(portal G1)
Advogados de réus do mensalão presos em Brasília protocolaram petições
no Supremo Tribunal Federal (STF) para pedir transferência para outros
estados, autorização para estudar e aval para exercer trabalho externo.
Os pedidos foram encaminhados para avaliação da Procuradoria-Geral da
República (PGR) nesta sexta-feira (22).
Alguns pedidos já haviam sido feitos para a Vara de Execuções Penais
(VEP) do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e foram somente
juntados ao processo no STF nesta sexta, entre eles um do ex-ministro da
Casa Civil, José Dirceu, feito no sábado (18) para ir para o semiaberto
- a transferência já foi realizada.
As defesas dos réus têm ressaltado que somente nos últimos dias ficou
esclarecido que eventuais pedidos em relação ao cumprimento das penas
devem ser encaminhados ao presidente do STF e relator do processo do
mensalão, ministro Joaquim Barbosa, e não à vara do TJ.
O ex-tesoureiro do extinto PL (atual PR) Jacinto Lamas pediu
autorização para trabalhar fora do presídio, para cursar fisioterapia e
visitar familiares. Ele foi condenado a 5 anos de prisão por lavagem de
dinheiro.
Ex-funcionária da agência SMP&B, Simone Vasconcelos também
solicitou autorização para cumprir pena em Minas. Ela foi transferida
para o Distrito Federal no último sábado (16), ao lado de outros seis
réus que haviam se apresentado à polícia na capital mineira.
Condenada a 16 anos e 8 meses de prisão, a ex-presidente do Banco Rural
Kátia Rabello protocolou, por meio de sua defesa, pedido para que seja
emitida a guia de execução, documento que permitiria o cumprimento da
prisão e o pagamento das multas aplicadas pelos ministros do Supremo
durante o julgamento do mensalão. Kátia Rabello já havia pedido também
transferência para Minas Gerais.
Também já havia pedido transferência para Minas o ex-deputado Romeu
Queiroz, que quer cumprir pena em Ribeirão das Neves. Ele quer trabalhar
na empresa dele de consultoria.
Cristiano Paz, ex-sócio de Marcos Valério, havia pedido para cumprir
pena em seu estado de domicílio, Minas Gerais, mas voltou atrás nesta
sexta. A defesa afirma que "em conjunto com seus familiares e,
sobretudo, diante da constataçãode que o mesmo se encontra recolhido em
local seguro, concluiu-se que a melhor alternativa é sua permanência na
capital federal".
Foi juntado ao processo pedido do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
para a transferência para o regime semiaberto. O ex-ministro do governo
Lula já foi encaminhado, na última segunda (18), para uma prisão
reservada a presos do semiaberto, localizada no Complexo Penitenciário
da Papuda, em Brasília.
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