(site do PSDB)
19 de abril de 2015
Brasília (DF) – Documentos obtidos pela Revista Época revelaram que
o ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, recebeu R$ 12 milhões de
empresas em 2010, quando coordenava a campanha da presidente Dilma
Rousseff. Segundo a revista, o ex-ministro atuou como arrecadador
informal da petista, ao lado do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto,
preso na última quarta-feira (15).
De acordo com
“Época”, em 3 de dezembro, quando foi escolhido ministro-chefe da Casa
Civil por Dilma, Palocci recebeu R$ 1 milhão do escritório do
ex-ministro Márcio Thomaz Bastos. As informações estão presentes nos
documentos da empresa do petista em poder do Ministério Público Federal
(MPF).
O dinheiro teria sido repassado sem que houvesse
um contrato formal, era um contrato de boca. Duas semanas depois,
Palocci recebeu mais R$ 1 milhão de Thomaz Bastos. Os R$ 2 milhões
somavam-se aos R$ 3,5 milhões repassados durante a campanha e a
pré-campanha de Dilma. A revista afirmou que o dinheiro era pago pelo
Pão de Açúcar, segundo advogados de Palocci e do escritório de Thomaz
Bastos.
O objetivo do repasse era para que Palocci
ajudasse na fusão entre o grupo de Abilio Diniz e as Casas Bahia.
Palocci, no entanto, segundo a consultoria Estáter, contratada de forma
exclusiva pelo Pão de Açúcar para tocar a fusão, informou ao MPF que não
prestou qualquer serviço ao Pão de Açúcar, o que despertou suspeitas
entre os investigadores.
No total, Palocci recebeu
R$ 5,5 milhões em 11 parcelas, todas sem contrato. Os valores eram de R$
500 mil, no auge das eleições, e de R$ 250 mil, antes, e sempre foram
depositados, segundo o próprio Palocci, na conta da Projeto, a empresa
de consultoria criada por ele após deixar o governo Lula.
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