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segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Abandono e vandalismo em Centros de Convivência da Família é preocupante



(Portal Acrítica)

Com mais de cinco unidades espalhadas pela capital, descaso com os Centros de Convivência vêm transformando as áreas em locais propícios à prática de crimes

Grupo de crianças e adolescentes estava dentro do Centro Padre Vignola em dia em que o local estava fechado para o público
Grupo de crianças e adolescentes estava dentro do Centro Padre Vignola em dia em que o local estava fechado para o público (Divulgação )

É melancólica a situação de quase abandono em que se encontram os Centros de Convivência da Família, construídos para desenvolverem atividades culturais e esportivas. Os centros, que deveriam atrair, hoje espantam os frequentadores e moradores das redondezas devido à constante presença de vândalos e usuários de drogas, resultado da falta de segurança.

Parte dos centros, inaugurados entre 2007 a 2010, apresenta sinais de depredação, o que vem causando preocupação na vizinhança. “Todo final de semana há jovens nas dependências do centro, fazendo o uso de drogas, quando não estão depredando o local”, disse Luana Ribeiro, que mora nas  proximidades do  Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, localizado na rua Gandú, no Nova Cidade, Zona Norte.
Nas imagens de câmeras e de fotos cedidas ao A CRÍTICA, um grupo de jovens aparece invadindo o local, escalando as grandes de proteção. Em outro vídeo, adolescentes e crianças tomam banho em uma piscina, onde a água está há dias sem tratamento.
As fotos mostram um policial militar tendo que intervir para retirar um grupo de jovens que estava dentro do Centro de Convivência Padre Vignola em um dia em que o local estava fechado para o público. Há ainda registro de torneiras quebradas, paredes com rachaduras, grades enferrujadas e portas danificadas.
Fim do contrato
O  motivo para a falta de segurança, que tem culminado no abandono do local e na baixa frequência das pessoas naquele centro, foi o encerramento do contrato com a empresa Amazon Security, que prestava o serviço de segurança patrimonial, ocorrido na 2ª quinzena de outubro.
A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Seas) informou que o contrato com a empresa de segurança foi encerrado, entretanto,  está  em andamento o processo licitatório para a contratação de uma nova empresa. Nesse meio tempo,  os centros   contam com o serviço de vigias, “de maneira que  os usuários não têm por que se sentirem ameaçados para utilizar o espaço”.
Um vigilante, que preferiu não revelar o nome, e que atua há seis anos no Centro de Convivência Padre Vignola, disse que os servidores estão há  dois meses sem receber seus vencimentos e parte dos vigilantes foi demitida. “Isso é uma descaso com muitos pais de família, que precisam desta remuneração”, destacou o vigilante.
Atividades suspensas
Algumas atividades nos Centros da Família também foram suspensas. De acordo com a Secretaria de Estado, da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), o Governo do Amazonas tenta driblar as dificuldades financeiras e, “para fechar 2015 sem maiores problemas”, não liberou verbas  dar continuidade a projetos e contratar profissionais nas áreas de: auxiliar administrativo, professor e fisioterapeuta. Com isso, as atividades estão suspensas desde julho e só devem ser retormadas em março.
Localização 
Os Centros estão localizados nos seguintes bairros: Cidade Nova, Aparecida, Compensa, Amazonino Mendes, Japiim e Raiz. A Seas diz que, os centros fazem parte de uma gestão compartilhada entre órgãos estaduais e que nem todas as atividades estão paradas, como os cursos oferecidos pela SEC e Cetam.

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