(site do PSDB)
O balanço da Petrobras divulgado ontem é a melhor expressão da
mistura tóxica de incompetência, má gestão e corrupção que envolveu a
atuação da empresa nos últimos 12 anos. Suas perdas bilionárias
ocorreram principalmente no tempo em que a hoje presidente da República
chefiava seu conselho de administração.
O balanço traz o primeiro
prejuízo da empresa em 23 anos: R$ 21,6 bilhões, razão pela qual seus
acionistas ficarão sem receber dividendos neste ano. Exibe perda de R$
6,2 bilhões com corrupção e de R$ 44,6 bilhões com negócios mal feitos.
Também consolida a Petrobras como a empresa mais endividada do mundo: R$
351 bilhões de dívida bruta, com alta de 31% no ano, num patamar
muitíssimo acima de suas concorrentes.
A divulgação dos números
definitivos de 2014 marca um momento na história da Petrobras que deve
ser “aprendido para nunca mais ser repetido”, para usar uma expressão
cara a sua ex-presidente, Graça Foster. Momento em que a estatal foi
posta de joelhos, subjugada pelo interesse dos partidos no poder
liderados pelo PT.
Pelo caminho, tombaram refinarias anunciadas
sob palanques, mas economicamente impraticáveis, como as do Maranhão e
do Ceará. E feneceram parte do gigantesco Comperj, não sem antes torrar
quase R$ 22 bilhões, e da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, onde o
desperdício somou R$ 9 bilhões. Uma história de fracassos.
Como
parte deste enredo nefasto, a companhia também foi convertida em arrimo
de uma política de controle artificial da inflação que lhe causou perdas
de R$ 90 bilhões nos últimos quatro anos. E foi submetida a um plano de
negócios inviável dento de uma equação em que gerar caixa era a menor
das preocupações de seus gestores – tanto que, nos últimos quatro anos, a
produção de petróleo mal saiu do lugar.
Capítulo especial envolve
a exploração do pré-sal. As obrigações de viés nacionalista impostas
pelo novo marco legal simplesmente inviabilizaram a expansão da produção
das reservas brasileiras e impediram o avanço do setor de petróleo no
país. Agora a Petrobras também se vê obrigada a frear investimentos e a
vender ativos seus a preço de banana.
Objetivamente, o que há
agora é, de um lado, uma empresa controlada pelo Estado brasileiro que
assumidamente confessou a prática de corrupção. Do outro, investigações
conduzidas por instituições da República que mostram que este dinheiro
foi usado pelo partido do governo e seus aliados para se perpetuar no
poder. E, na ponta extrema, a suspeita de que o dinheiro sujo ajudou a
eleger a hoje presidente da República.
Para todo o sempre, está
provada a falácia do discurso eleitoreiro do PT segundo o qual a
oposição tinha ganas de acabar com a Petrobras. Na realidade, era mera
cortina de fumaça para que o partido de Dilma e Lula promovesse a mais
escandalosa temporada de que se tem notícia na estatal. Os resultados
vergonhosos do balanço publicado ontem são o registro definitivo de uma
era de ruína.
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