(Portal Acrítica)
Com
mais de cinco unidades espalhadas pela capital, descaso com os Centros
de Convivência vêm transformando as áreas em locais propícios à prática
de crimes
Grupo de crianças e adolescentes estava dentro do Centro Padre Vignola em dia em que o local estava fechado para o público
É
melancólica a situação de quase abandono em que se encontram os Centros
de Convivência da Família, construídos para desenvolverem atividades
culturais e esportivas. Os centros, que deveriam atrair, hoje espantam
os frequentadores e moradores das redondezas devido à constante presença
de vândalos e usuários de drogas, resultado da falta de segurança.
Parte dos centros, inaugurados entre 2007 a 2010, apresenta sinais de depredação, o que vem causando preocupação na vizinhança. “Todo final de semana há jovens nas dependências do centro, fazendo o uso de drogas, quando não estão depredando o local”, disse Luana Ribeiro, que mora nas proximidades do Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, localizado na rua Gandú, no Nova Cidade, Zona Norte.
Parte dos centros, inaugurados entre 2007 a 2010, apresenta sinais de depredação, o que vem causando preocupação na vizinhança. “Todo final de semana há jovens nas dependências do centro, fazendo o uso de drogas, quando não estão depredando o local”, disse Luana Ribeiro, que mora nas proximidades do Centro de Convivência da Família Padre Pedro Vignola, localizado na rua Gandú, no Nova Cidade, Zona Norte.
Nas
imagens de câmeras e de fotos cedidas ao A CRÍTICA, um grupo de jovens
aparece invadindo o local, escalando as grandes de proteção. Em outro
vídeo, adolescentes e crianças tomam banho em uma piscina, onde a água
está há dias sem tratamento.
As
fotos mostram um policial militar tendo que intervir para retirar um
grupo de jovens que estava dentro do Centro de Convivência Padre Vignola
em um dia em que o local estava fechado para o público. Há ainda
registro de torneiras quebradas, paredes com rachaduras, grades
enferrujadas e portas danificadas.
Fim do contrato
O
motivo para a falta de segurança, que tem culminado no abandono do
local e na baixa frequência das pessoas naquele centro, foi o
encerramento do contrato com a empresa Amazon Security, que prestava o
serviço de segurança patrimonial, ocorrido na 2ª quinzena de outubro.
A
Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Seas) informou
que o contrato com a empresa de segurança foi encerrado, entretanto,
está em andamento o processo licitatório para a contratação de uma
nova empresa. Nesse meio tempo, os centros contam com o serviço de
vigias, “de maneira que os usuários não têm por que se sentirem
ameaçados para utilizar o espaço”.
Um
vigilante, que preferiu não revelar o nome, e que atua há seis anos no
Centro de Convivência Padre Vignola, disse que os servidores estão há
dois meses sem receber seus vencimentos e parte dos vigilantes foi
demitida. “Isso é uma descaso com muitos pais de família, que precisam
desta remuneração”, destacou o vigilante.
Atividades suspensas
Algumas
atividades nos Centros da Família também foram suspensas. De acordo com
a Secretaria de Estado, da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), o
Governo do Amazonas tenta driblar as dificuldades financeiras e, “para
fechar 2015 sem maiores problemas”, não liberou verbas dar continuidade
a projetos e contratar profissionais nas áreas de: auxiliar
administrativo, professor e fisioterapeuta. Com isso, as atividades
estão suspensas desde julho e só devem ser retormadas em março.
Localização
Os
Centros estão localizados nos seguintes bairros: Cidade Nova,
Aparecida, Compensa, Amazonino Mendes, Japiim e Raiz. A Seas diz que, os
centros fazem parte de uma gestão compartilhada entre órgãos estaduais e
que nem todas as atividades estão paradas, como os cursos oferecidos
pela SEC e Cetam.
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