! Como o nosso comportamento, ao entrar numa igreja, numa capela, ao nos colocarmos na presença do Senhor, deveria ser diferente! Deveríamos estar inteiros tomados pela presença d'Ele em nosso meio.

Se formos frios e indiferentes para com a presença do Sagrado e do Divino, não seremos tocados pela graça. Por isso, é de se imaginar que a graça de Deus esteja longe e indiferente de nós, porque somos nós quem nos tornamos, muitas vezes, frios e indiferentes à manifestação da graça e da glória d'Ele. Como nós precisamos nos compenetrar na vida de oração, na vida mística, na contemplação e busca do Sagrado!

Não podemos fazer as coisas de Deus de qualquer jeito, não podemos transformar a nossa relação com Ele numa coisa rotineira, comum ou tratá-la de qualquer jeito, mais ou menos, quando der.

O Espírito não se compenetra da graça, e a graça do Espírito não penetra em nós pela nossa frieza e pela nossa indiferença. É preciso recuperar o gosto, assumir o Sagrado dentro do nosso coração, para que Ele manifeste a Sua glória, o Seu poder, a ação divina no meio de nós. Em outras palavras, é deixar-se consumir e ser tomado pela presença do Senhor.

Não vá de qualquer jeito para a igreja, não se comporte de qualquer jeito, não coloque outras coisas que o distraem e roubam sua atenção e coração da presença de Deus. Se formos inteiros para Deus, Ele será inteiro em nossa vida!

Deus abençoe você!

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Homilia Diária

18SET2017

Antes de falarmos mal, de reclamarmos e condenarmos as pessoas, na caridade e no amor, a nossa primeira obrigação é a oração

“Caríssimo, antes de tudo, recomendo que se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens, pelos que governam e por todos que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida tranquila e serena” (1Tm 2,1-2).

A Palavra de Deus que estamos meditando, no dia de hoje, da Carta de São Paulo a seu filho Timóteo, é muito atual para o momento pelo qual estamos passando. Todos nós sabemos do momento político do nosso país e do mundo inteiro; não é um momento fácil, mas muito delicado, no qual muitos de nós desacreditamos das autoridades, daqueles que exercem cargos públicos, por todas as situações, que é do conhecimento de todos.

O que é importante? A primeira coisa que a Palavra está nos recomendando é a prática da oração. A oração é súplica, é intercessão. Precisamos orar por todos os homens, precisamos orar pela humanidade, por aqueles que creem em Deus e por aqueles que não creem, que são do nosso convívio e por aqueles que não são. Orando por aqueles que creem e por aqueles que não levam uma vida de comunhão com Deus, a oração chega ao coração deles da mesma forma.

Antes de falarmos mal, de reclamarmos e condenarmos as pessoas, na caridade e no amor, a nossa primeira obrigação é a oração e a intercessão, é colocarmos todas essas necessidades, situações que nós encaramos na luz e no poder da oração.

Precisamos orar pelos nossos governantes e por todos aqueles que são constituídos em dignidade e autoridade. Por mais que tenhamos repugnância a tantos políticos, àqueles que ocupam cargos públicos e assim por diante, eles são autoridade constituídas para governar e fazer o que precisa ser feito. O fato de muitos não corresponderem ou não serem responsáveis naquilo que estão fazendo, não pode nos colocar omissos diante da nossa obrigação da oração e da súplica.

Precisamos ter governantes justos e honestos, mas precisamos, em primeiro lugar, de cidadãos, de homens e mulheres de Deus comprometidos em levar uma vida justa, honesta e ética.

Existe uma ética espiritual que nos leva, justamente, a ter um compromisso da oração. Quantas vezes, nas suas preces, nas suas súplicas, você se lembrou de orar pelos nossos governantes, por aqueles que estão ocupando os nossos cargos?

A lógica do mundo é falar mal, criticar, transformar tudo em piada, generalizar todas as situações e se esquecer de que somos sal da terra e luz do mundo. A nossa missão é ser fermento na massa, é cobrar e fiscalizar, mas a nossa missão é também orar.

Que a nossa oração seja de súplica e confiança por um tempo e por um mundo melhor!

Deus abençoe você!

domingo, 17 de setembro de 2017

Homilia Diária

17SET2017

Não busquemos simplesmente respostas humanas para perdoar, busquemos o auxílio da graça, a vida em Deus e na oração

“Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (Mateus 18,21-22).

Não há nada mais divino do que o perdão e não há nada mais diabólico do que a falta de perdão. Estamos no meio desse fogo cruzado: o fogo da graça, que faz de nós criaturas novas, e o fogo do inferno, que perde a nossa alma e a nossa vida.

Enquanto o fogo do Espírito, o fogo de Deus, o fogo do Céu aniquila o ressentimento, a mágoa, a falta de misericórdia e perdão, o fogo do inferno faz de nós pessoas vingativas, rancorosas, maldosas e assim por diante. É verdade que nós somos humanos e a nossa humanidade se fere, machuca e reacende. Ou pegamos o fogo da graça para curar nossa humanidade ou deixamos que o fogo do inferno acenda em nós e torne a nossa humanidade pior, estragada e mais enferma do que ela já é. Muitos de nós estão doentes e enfermos no corpo, na alma e no espírito pela falta do perdão.

Cultivamos o ressentimento e a mágoa que só nos enfraquecem, tornam-nos mais doentes e piores para nós e para os outros. Quando não perdoamos, o azedume toma conta de nós, a amargura cresce em nosso coração, a raiva se dilacera em nossos atos, em nossas atitudes e naquilo que fazemos.

Perdoar não significa que somos bonzinhos, que somos anjos. Perdoar significa que estamos permitindo a graça de Deus reinar no nosso coração. Nada é mais divino do que perdoar!

Deus não se faz presente numa pessoa quando ela fala muito d'Ele. Deus se faz presente numa pessoa quando ela tem atitudes divinas, e não há atitude divina mais sublime do que a arte e a graça de perdoar as ofensas, as mágoas e tantas situações vividas. Você pode pensar: “Eu não consigo perdoar o meu irmão, a dor foi grande demais!”. Humanamente, pode ser que não consigamos, mas, com a graça divina, o fogo do Espírito queima aquilo que ficou em nós: o ressentimento, a mágoa. O perdão é vivo, é concreto e real.

Não busquemos simplesmente respostas humanas para perdoar, busquemos o auxílio da graça, a vida em Deus e na oração. Busquemos o remédio divino da salvação, para que possamos ser canais do perdão e misericórdia de Deus.

O perdão de Deus para nós não tem limites, não cabe dentro dos cálculos humanos, o perdão que Deus quer que exale de nós é o perdão que brota da cruz, do amor, de uma verdadeira experiência com Deus.

Se não conseguimos perdoar, que Deus nos dê a graça e a força necessária para que vivamos o perdão setenta vezes sete, todos os dias e em todos os momentos e situações da vida.

Deus abençoe você!

sábado, 16 de setembro de 2017

Homilia Diária

16SET2017

Se cuidarmos bem da nossa árvore, frutos maravilhosos darão no nosso coração e na nossa vida

Não existe árvore boa que dê frutos ruins, nem árvore ruim que dê frutos bons. Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos. Não se colhem figos de espinheiros, nem uvas de plantas espinhosas” (Lucas 6,43-44).

Para falar dos frutos, é preciso, primeiro, reconhecer a árvore, porque é a reconhecendo que nós podemos saber ou esperar quais frutos virão dela. Por isso, acima de tudo, precisamos cuidar dessa árvore que somos nós. Se nossa árvore for de qualidade, se for cuidada e cultivada, podemos ter a certeza de que ela dará bons frutos, e estes serão de qualidade.

Não deixemos nossa árvore estragar, pois, se assim acontecer, os frutos que brotarão de nós não serão os melhores. No entanto, se cuidarmos bem dessa árvore, frutos maravilhosos darão no nosso coração e na nossa vida.

Muitas vezes, geramos frutos estragados, geramos amargura, ressentimento e mágoa. Geramos, dentro de nós, o pior, o ressentimento, o ódio, as palavras duras e pesadas.  O fruto não é o problema, mas sim a árvore que gerou esse fruto. Deixamos sair de nós as coisas azedas e estragadas, cuidemos dessa árvore, porque, para ela ser boa, tem de ser adubada, cultivada e lapidada. Quando ela dá um ramo estragado, temos de cortá-la para que dê um ramo melhor.

Não tenhamos medo de cuidar de cada um de nós, cuidar das nossas atitudes e, acima de tudo, cuidar do nosso coração, porque é ele quem gera as atitudes. Precisamos cuidar dos sentimentos que nascem dentro de nós e não permitir que cresçam aqueles sentimentos ruins, as más inclinações, os desejos tenebrosos e maldosos.

Aquilo que concebemos dentro de nós é o que permanece, mas ninguém está vendo. No coração, entretanto, tudo está guardado, e, a qualquer momento, aquilo vai gerar coisas ruins para nós e para os que estão próximos de nós.

Para que continuemos produzindo os melhores e mais saborosos frutos, cuidemos para que essa árvore seja boa e de melhor qualidade.

Deus abençoe você!

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Homilia Diária

15SET2017

Maria é a Mãe que carrega as dores de todas as mães. Ela é solidária, companheira e presente

“Naquele tempo, perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena”(João 19,25).

Celebramos Nossa Senhora das Dores, Maria, a Mãe Dolorosa que acompanhou todas as dores do Cristo e ainda acompanha, vive e compartilha todas nossas dores e nossos sofrimentos.

Maria viveu tantas dores no percurso de sua vida terrestre e humana, e todas elas foram redentoras e salvíficas. Ela compartilhou das dores e dos sofrimentos de seu Filho. Desde o momento em que foi escolhida para ser a Mãe do Salvador, aquilo que poderia ser causa de glória, de jubilo e gozo, foi causa de muito sofrimento e contradição. Quando Maria levou Jesus ao Templo, o próprio Simeão disse: “Essa criança será sinal de contradição, e uma espada de dor transpassará a sua alma" (cf. Lucas 2,34-35). Maria carregou essa espada durante toda a sua vida, e seu Filho não foi amado, não foi compreendido nem aceito, inclusive pelos seus próprios parentes e pessoas mais próximas.

Maria experimentou a dor do Filho que se perdeu no Templo quando ele tinha apenas 12 anos de idade. Ela O viu ser rejeitado, julgado e condenado injustamente, ela viu seu Filho derramando Sangue, sendo humilhado, ultrajado e morrendo na cruz. Qual é o tamanho da dor dessa Mãe? Qual é o tamanho da espada que transpassa o coração dessa Mulher?

Como diz a Palavra: ela estava firme na fé, confiante, entregando toda sua alma ao coração de Deus. Maria traz em si as dores de todas as mulheres de todos os tempos. Ela é a Mãe que carrega as dores de todas as mães, ela é a Mãe solidária, companheira e presente; a Mãe que se faz presente com todas as mães que sofrem com seus filhos, no casamento e nas situações complicadas da vida.

Maria é a mãe que sofre com todas as mulheres sofridas, descriminadas e rejeitadas. Ela é a mãe que compreende as dores de todas as mães e mulheres que passam por aflições, momentos difíceis e complicados.

Maria é a Mãe presente na dor, no sofrimento, na aflição e na compreensão de todas as mulheres!

Deus abençoe você!

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Homilia Diária

14SET2017

Exaltamos Cristo Crucificado na cruz, que morreu pregado no madeiro para nos dar vida, libertação e restauração

“Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna” (João 3,14-15).

Hoje, temos a graça de celebrar a Festa da Exaltação da Santa Cruz! Por que exaltamos a cruz? Não o fazemos pela cruz em si, mas exaltamos Cristo Crucificado nela, que morreu pregado no madeiro para nos dar vida, libertação e restauração, para abrirmos as portas do Reino dos Céus.

A cruz de Cristo é a chave que nos abre à eternidade, é a bênção que supera toda maldição da existência humana contaminada e estragada por causa do pecado. A cruz de Cristo é a chave que nos abre para a vida nova!

Para alguns, é loucura pregarmos Jesus Cristo Crucificado; para outros, é escândalo, mas para nós é o poder, a salvação e a libertação de Deus. Em todas as nossas igrejas, capelas, casas e em tudo aquilo que nós fazemos, a cruz de Cristo deve ser estar presente. Alguns perguntam: "O Cristo já está vivo? Já está ressuscitado e não está mais pregado numa cruz?". É verdade! O Cristo não está mais pregado numa cruz, mas a salvação que Ele nos trouxe, na cruz, jamais pode ser esquecida, anulada; muito pelo contrário, a cada dia, ela deve ser mais atualizada, viva e presente no meio de nós!

Não tiremos o nosso olhar do Cristo Crucificado, pois é Ele quem nos liberta, restaura e salva. A cruz pela cruz não salva ninguém, mas o Cristo crucificado nela dá sentido à cruz de cada um de nós, dá sentido a todas as cruzes que carregamos na vida.

O Cristo Crucificado é a salvação de todos os crucificados da história da humanidade, é a libertação de uma humanidade crucificada por causa do pecado, do egoísmo e da idolatria ao mal. O Cristo Crucificado tornou-se a maldição que nos trouxe a bênção e a salvação, porque o madeiro, a cruz eram reservados aos malditos, para aqueles que cometiam as maiores atrocidades.

Cristo se fez o último, o maldito, para que fôssemos benditos, restaurados, curados e libertos. Salve, ó cruz salvadora, que carregou nosso Salvador, Cristo Jesus, o nosso Redentor.

Deus abençoe você!

 

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Homilia Diária

13SET2017

Buscar as coisas do Alto é ter o coração em Deus e os pés na terra sem perder a dimensão do Céu

“Irmãos, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres” (Cl 3,1-2).

Todos nós que, um dia, fizemos a experiência do encontro pessoal com Jesus, precisamos nos deixar transformar por esse encontro, porque ele nos coloca numa dimensão espiritual de vida mística e relacionamento pessoal com Ele.

Onde está o Cristo? Ele está no meio de nós, mas pertence ao Alto, Ele não é da Terra. Ele veio até nós, está no meio de nós, para nos elevar aos Céus e dizer a cada um de nós que, de lá, viemos e para lá voltaremos.

Buscar as coisas do Alto não é ter uma vida desencarnada e longe da vida real, mas viver uma vida concreta e real com as labutas, com os trabalhos, as dificuldades e realidades próprias da vida humana que nós temos, sem, contudo, perder a dimensão espiritual e mística, sem perder a direção para onde estamos caminhando. Viver uma vida espiritual é não se deixar render à matéria, é não viver o materialismo reinante em nossa vida e em nosso coração.

Buscar as coisas do Alto é viver a vida em Deus, em tudo aquilo que fazemos e realizamos, é buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, é dar prioridade a Ele em nossa vida, é permitir que Ele dirija os nossos pensamentos e sentimentos, nossas ações em tudo aquilo que fazemos e realizamos.

Buscar as coisas do Alto quer dizer que Cristo é o Senhor da nossa vida, e a Ele nos entregamos a cada dia. Buscar as coisas do Alto não é fazer oração de vez em quando ou em outra situação se lembrar de Deus, não é rezar quando estamos aflitos nem quando as coisas estão erradas para nós.

Buscar as coisas do Alto é ter o coração no Senhor e os pés na Terra sem perder a dimensão do Céu. Levamos uma vida encarnada, muito concreta e real. Não somos anjos, não vivemos no Céu, vivemos na terra, mas não nos esqueçamos, jamais, de tudo aquilo que fazemos e somos, aquilo que Deus conquistou, que nós pertencemos a Deus e Ele caminha conosco em tudo aquilo que realizamos.

Deus abençoe você!

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Homilia Diária

12SET2017

Deixemos que a Palavra de Deus entre em nós, porque somente Ele têm palavras de vida eterna

“Vieram para ouvir Jesus e ser curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados. A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos”(Lucas 6,18-19).

Precisamos ouvir Jesus, porque Suas palavras penetram em nós e descem por todo o nosso ser. Todo o nosso corpo e toda a nossa vida são tocados, beneficiados e transformados quando ouvimos Jesus, quando somos tocados por Ele. Por isso, a grande graça da vida é ouvir o Senhor, deixar que nossos ouvidos O escutem, que as Suas palavras entrem em nossa vida.

Muitas vezes, escutamos ruídos, escutamos o outro falar, mas não deixamos que entre em nós aquilo que nossos ouvidos estão captando. A grande graça que precisamos ter de Deus é saber ouvir Jesus, Suas palavras, ouvir a Palavra de vida e salvação que Ele traz a todos nós.

A palavra de Jesus é salvação, cura, libertação e restauração. Precisamos ter um compromisso de vida, não passar, um dia sequer, sem ouvir a Palavra do Senhor.

Peça a Deus, todos os dias, o dom da escuta, a capacidade de ouvir. Muitas vezes, estamos com a nossa sensibilidade auditiva e espiritual comprometida, incapaz de ouvir o outro e Deus. Quando nós O ouvimos, quando a Sua Palavra entra em nós, ela direciona nosso coração, orienta nossa vida e traz luz para as situações mais obscuras da alma, do coração e da nossa existência.

Deixemos que a Palavra de Deus entre em nós, mexa e remexa com o nosso coração e com a nossa vida, porque somente Ele têm palavras de vida eterna, palavras que nos curam, libertam, restauram e trazem vida nova.

Que nós possamos tocar em Jesus e sermos tocados pelas Suas palavras, que trazem vida em plenitude.

Deus abençoe você!

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Homilia Diária

11SET2017

Ele quer que cuidemos do outro e façamos da nossa vida uma oblação para cuidarmos dos sofrimentos do nosso próximo

“Jesus disse ao homem: “Estende a tua mão”. O homem assim o fez e sua mão ficou curada. Eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus” (Lucas 6, 10-11).

As atitudes humanas muitas vezes são verdadeiros contrastes à atitude divina, à atitude de Deus no meio de nós. Deus é Aquele que salva, que liberta e traz para o meio quem está afastado, quem está longe e descriminado, marginalizado e sofrendo, quem está de fato passando por tantas situações complicadas e amarradas que deixam a pessoa longe da vida. Deus é Aquele que nos traz à vida e a nossa vida para que seja vivida em abundância e plenitude.

Esse homem de mão seca era um homem que ficava de lado, rejeitado, não era aceito, não era amado nem querido. Jesus o traz para o meio, para o centro do cuidado, da atenção, do amor e da ternura. Muitos que viram a atitude, o cuidado, o amor e a ternura de Jesus para com aquele homem, ficaram com raiva d'Ele, e planejaram o que poderiam fazer contra Jesus.

Sabe, muitas pessoas têm inveja e raiva de quem faz o bem. É uma atitude muito egoísta querermos o bem somente para nós, querermos que o bem chegue somente a nós. É uma atitude muito egoísta não cuidarmos de quem está sofrendo, de quem está afastado e marginalizado, de quem precisa do amor e da ternura.

Coloquemos uma coisa em nosso coração: não somos a pessoa mais sofrida do mundo, não somos a pessoa que mais necessita de atenção no mundo. Tem sempre alguém que está sofrendo e passando por situações muito mais complicadas e difíceis nessa vida.

Não podemos querer que o mundo gire em torno de nós. O nosso mundo se torna melhor, menos sofrido quando sabemos colocar o outro no centro da nossa vida, quando não fazemos de nós o centro do mundo e o centro da vida. Mas sabemos colocar para dentro, colocar para o meio outros que estão sofrendo, sendo marginalizados e deixados de lado.

Jesus não quer que deixemos ninguém de lado. Ele quer que cuidemos do outro e façamos da nossa vida uma oblação para cuidarmos dos sofrimentos do nosso próximo. Quando cuidamos do outro, Deus está cuidando de todos nós.

Não sejamos movidos pelo egoísmo, mas pelo amor que faz nova todas as coisas.

Deus abençoe você!

domingo, 10 de setembro de 2017

Homilia Diária

10SET2017

Amemos o irmão em particular e, com a caridade que nunca pode faltar, tentemos ganhá-lo, salvá-lo e conquistá-lo

“Jesus diz: 'Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão'” (Mateus 18,15).

Deus quer que ganhemos o nosso irmão, porque não quer que o percamos. Não podemos permitir que muitas situações que acontecem em nosso meio, situações desagradáveis, que causam quedas e embaraços em nossa vida sejam um entrave para salvar o nosso irmão.

É mais fácil vender ou entregar o irmão, é mais fácil falar mal do irmão, escandalizar-se com ele, porém o mais fácil não é o mais evangélico nem o caminho de Cristo, porque o caminho de Cristo é o mais difícil e o mais exigente.

O mais exigente e o mais necessário é salvar o irmão, é salvar a relação, é salvar aquilo que se tornou complicado por causa de situações que constrangeram a nós e a tantas pessoas. É preciso da nossa parte termos a humildade para buscar a reconciliação e a correção fraterna.

Como é que corrigimos os outros? Primeiro, deixando-nos corrigir por Deus. É preciso ter a humildade de saber que todos nós precisamos de correção, de ajuda e auxílio; precisamos de ajuda para reconhecer as fraquezas que muitas vezes não enxergamos.

Tenha uma certeza na vida: é mais fácil enxergar os defeitos e pecados alheios do que os nossos. Muitas vezes, estamos atirando pedras, estamos acusando o outro e não estamos tendo a humildade de reconhecer as nossas próprias fraquezas.

Quando eu vejo a fraqueza de alguém, o pecado de alguém, alguma situação que causou constrangimento, a minha primeira atitude é voltar-me para mim mesmo, e como diz aquele velho ditado: “Colocar a barba de molho”, olhar para minha própria vida, corrigir meus limites e tudo aquilo que eu estou vivendo ou fazendo.

A primeira atitude é cada um saber corrigir a si mesmo, olhar para dentro de si e saber o que necessário mudar na vida de cada um. E a partir disso teremos a graça necessária e o espírito necessários para que possamos ajudar o outro.

Corrigir é, acima de tudo, ajudar, levantar e salvar a outra pessoa. Corrigir não quer dizer humilhar, jogar na cara da outra pessoa, fazer com que ela fique envergonhada com seus atos ou com qualquer outra coisa que ela tenha cometido. Corrigir é amar, é querer bem o outro, por isso não podemos sair falando dos defeitos de ninguém, acusando ou colocando a culpa em alguém. Amemos o irmão em particular e, com a caridade que nunca pode faltar, tentemos ganhá-lo, salvá-lo e conquistá-lo para que ele não se desvie do caminho do Senhor.

Deus abençoe você!

sábado, 9 de setembro de 2017

Homilia Diária

09SET2017

Deus não nos quer desanimados, Ele nos quer firmes e inabaláveis na fé

“Mas é necessário que permaneçais inabaláveis e firmes na fé, sem vos afastardes da esperança que vos dá o evangelho, que ouvistes” (Cl 1,23).

O Evangelho que nos foi anunciado trouxe-nos vida nova, mas é necessário termos perseverança e não perdermos de vista a graça da vida nova que o Evangelho nos trouxe.

Passamos por tribulações, dificuldades e situações perturbadoras na vida e, muitas vezes, desanimamos; a nossa esperança fica mexida, por isso a Palavra de Deus, que vem hoje ao nosso encontro, é um convite: é preciso manter os olhos fixos em Jesus.

O que tem acontecido com muitos de nós é que estamos olhando para os nossos problemas, para as nossas dificuldades e tribulações; para as situações difíceis que passamos na vida e tiramos de Jesus o nosso olhar. Quando tiramos d’Ele o nosso olhar, podemos ter a certeza de que a nossa fé fica abalada, ela vai ruindo, vai sendo dilacerada, e muitas vezes ela cai no desânimo.

Deus não nos quer desanimados, Ele nos quer firmes e inabaláveis na fé. Não somos nós quem mantemos a nossa firmeza, não somos nós quem conseguimos ser inabaláveis na fé, mas é Jesus Cristo, autor e consumador da nossa fé! Não podemos tirar d’Ele o nosso olhar, a nossa esperança, não podemos afastar d’Ele o nosso coração, a nossa vontade e todo o nosso ser. É para Jesus que vamos nos voltar a cada momento, a cada dia da nossa vida. É para Ele que nós devemos olhar.

Não olhemos para o irmão que foi causa de desânimo, de contradição e pecado para nós. Não olhemos para os nossos problemas, que são tantos. Olhemos para aquele que cuida dos nossos problemas, aquele que é maior do que nossas fraquezas.

Paramos nas pessoas, nos limites humanos quando, na verdade, o nosso coração precisa estar firme e fixo em Jesus Cristo, Nosso Senhor e Salvador. É Ele quem nos mantêm firmes e fortes, Ele quem nos conduz adiante para não desanimarmos nesta caminhada.

Deus abençoe você!

 

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Homilia Diária

07SET2017

Uma vez que nos dedicamos a dar atenção à Palavra, é importante que ela dê uma direção para nossa vida

“Simão respondeu: ‘Mestre, nós trabalhamos a noite inteira e nada pescamos. Mas, em atenção à tua palavra, vou lançar as redes’” (Lucas 5,5).

Como é importante e necessário dar atenção à Palavra do Mestre! O Evangelho de hoje começa, justamente, narrando que a multidão estava ao lado de Jesus para ouvir a Palavra de Deus. É necessário fazer isso mesmo, sentar-se, compenetrar-se, silenciar-se para ouvir a Palavra de Deus.

Dê atenção à Palavra, tenha tempo para ouvi-la, para meditá-la, estudá-la e alimentar-se dela, porque a Palavra tem o poder de transformar nossa vida, para que ela entre dentro de nós e tome corpo, forma e dê direção a nossa vida.

Uma vez que nos dedicamos a dar atenção à Palavra, é importante que ela dê uma direção para a nossa vida.

Pedro está dizendo: “Olha, nós pescamos aqui a noite inteira, já lançamos as nossas redes e nada conseguimos”. Mas, em atenção à Palavra de Deus, porque ela tudo muda, ela é luz, sabedoria e graça.

Muitas vezes, nós tentamos resolver uma coisa de um jeito ou de outro por nossa forma humana. Se déssemos atenção ao mínimo da Palavra de Deus, porque ela tem a sabedoria que vem do coração do Senhor para direcionar nossa vida.

Hoje, no dia da Pátria, estamos buscando luzes, soluções e caminho para ela. Se o povo brasileiro e os governantes dessem atenção à Palavra de Deus, nossa Pátria seria outra, nosso mundo seria outro. A nossa casa seria outra se nossa família desse atenção à Palavra de Deus, se ela escutasse para onde Deus a está mandando, direcionando-a, sem ilusão, sem sanatismo, sem se deixar levar pelas nossas vontades próprias, mas ouvir Deus com a serenidade de espírito necessária para sermos prudentes, tomarmos as melhores decisões, para que a nossa vida seja realmente direcionada segundo a vontade do Senhor.

Dê atenção à Palavra de Deus, porque ela tem uma direção para a nossa vida.

Deus abençoe você!

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Homilia Diária

06SET2017

Permitamos que Jesus carregue com Ele nossas dores e enfermidades

“Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: ‘Tu és o Filho de Deus. Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias’ (Lucas 4,40-41).

Jesus foi à casa da sogra de Pedro, porque ela estava sofrendo. Ele se inclinou sobre ela, ameaçou a febre e esta a deixou. Depois, muitos outros enfermos levaram até Jesus suas enfermidades, e Ele colocava a mão em cada um deles para que ficassem curados.

Todos nós carregamos, em nossa vida, dores, enfermidades e tormentos. Jesus quer tocar em nossas dores, enfermidades e tormentos, as quais atormentam a vida de cada um de nós. Permitamos que o Senhor toque em nossas feridas, permitamo-nos ser tocados por Ele e que Ele entre, realmente, naquilo que doí, machuca, está inflamado dentro do nosso coração.

Não podemos esconder nada de Jesus, não podemos dizer que nossa dor e enfermidade não têm mais jeito, porque Ele levou sobre si nossas dores e enfermidades. Se temos uma doença que está há muito tempo conosco, Jesus a carrega junto de nós. Ele carrega sobre si ou tira de nós as enfermidades, porque elas podem e devem ser tiradas à luz da fé ou Ele sofrerá conosco as dores, as enfermidades, mas Ele vai tomar sobre si, carregará sobre si aquilo que nos faz sofrer.

Ele só não permite que nenhuma dor, enfermidade e tormento dessa vida nos tire do Seu coração, que tire nossa paz e comunhão com Ele. Na dor, na enfermidade, no sofrimento ou no tormento da vida, a comunhão com Deus nos põe em sintonia com o Céu!

Deixemos, permitamo-nos ser tocados, curados e cuidados. Permitamos que Jesus carregue com Ele nossas dores e enfermidades.

Deus abençoe você!

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Homilia Diária

05SET2017

Precisamos nos entregar ao senhorio de Jesus, permitir que a autoridade d’Ele esteja sobre nós

“Jesus o ameaçou, dizendo: ‘Cala-te, e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele, e não lhe fez mal nenhum’” (Lucas 4,35).

Jesus tem poder e autoridade sobre os espíritos impuros e malignos que estão no mundo para perder e sacudir as almas, para nos desviar da pureza da verdade, da fé e da vida. Esses demônios são combatidos na autoridade de Jesus. Podemos até cair por terra no combate, na luta espiritual, mas esses espíritos não podem fazer mal a nenhum de nós quando nos colocamos na autoridade d'Ele.

O Senhor tem autoridade sobre os espíritos, Ele tem autoridade sobre os pensamentos e sentimentos impuros. Jesus tem autoridade sobre muitos sentimentos que tomam conta da nossa alma: a inveja, a lascívia, a impureza, os maus desejos e pensamentos, aquela raiva que vem tomar conta de nós.

Não precisamos ser assim, nunca precisamos! Podemos acreditar que, por maior que sejam as nossas fraquezas, não precisamos viver dominados por elas, mas sim submeter nossas fraquezas, por maiores que sejam, ao domínio e senhorio de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Muitas vezes, as fraquezas estão gritando, sacudindo dentro de nós aquela vontade forte que temos de brigar, de dizer palavras desaforadas, aquela vontade de fazer coisas erradas e pecaminosas; e ela vem, muitas vezes, com inclinações negativas, levando-nos a querer o mal e a fazer o mal para o outro. Não precisamos ser escravos dessas inclinações, pelo contrário, precisamos nos entregar ao senhorio de Jesus, permitir que Sua autoridade esteja sobre nossa mente, sobre nosso coração, nossa vontade e nossas inclinações.

Faltamos, muitas vezes, com a humildade. Percebemos que certas tribulações, dificuldades e inclinações são fortes em nossa vida. E nós desanimamos, entregamo-nos e dizemos: “Sou assim mesmo. Já nasci assim. Estou acostumado a ser assim”. Não nascemos assim, renascemos em Deus, a cada dia, quando permitimos que Sua graça combata em nós os espíritos que estão nos atormentando.

Jesus é o vencedor sobre o mal, sobre todos os espíritos impuros. Precisamos deixar e permitir que Ele seja vencedor em nosso corpo, em nossa alma, em nossa vida e vontade, em nossas disposições e inclinações.

Deus abençoe você!

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Homilia Diária

04SET2017

A Palavra que chega até nós nos convence e converte. Deixemo-nos convencer e transformar por ela

“Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: ‘Não é este o filho de José?’”(Lucas 4,22).

Jesus entra na Sinagoga e toma posse da unção de Deus sobre Ele: "O Espírito de Deus está sobre mim, porque Ele me ungiu, consagrou-me com essa unção para levar a Boa Nova aos pobres".

Muitos ficaram admirados com a pregação, com a fala e a sabedoria que vinha de Jesus. Quero chamar a atenção para uma coisa: muitos ficaram apenas admirados, mas não tinham fé nem se convertiam; alguns eram até tomados pela incredulidade, duvidavam, questionavam e olhavam apenas para o aspecto humano de Jesus: “Nossa, Ele é um dos nossos! Ele é o filho do carpinteiro. Conhecemos o Seu pai. Ele viveu no meio de nós”, de modo que Jesus não pôde fazer muitos milagres na Sua própria terra.

Quando Cristo dá os exemplos do que aconteceu com Elias, que apenas aquela viúva o acolheu, e também o testemunho do profeta Eliseu, onde havia muitos leprosos em Israel, mas apenas Naamã, o sírio, foi curado, Ele está dizendo que não basta ser da Igreja, do povo eleito, do grupo de oração; não basta ir à Missa todos os dias, admirar-se das coisas de Deus. Duas coisas são importantes. Primeiro, é necessário acreditar, levar a vida em nome daquilo que acreditamos. A segunda: converter-se. A Palavra que chega até nós nos convence e converte. Deixemo-nos convencer e transformar por ela.

Jesus tem muitos admiradores! Muitos admiram o que Ele prega e ensina, muitas pessoas dizem: "Padre, aquilo que o senhor prega é muito bom!". Mas não precisamos de admiradores, porque admiração por admiração não leva ninguém a lugar nenhum. Precisamos colocar fé na Palavra de Jesus, deixarmo-nos tocar por ela, ser transformados por ela, deixar que sua vida seja levada; senão, seremos como esse povo. Inclusive, muitos deles eram parentes de Jesus, eram da família d'Ele. Os conterrâneos de Jesus eram de Nazaré, cidade onde Ele viveu, cresceu e levou sua vida, mas muitos ali não creram, não se converteram nem mudaram de vida.

Jesus está dizendo que, muitas vezes, o profeta não é bem aceito em sua pátria. Muitas vezes, na própria igreja, nos próprios seguidores de Jesus, nos próprios grupos de oração, Deus não faz muitas coisas, porque muitos admiram, acham bonito, ficam edificados, mas muitos não se deixam converter, convencer e, sobretudo, mudar de vida.

Não basta admirar Jesus, é preciso amá-Lo, segui-Lo e ser convertido por Ele.

Deus abençoe você!

domingo, 3 de setembro de 2017

Homilia Diária

03SET2017

Deus quer dar sentido a nossa vida, Ele não quer que a percamos nem que vivamos perdidos

“Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois, quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la (Mateus 16,24-25).

Deus quer que encontremos o sentido para nossa vida, mais do que isso, Ele quer dar sentido a nossa vida, Ele não quer que a percamos nem que vivamos perdidos. Nossa vida precisa de sentido e direção.

Quem encontra o sentido e a direção para sua vida? Quem sabe fazer pouco caso da sua vida. Alguns podem pensar: “Como vou fazer pouco caso da minha vida? Ela é o dom mais precioso que eu tenho!”. É verdade! A vida é o dom mais sublime, temos que cuidar, amar, querer bem demais e ser responsável por ela. Só não podemos viver uma vida apegados às coisas ou às situações. Nós precisamos sempre desamarrar da vida para que ela cresça, floresça e vá adiante.

Muitas pessoas não saem do estágio um da vida, mas Deus quer que nós atinjamos o estágio máximo dela. No entanto, isso só acontecerá quando soubermos nos desapegar de nós mesmos. Somos apegados a querer as coisas do nosso jeito. "Fico só daquele jeito. Aprendi assim. Tem de ser assim e não pode ser de outro jeito".

Não crescemos, não aprendemos mais, não amadurecemos na vida; e quando não amadurecemos, ficamos para trás no crescimento, na capacidade, naquilo que podemos fazer. Renunciar a si mesmo não quer dizer não ter vontade própria; renunciar a si mesmo quer dizer: "Eu não coloco a minha vontade em primeiro lugar. Eu sei sacrificar a minha vontade. Sei que, muitas vezes, não estou certo. Eu sei que, muitas vezes, é preferível ceder aqui para que o melhor aconteça, para que a paz seja edificada, para que o diálogo seja construído".

Renunciar a si mesmo quer dizer: "Eu não sou o centro do mundo. Eu não sou sempre o dono da razão nem preciso ser". Renunciar a si mesmo quer dizer trabalhar pela paz, pelo diálogo, pelo entendimento, pela compreensão. É tomar a cruz de cada dia para seguir Jesus. Não é viver um cristianismo, um seguimento de Jesus de forma superficial, mas sim um cristianismo de rosas e flores, onde parece que seguir a Deus é ver tudo florido, é ter “paz e amor” em tudo.

A paz é o amor de Deus em nós, é saber que enfrentamos as cruzes, as dificuldades, os problemas e os desafios, é saber que a vida precisa ser vivida, a cada dia, com a intensidade que ela exige, e que as dificuldades que temos pela frente não são maldições, não acontecem, porque Deus se esqueceu de nós. Elas acontecem, porque estamos vivendo, e viver a vida é uma luta a cada dia, é abraçar a nossa cruz, assumir o que precisamos sem fugir das nossas responsabilidades.

Deus abençoe você!

sábado, 2 de setembro de 2017

Homilia Diária

02SET2017

Temos dons e capacidades. Precisamos nos ocupar com o essencial, para colocarmos para fora os dons e os talentos que Deus nos deu

"Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!”(Mateus 25,21).

A parábola dos talentos – em que o administrador confia a uma pessoa cinco talentos, a outro dois talentos, e ao terceiro um talento – revela que Deus respeita a capacidade e o dom que cada um pode dar, porque nem todo mundo consegue dar a mesma coisa, fazer a mesma coisa; nem todo mundo consegue ser tudo. Cada um pode dar o pouco ou o muito que tem, mas todos podem dar, todos podem mudar o dom, a capacidade e a entrega que têm.

Não podemos ser o servo preguiçoso, relaxado, descomprometido, muito menos indignado e amargurado. "Por que não sou como fulano?". Somos o que somos, temos o que temos e fazemos o melhor com o que temos. Se temos, na nossa casa, somente arroz, vamos nos virar com ele, vamos fazer dele o melhor arroz do mundo, porque, se formos chorar pelo fato de, na casa do vizinho ter arroz, feijão e carne, vamos lamentar e desperdiçar o arroz que temos; e viveremos lamuriando na vida. Há pessoas que, com o único arroz que têm, fazem muito mais do que nós, que temos tudo, mas, simplesmente, vivemos na acomodação.

Hoje, Deus está chamando a nossa atenção para que evitemos, de toda e qualquer forma, a acomodação, para que evitemos ficar indignados ou conformados, dizendo: "O que temos é muito pouco. Com muito pouco não se conhece nada, e a vida não nos deu sorte. Não fomos abençoadas nessa vida".

Todos nós temos uma bênção que, muitas vezes, está clara, está na nossa frente. Outras vezes, parece que ela está enterrada e precisamos descobri-la, puxá-la e transformá-la em dons que se multiplicam.

É tão bom ver pessoas que, humanamente, nem daríamos nada para elas, pareciam incapazes, mas elas correram atrás, empenharam-se, superaram a si mesmas, pegam o dom que receberam e o transformam.

O que você está fazendo com o seu dom? O que está fazendo com a capacidade que você tem? Você vive na reclamação, na indignação, na revolta, na acomodação? Ou você é aquela pessoa que não importa o que tenha, leva adiante aquilo que você pode? Você se esforça? Você dá o seu melhor para que o melhor seja feito com o pouco ou com o muito que você tem?

Ninguém tem o direito de ficar desocupado. Podemos até ficar desempregados, passar por momentos difíceis na vida, mas é maravilhoso ver como as pessoas se viram, mesmo não podendo ter o emprego que gostariam. Muitas não estão no trabalho que gostariam, mas estão se virando na vida. Estão trabalhando na rua, estão correndo atrás.

Deus não nos quer desocupados, porque temos dons e capacidades. Precisamos nos ocupar com o essencial, para colocarmos para fora os dons e os talentos que Ele nos deu.

Deus abençoe você!

 

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Homilia Diária

01SET2017

É importante, a cada dia, irmos ao encontro do Senhor, porque todos os dias Ele vem ao nosso encontro

“Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento e a porta se fechou”(Mateus 25, 10).

A Igreja é a noiva de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador. Todos nós que fazemos parte da Igreja somos o povo de Deus e também a "noiva", que está a caminho do encontro com o Noivo. Ele preparou um banquete para nós, mas, mais do que o banquete, Ele nos preparou as núpcias eternas, e seremos para sempre d'Ele. Essa realidade deve nortear a nossa vida. Ao mesmo tempo, deve encher de alegria, esperança e ânimo o nosso olhar.

Pertencemos a Deus e seremos para sempre d’Ele, mas não podemos ficar esperando a morte, não podemos esperar ir para a outra vida. Só iremos para a vida eterna, a vida das núpcias eternas com Deus, se, nesta vida, vivermos como noivos, preparados para esperar, definitivamente, o noivo que virá ao nosso encontro.

É muito importante não vivermos do improviso, dando aquele "jeitinho" que todo mundo dá para as coisas. É importante estarmos preparados a cada momento; é importante, a cada dia, irmos ao encontro do Senhor, porque, todos os dias, Ele vem ao nosso encontro.

Às vezes, chamamos uma pessoa para participar de uma coisa, mas, quando vai ter algo importante na Missa, dizemos: "Não dá para ir. Não estou bem. Não estou preparado". São as desculpas que nós inventamos.

Há pessoas que vivem de dar e inventar desculpas, de fazer de sua vida uma eterna desculpa. Uma hora, é uma dor aqui e depois acolá; outra hora, uma coisa está bem e outra hora uma coisa não está certa. Na vida, todos nós temos dificuldades, problemas e situações, mas nós precisamos, a cada dia, resolver esses problemas. Não podemos deixar para depois, "a deus dará", quando o tempo der e assim por diante. Há um tempo para cada coisa, mas é verdade que, a cada tempo, precisamos viver o melhor. Não podemos viver improvisando o tempo, improvisando as nossas coisas, não podemos viver à mercê de quando dará certo e de quando estivermos bem. Não sabemos quando estaremos bem, mas pode ser que, hoje mesmo, tenhamos de dar conta da nossa vida a Deus.

Não dá para dizer assim: “Senhor, eu não estava bem hoje". Para Deus, para o amor, precisamos estar prontos a cada dia e a cada momento, com as nossas fragilidades e dificuldades, nossas lutas diárias, mas o mais importante é viver, a cada dia, como se nós tivéssemos de nos apresentar ao noivo, Aquele que vem para nos levar às núpcias eternas com Ele.

Vigiemos e vivamos preparados para ir ao encontro do Senhor!

Deus abençoe você!