Os
ônibus coletivos que trafegam pelo porto da Ceasa, na Zona Leste,
continuam desviando o itinerário para fugir da fiscalização da Policia
Rodoviária Federal (PRF).
Em maio deste ano, a PRF apreendeu 15 coletivos que circulavam com irregularidades na documentação e itens de segurança,
porém, segundo a assessoria de comunicação da polícia, moradores da
área continuam indo até o posto de fiscalização reclamar da demora dos
coletivos.
A
PRF informou que, normalmente, os ônibus irregulares chegam em frente
ao porto dos fuzileiros navais e sobem a rua como se fossem para o
bairro Mauazinho ou então fazem o retorno na chamada bola da Gillete. Em
alguns casos, as pessoas que dependem do transporte coletivo caminham
cerca de um quilômetro até chegar no ponto onde os ônibus param.
Segundo
a assessoria da PRF, como a polícia só possui jurisdição na BR-319, a
situação foi repassada novamente para a Superintendência Municipal de
Transportes Urbanos (SMTU), que prometeu realizar uma fiscalização na
área.
Espera e desvio de rota
De
acordo com a técnica de enfermagem Elisandra Marinho, 31, a espera pelo
ônibus chega a durar 45 minutos durante a semana e uma hora no final de
semana. “Como aqui é um local distante, tem a demora natural e ainda
tem a demora causada pelo desvio que os ônibus fazem para fugir da
fiscalização”, disse a técnica.
Ainda
de acordo com a técnica de enfermagem, pelo local passam
aproximadamente oito linhas de ônibus e, durante a manhã e final da
tarde, é muito comum encontrar motoristas saindo do itinerário. “Isso é
um desrespeito com o usuário, pois já vi idosos andando lá do porto até
aqui em cima para conseguir pegar ônibus”, acrescentou Elisandra. Para
ela, o certo era que tivesse fiscalização constante para verificar se os
ônibus estão ou não passando no horário correto.
Denúncias
Depois
da primeira denúncia, a fiscalização da SMTU constatou que todos os
ônibus da linha 355 paravam antes da barreira da PRF e avisavam que a
garagem não permite o avanço da rota até o porto, distante um
quilômetro.
O
motorista, então, pedia para que os usuários seguissem a viagem até o
porto da Ceasa a pé. O procedimento era para evitar a fiscalização e
possível apreensão do veiculo devido a irregularidades. A fiscalização
da SMTU também levantou que a linha 418 segue normalmente o trajeto até o
porto.