O veto pela presidente Dilma Rousseff do Projeto de Lei que cria novos municípios foi tema do discurso do deputado estadual Orlando Cidade, no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas. Segundo o parlamentar, o veto fere frontalmente o Estado do Amazonas, cujo último município criado foi Apuí, em 1987.Segundo Orlando Cidade, o então deputado Hamilton Cidade desmembrou o município de Novo Aripuanã, criando Apuí, situado no Sul do Amazonas, apontado como uma fronteira agrícola, diante do desenvolvimento lá existente, principalmente de alimentos. “O Amazonas e o Brasil precisam de novos municípios”, assegurou.
Na opinião do deputado, o Amazonas, o maior Estado em extensão territorial, precisa com urgência criar novos municípios, para melhor desenvolver algumas comunidades que estão em processo de crescimento. Segundo Cidade, hoje grande parte do Amazonas está reservada para áreas indígenas e preservação estadual ou federal. “Precisamos rever essa situação”, defende.
O deputado estadual Sidney Leite, em parte, disse concordar com a criação de novos municípios para o Estado e que precisa pressionar em função da realidade local. “Não tenho dúvidas de que a região do Engenho e Novo Remanso, em Itacoatiara e Santo Antônio do Matupi, em Manicoré, se enquadram perfeitamente, porque são regiões que crescem bem mais que alguns municípios”, afirmou, ressaltando entender a preocupação da presidência com o gasto público gerado, se novos municípios forem criados.
Os deputados estaduais Washington Régis e Wilson Lisboa também comungam da ideia de que sejam criados novos municípios, no entanto, reconhecem que é preciso levar em conta a preocupação do Ministério da Fazenda, ao firmar que a medida levaria ao aumento das despesas do Estado com a manutenção da estrutura administrativa e legislativa, e que o crescimento de despesas não será acompanhado por aumento das receitas.
Na opinião do Radar, o que se deve criar é vergonha na cara desses políticos que não tem responsabilidades nem com os municípios existente ainda mais com a criação dos novos. O que precisa melhorar é gestão compromissada com a sociedade como um todo, e não, apenas, com o partido ou o grupo (panela) deles.
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