(Portal Acrítica)
O lixo jogado ao longo do leito do igarapé do Gigante, na Zona Oeste, ameaça uma nascente e transforma o cenário no meio da floresta: na seca, as garrafas PET cobrem o chão e, na cheia, se espalham pelos lagos 03/04/2016 às 13:15 - Atualizado em 03/04/2016 às 13:16
O cenário é quase inimaginável para quem é acostumado a
ver os igarapés de Manaus nos dias de hoje: com as águas totalmente
poluídas e fétidas. Ali, brotam águas límpidas, frescas e saudáveis.
Mas, se depender da ação danosa do homem, não por muito tempo. Uma
imensidão de embalagens PETs e outros tipos de lixo tomam conta de seu
entorno. Estamos falando de uma das nascentes que alimenta o igarapé do
Gigante, nas proximidades da Marina do Davi, bairro Ponta Negra, Zona
Oeste.
Além da área da nascente, o acúmulo de entulhos e lixo também é encontrado ao longo do leito do igarapé do Gigante, que nasce nas proximidades do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, no bairro Tarumã, também na Zona Oeste, e segue até a região da Marina do Davi. Para os trabalhadores daquela área - de onde partem embarcações com turistas a caminho, por exemplo, do Parque Nacional de Anavilhanas - o grande volume de lixo é descartado pelos residenciais, condomínios e empresas localizados ao longo do traçado do igarapé, do Tarumã à Ponta Negra e comunidades adjacentes.
Além de poluir uma Área de Preservação Permanente (APA) e ameaçar as nascentes na seca, quando o lixo cobre o solo, durante o período de chuvas ele se espalha pelas águas do lago do Tarumã e seus afluentes, trazendo problemas para quem mora e trabalha por ali. “Quando o rio Negro enche cria um desnível e todo o lixo que é jogado no igarapé do Gigante e no seu entorno fica represado no local. Mas quando chove a enxurrada traz tudo que encontra ao longo do caminho e lança nas águas da Marina”, relata o canoeiro Nildo Teles.
Iniciativa
Em junho do ano passado, os sócios da Cooperativa de Transporte Fluvial da Marina do Davi (Coop-Acamdaf) realizaram um grande mutirão de limpeza nas margens do igarapé do Gigante, de onde retiraram mais de três toneladas de materiais recicláveis. Eles também instalaram nas margens do lago do Tarumã uma espécie de “curral” com telas dentro da água para as pessoas depositarem os materiais recicláveis, evitando jogar no rio.
No entanto, eles aguardam que o poder público tome alguma providência para inibir de uma vez essa degradação do meio ambiente. “Tinha que fazer uma tela de proteção naquela ponte no início da avenida do Turismo, mas uma coisa bem feita, para suportar o peso do lixo, que é grande. Também é preciso que a limpeza no igarapé seja periódica para o lixo não acumular. Mas o mais importante é a população se conscientizar e não jogar lixo na floresta, na rua e nos igarapés”, ressalta o canoeiro Nildo Teles.
Nilton Maurício de Brito: canoeiro da Coop-Acamdaf
"Quem vem a Marina e vê a sujeira acha que o lixo é produzindo por moradores e trabalhadores da área, mas, na verdade, não é. A maioria recolhe seu lixo e o leva para as lixeiras públicas e a coleta sempre é feita de forma regular”.
Pauta para a próxima reunião
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) informou que age movida por denúncia. Nesses casos, o descarte irregular de resíduos é feito pelos próprios moradores ou comerciantes que atuam na área. Como eles são os próprios agentes poluidores, não denunciam o dano causado à área.
De acordo com o Departamento de Áreas Protegidas do órgão, a questão será levada à discussão na próxima reunião do Conselho Consultivo da APA Tarumã Ponta Negra, que engloba a área do Gigante, para a definição de estratégias de atuação no sentido de combater o problema.
Entre as ações, estão solicitar o apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) para a realização de uma limpeza no local, colocação de placas e um trabalho de sensibilização das pessoas que moram e trabalham no local com relação a necessidade de preservação daquele espaço protegido.
Silane Souza Além da área da nascente, o acúmulo de entulhos e lixo também é encontrado ao longo do leito do igarapé do Gigante, que nasce nas proximidades do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, no bairro Tarumã, também na Zona Oeste, e segue até a região da Marina do Davi. Para os trabalhadores daquela área - de onde partem embarcações com turistas a caminho, por exemplo, do Parque Nacional de Anavilhanas - o grande volume de lixo é descartado pelos residenciais, condomínios e empresas localizados ao longo do traçado do igarapé, do Tarumã à Ponta Negra e comunidades adjacentes.
Além de poluir uma Área de Preservação Permanente (APA) e ameaçar as nascentes na seca, quando o lixo cobre o solo, durante o período de chuvas ele se espalha pelas águas do lago do Tarumã e seus afluentes, trazendo problemas para quem mora e trabalha por ali. “Quando o rio Negro enche cria um desnível e todo o lixo que é jogado no igarapé do Gigante e no seu entorno fica represado no local. Mas quando chove a enxurrada traz tudo que encontra ao longo do caminho e lança nas águas da Marina”, relata o canoeiro Nildo Teles.
Iniciativa
Em junho do ano passado, os sócios da Cooperativa de Transporte Fluvial da Marina do Davi (Coop-Acamdaf) realizaram um grande mutirão de limpeza nas margens do igarapé do Gigante, de onde retiraram mais de três toneladas de materiais recicláveis. Eles também instalaram nas margens do lago do Tarumã uma espécie de “curral” com telas dentro da água para as pessoas depositarem os materiais recicláveis, evitando jogar no rio.
No entanto, eles aguardam que o poder público tome alguma providência para inibir de uma vez essa degradação do meio ambiente. “Tinha que fazer uma tela de proteção naquela ponte no início da avenida do Turismo, mas uma coisa bem feita, para suportar o peso do lixo, que é grande. Também é preciso que a limpeza no igarapé seja periódica para o lixo não acumular. Mas o mais importante é a população se conscientizar e não jogar lixo na floresta, na rua e nos igarapés”, ressalta o canoeiro Nildo Teles.
Nilton Maurício de Brito: canoeiro da Coop-Acamdaf
"Quem vem a Marina e vê a sujeira acha que o lixo é produzindo por moradores e trabalhadores da área, mas, na verdade, não é. A maioria recolhe seu lixo e o leva para as lixeiras públicas e a coleta sempre é feita de forma regular”.
Pauta para a próxima reunião
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) informou que age movida por denúncia. Nesses casos, o descarte irregular de resíduos é feito pelos próprios moradores ou comerciantes que atuam na área. Como eles são os próprios agentes poluidores, não denunciam o dano causado à área.
De acordo com o Departamento de Áreas Protegidas do órgão, a questão será levada à discussão na próxima reunião do Conselho Consultivo da APA Tarumã Ponta Negra, que engloba a área do Gigante, para a definição de estratégias de atuação no sentido de combater o problema.
Entre as ações, estão solicitar o apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) para a realização de uma limpeza no local, colocação de placas e um trabalho de sensibilização das pessoas que moram e trabalham no local com relação a necessidade de preservação daquele espaço protegido.
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