(portal Acrítica)
A subida das águas já chegou à mais de 1,3 mil casas na sede do município
Mais
de 1.300 casas a maioria localizadas na área urbana de Benjamin
Constant (a 1.116 km de Manaus em linha reta) já foram atingidas pela
inundação dos rios Solimões e Javari. Hoje (14/04) o nível do Rio
Solimões está em 13,31 metros. Nos últimos dias, o volume das águas
aumentou, inundando ruas, casas, estabelecimentos comerciais e órgãos
públicos.
A
cheia deste ano vem preocupando moradores e autoridades locais. Dos
13,05 metros do nível do rio registrados na manhã de sexta-feira (10)
saltou para 13,31 metros nesta terça-feira, um aumento de 26 centímetros
um crescimento médio de 6,5 centímetros diário.
O aumento no nível das águas foi causado pelas fortes chuvas que caíram no final de semana.
A
inundação já atingiu oito bairros e a área comercial da cidade cujo
trânsito foi interrompido. A prefeitura construiu de forma emergencial
cerca de 10 quilômetros de pontes em madeira para facilitar o acesso dos
moradores das áreas alagadas.
Segundo
dados da Defesa Civil, até a manhã de desta terça-feira (14), 1.352
casas foram inundadas afetando a vida de 6.733 pessoas. Do total de
famílias, 297 foram atendidas com madeira.
A
Prefeitura de Benjamin Constant está enfrentando dificuldades na
aquisição de madeiras para a construção de pontes e de marombas nas
residências atingidas.
A
única serraria na cidade não está atendendo a demanda crescente por
madeira apesar de trabalhar mais de 15 horas por dia. A solução
encontrada pela Prefeitura foi buscar madeira nas comunidades de
Prosperidade, Bom Pastor e Capacete.
“Até
sexta-feira vínhamos com um planejamento para o atendimento das
famílias. A chuva deste final de semana fugiu do controle diante do
grande número de pessoas que tiveram suas casas alagadas e não estamos
encontrando madeira para dar uma resposta rápida”, afirmou a prefeita do
município, Iracema Maia (PSD).
Aulas suspensas
A
cheia já inundou boa parte do Centro de Benjamin Constant, alterando a
rotina dos comerciantes que buscaram na construção de marombas, uma
forma de enfrentar as águas que invadem seus estabelecimentos.
A
prefeitura também sente os efeitos da cheia. O prédio onde funciona a
prestação de serviços de expedição de documentos da Secretaria Municipal
de Assistência Social foi inundado.
As
escolas municipais Cosme Jean e Chagas de Almeida tiveram suas aulas
suspensas. As águas pluviais estão emergindo dos banheiros impedindo o
funcionamento, bem como a aproximação da água vinda pela superfície.
Na área rural, foram suspensas as aulas em 10 escolas, com previsão deste número aumentar até na última semana de abril.
A coordenação da Seduc em Benjamin Constant mudou temporariamente de endereço. O prédio sede foi tomado pelas águas.
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