(portal Acrítica)
Com a retirada de 125 camelôs que ocupavam os espaços públicos, sobrou liberdade para os consumidores de Manaus ir e vir com tranquilidade
Estudante Janaína Souza destaca a liberdade para andar nas calçadas, antes impossível pela quantidade de barracas
O
direito da população às calçadas foi recuperado também na avenida
Epaminondas e rua da Instalação, no Centro, Zona Centro-Sul, fato
elogiado pela maioria da população. Com a retirada dos camelôs que
ocupavam os espaços públicos, sobrou liberdade para os consumidores que
sofriam ondas de assaltos naquela via e até mostrou a beleza dos
azulejos antigos de uma parte da parede do Colégio Militar de Manaus
(CMM). Mas há quem não veja dessa forma. Sem definição do que vai
acontecer com ele, o senhor José Cardoso, 63, que trabalha numa banca de
revista mantida na calçada, diz que sem os camelôs, a banca fica
exposta a mais assaltos, por ficar isolada.
De
acordo com informações da Prefeitura de Manaus, foram realocados 125
camelôs que atuavam na avenida Epaminondas e rua da Instalação, depois
de mais de 20 anos de ocupação, inclusive do entorno do Colégio Militar
de Manaus. A mudança é visível ao se chegar na avenida, desde a área da
Praça da Saudade, onde já é possível notar o cenário de mudança na
Epaminondas. Sem as centenas de bancas que fechavam praticamente as
calçadas da via, era difícil caminhar, até porque além das bancas dos
camelôs, os lojistas aproveitavam para também ocupar os espaços com seus
produtos à venda. “Eu só lamento porque não temos onde fazer um lanche
mais rápido, mas ficou muito bom para andar e olhar melhor as lojas”,
disse a estudante Janaína Matos Souza, 29. Outro que elogiou a medida
foi Luiz Antônio Vieira, 40, dizendo não acreditar ainda que veria isso
acontecer.
ASSALTOS
Para
um vendedor de loja da Avenida Epaminondas, que preferiu não se
identificar, embora seja complicado pensar que os camelôs poderão ter
prejuízos com a mudança, é importante assegurar que haverá mais
segurança nas calçadas. “Antes tínhamos assaltos todos os dias porque
havia pouco espaço para as pessoas, que eram imprensadas e roubadas
enquanto passavam”, contou ele, explicando que até mesmos os lojistas
eram alvos dos bandidos que se escondiam entre as bancas, dificultando a
identificação. “Agora ficou melhor porque os bandidos não têm onde se
esconder”, afirmou.
Nesta
sexta-feira (19), continuava a recuperação das calçadas calçadas,
meios-fios, sarjetas e bueiros. Mesmo com esse trabalho, era possível
notar que os bueiros da via estavam completamente tomados de garrafas
plásticas lançadas pela população na rua. Em vários trechos era possível
verificar a uma grande quantidade desse material que, se não retirado,
vai ser levado pelas chuvas aos igarapés.
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