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segunda-feira, 13 de abril de 2015

Comunidades ribeirinhas recebem mutirão de cidadania da Prefeitura de Manaus

(site prefeitura de Manaus)
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A Prefeitura de Manaus encerrou neste sábado, 11, mutirão de atendimento na área ribeirinha. Durante dois dias, moradores das comunidades Três Unidos e Bela Vista do Jaraqui, no rio Negro, contaram com serviços como emissão de carteiras de identidade (RG) e de Trabalho e Previdência Social (CTPS), orientação jurídica para serviços de Defesa ao Consumidor, cadastro no banco de dados do Sine Manaus e também para acesso ao Programa Bolsa Família.

O mutirão mobilizou diversas estruturas da prefeitura: Ouvidoria e Procon Municipal, as secretarias municipais de Assistência Social e Direitos Humanos (Semasdh) e de Trabalho, Emprego e Desenvolvimento  (Semtrad), além da Defesa Civil de Manaus, que já realiza ações na área.

Foram 341 atendimentos. Destes, 113 carteiras de identidade foram emitidas (1ª via), além de outras 68 de trabalho. Oitenta novas famílias com perfil foram cadastradas para acesso aos benefícios do Programa Bolsa Família.

Comunitários também receberam mudas dos servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), que promoveram exposição focada no reaproveitamento de resíduos.

Com a cheia dos rios, moradores foram orientados pela Defesa Civil de Manaus e pela ONG Gaviam sobre atividades de educação e prevenção. Atualmente,  13 comunidades da área são monitoradas por conta da subida das águas.  Em uma delas, Comunidade Nossa Senhora da Conceição,  há previsão de construção de pontes para minimizar o impacto da cheia no local.

Kambebas
O mutirão de atendimentos da prefeitura também foi levado às famílias indígenas kambebas, moradoras da comunidade Três Unidos. Localizada a 70 Km de Manaus, apesar de seus habitantes já estarem totalmente inseridos aos costumes do “homem branco”, muitos chegaram à idade adulta sem ter documentos básicos como RG e carteira de trabalho.

Para o tuxaua da tribo Kambeba, Triukuchuri Tashira Musana (Valdemir da Silva, em português), este é um serviço que permite aos indígenas o reconhecimento como cidadãos brasileiros. “É direito de todo o cidadão ter um documento de registro. Sabemos que com essa documentação, o povo kambeba passará a ser reconhecido e nós, que não tínhamos acesso a esses serviços, hoje passamos a ser documentados também”, afirmou o tuxaua.

Morador da comunidade, Stanley Souza aproveitou para fazer a atualização cadastral no programa Bolsa Família. Acompanhado da esposa e pai de seis filhos, sendo um autista, recebe R$ 252 por mês do programa, que se soma a uma renda de pouco mais de R$ 100 mensais que recebe da venda de frutas e verduras. Segundo ele, se tivesse que ir até Manaus com toda a família, seriam gastos R$ 225 apenas com a passagem de ida e volta, já que não tem com quem deixar os filhos.

“Meu filho tem que tomar três remédios, sendo que dois eu consigo de graça no posto médico. Outro, eu preciso comprar e nisso eu gasto R$ 130 mensais. Se a prefeitura não tivesse trazido esse serviço pra cá, teríamos que fazer gasto de um dinheiro que iria fazer falta no fim do mês. Sem falar no tempo que passariamos em Manaus, em casa de parentes, para atualizar o cadastro”, declarou o agricultor.

Texto: Colaborou Leonardo Fierro
Fotos: Assessorias e Márcio James

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