(Portal Acrítica)
No
“Dia de Mobilização Docente – Diga Não aos Cortes”, professores
manifestaram nas sedes da ALE e do Governo, e também nas UEAs de
Tabatinga, Tefé, Parintins e Itacoatiara
Cerca
de 80 professores membros do Sindicato dos Docentes da Universidade do
Estado do Amazonas (Sind-UEA) fizeram um protesto na manhã desta
terça-feira (10), na sede do Governo do Estado e na Assembleia
Legislativa, em Manaus, para reivindicar contra o corte no orçamento e a
precarização do ensino.
As
manifestações fazem parte do “Dia de Mobilização Docente – Diga Não aos
Cortes”, realizado por professores na capital e também nas unidades da
UEA em Itacoatiara, Parintins, Tefé e Tabatinga. O objetivo é lutar pelo
reajuste salarial, pagamento de diárias e dissídios atrasados e o
cumprimento do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCR).
Durante
o ato na sede do Governo, policiais militares impediram a entrada dos
professores. “Chegamos de carreata, mas paramos fora da sede. Quando
alguns professores entraram, os policiais perceberam que tinham um grupo
maior e fecharam o portão. Questionamos o porquê fomos impedidos de
entrar”, disse Marcelo Carvalho, professor e membro do Sind-UEA.
“Ninguém
estava protestado de forma calorosa. Queríamos só entrar. Aí nós
impedimos que as pessoas saíssem (da sede do Governo). Foi quando um
representante autorizou a entrada, só depois de uma hora, uma hora e
vinte. Eles criaram uma situação de desorganização. Não houve baderna
nossa, nem bagunça”, completou Carvalho.
Depois
da permissão para entrar na sede do Governo, um grupo representante do
Sind-UEA protocolou um documento contendo as exigências dos professores.
Segundo os professores, o PCCR deles já foi aprovado, mas nunca foi
cumprido, os dissídios estão há três anos com pagamento atrasado e o
reajuste salarial também tem déficit de três anos.
“Tem
professor que foi trabalhar no interior, nos cursos da universidade, e
está sem pagamento das diárias. Há atrasos e cortes no repasse de verbas
para laboratórios e infraestrutura. E tem professor que foi fazer
mestrado e está sem receber suas promoções. Eles justificam que não tem
recursos”, contou Carlos Sandro, membro da diretoria do Sind-UEA.
Por
meio de nota, o Governo do Estado declarou que os professores foram
recebidos pelo chefe da Casa Civil, Raul Zaidan, e que foi definida a
criação de uma comissão permanente para discutir as demandas. No próximo
dia 17, terça que vem, haverá uma reunião entre os professores e
representantes da Secretarias de Estado de Fazenda (Sefaz), de
Planejamento (Seplancti) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), além
da Casa Civil.
Não existe greve
Os
membros do Sind-UEA negaram a greve das atividades e das aulas na
universidade. “Em nenhum momento isso chegou a ser pensado. A proposta
foi de paralisação de um dia para que os professores pudessem ir lá
(manifestação). Se não for tomada nenhuma conduta pelo governo para
resolver ou amenizar o problema, vai ter uma nova discussão, se vai ter
greve ou não, se o próximo período vai começar ou não”, disse Marcelo
Carvalho.
Soluções para o problema
Além
de fazerem exigências, os professores membros do Sind-UEA sugeriram
soluções para o problema da falta de recursos declarado pelo Governo do
Estado. De acordo com os professores, deve haver aumento de impostos
sobre certas áreas no Estado e a transferência das arrecadações para a
área da Educação.
“Estamos
trazendo proposições como aumentar arrecadação de impostos sobre
extração de recurso mineral, sobre a produção de energia elétrica, de
petróleo e gás, impostos sobre grandes fortunas, sobre a exploração da
biotecnologia”, explicou Marcelo Carvalho. Caso o governo aceite a
ideia, a sugestão deverá passar por votação na Assembleia Legislativa.
Em defesa da Fapeam
Os
professores também declararam repúdio à extinção da Secretaria de
Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e ao atraso no
pagamento de bolsas científicas da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Amazonas (Fapeam), que demoraram até 15 dias para serem pagas a
estudantes, inclusive os que cursam na UEA.
Opinião do Radar Amazonense:
Esse governador ainda vem a público dizer que a prioridade é a educação! Acorda meu povo, esse pessoal está de brincadeira com a nossa cara.
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