Comissão,
que investiga a corrupção no futebol brasileiro, vota nesta
quarta-feira (11) série de requerimentos pedindo quebra de sigilos
bancários de envolvidos. Negócios obscuros com a Fifa e doação para
ex-namorada podem incriminar o mandatário
O
cerco está se fechando para o presidente da Confederação Brasileira de
Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero. A CPI do Futebol vota nesta
quarta-feira (11), em sessão secreta, a quebra de sigilo bancário de
vários dos envolvidos nas investigações da Comissão. Entre eles o da
Empresa Kefler Produções, que pertence a Kleber Leite, ex-presidente do
Flamengo.
No
total são 20 requerimentos que estarão nas mãos da CPI, e caso
aprovados, aprofundarão ainda mais as investigações sobre a CBF. Muitos
dos dados ainda estão sendo mantidos em segredo para não atrapalhar o
andamento da Comissão.
Dos
fatos de conhecimento da CPI há indícios do envolvimento de Del Nero
com o caso Fifa – que levou o FBI a prender 14 altos membros da
entidade, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. Assim
como informações sobre a ex-namorada do mandatário, Carolina Galan, a
qual recebeu uma gorda doação de R$ 1 milhão do ex-affair.
O
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), integrante da CPI do Futebol,
teve acesso aos dados e apontou operações anormais envolvendo Del Nero.
“Foi encontrado um conjunto de operações atípicas relacionados a vários
investigados, incluindo o Del Nero. São operações acima de R$ 100 mil'',
disse o parlamentar “disparando” contra o presidente da CBF, “É batom
na cueca. Só estamos procurando sexo explícito.”
Randolfe
também foi contundente ao afirmar que a sessão de hoje da CPI é a mais
importante até então e a aprovação da quebra dos sigilos bancários,
telefônico e de internet será primordial para que se concluam as
investigações.
“Se
não aprovarem com tudo que há de contundente, ficará claro que há gente
querendo uma pizza'', disse o senador, que, ao lado de Romário -
idealizador da CPI -, é um dos principais críticos da CBF. No entanto,
dentro da própria CPI do Futebol existe resistência pelo desenvolvimento
das investigações, como a do relator da Comissão, Romero Jucá
(PMDB-RR), que já se posicionou contra algumas intervenções.
Opinião do Radar Amazonense:
Sugestão ao leitor, o livro: O lado sujo do futebol.
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