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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Cheia atinge centenas de famílias em Benjamin Constant

(portal Acrítica)

A subida das águas já chegou à mais de 1,3 mil casas na sede do município

Cheia em Benjamin Constant atinge centenas de famílias
Cheia em Benjamin Constant atinge centenas de famílias (Eduardo Gomes/Colaboração)
Mais de 1.300 casas a maioria localizadas na área urbana de Benjamin Constant (a 1.116 km de Manaus em linha reta) já foram atingidas pela inundação dos rios Solimões e Javari. Hoje (14/04) o nível do Rio Solimões está em 13,31 metros. Nos últimos dias, o volume das águas aumentou, inundando ruas, casas, estabelecimentos comerciais e órgãos públicos.
A cheia deste ano vem preocupando moradores e autoridades locais. Dos 13,05 metros do nível do rio registrados na manhã de sexta-feira (10) saltou para 13,31 metros nesta terça-feira, um aumento de 26 centímetros um crescimento médio de 6,5 centímetros diário.
O aumento no nível das águas foi causado pelas fortes chuvas que caíram no final de semana.
A inundação já atingiu oito bairros e a área comercial da cidade cujo trânsito foi interrompido. A prefeitura construiu de forma emergencial cerca de 10 quilômetros de pontes em madeira para facilitar o acesso dos moradores das áreas alagadas.
Segundo dados da Defesa Civil, até a manhã de desta terça-feira (14), 1.352 casas foram inundadas afetando a vida de 6.733 pessoas. Do total de famílias, 297 foram atendidas com madeira.
A Prefeitura de Benjamin Constant está enfrentando dificuldades na aquisição de madeiras para a construção de pontes e de marombas nas residências atingidas.
A única serraria na cidade não está atendendo a demanda crescente por madeira apesar de trabalhar mais de 15 horas por dia. A solução encontrada pela Prefeitura foi buscar madeira nas comunidades de Prosperidade, Bom Pastor e Capacete.
“Até sexta-feira vínhamos com um planejamento para o atendimento das famílias. A chuva deste final de semana fugiu do controle diante do grande número de pessoas que tiveram suas casas alagadas e não estamos encontrando madeira para dar uma resposta rápida”, afirmou a prefeita do município, Iracema Maia (PSD).
Aulas suspensas
A cheia já inundou boa parte do Centro de Benjamin Constant, alterando a rotina dos comerciantes que buscaram na construção de marombas, uma forma de enfrentar as águas que invadem seus estabelecimentos.
A prefeitura também sente os efeitos da cheia. O prédio onde funciona a prestação de serviços de expedição de documentos da Secretaria Municipal de Assistência Social foi inundado.
As escolas municipais Cosme Jean e Chagas de Almeida tiveram suas aulas suspensas. As águas pluviais estão emergindo dos banheiros impedindo o funcionamento, bem como a aproximação da água vinda pela superfície.
Na área rural, foram suspensas as aulas em 10 escolas, com previsão deste número aumentar até na última semana de abril.
A coordenação da Seduc em Benjamin Constant mudou temporariamente de endereço. O prédio sede foi tomado pelas águas.

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