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segunda-feira, 17 de março de 2014

Audiência pública sobre cobrança de taxa de esgoto



(site da Defensoria Pública)

A Defensoria Pública do Estado doAmazonas (DPE-AM), por intermédio do Núcleo de Direitos Coletivos, participou da audiência pública realizada na última quinta-feira, 13 de março, pela Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Manaus que teve como tema a cobrança indevida de taxa de esgoto em bairros da capital.
Foram apontados, durante a audiência pública, sérias críticas a respeito da cobrança indevida do tributo para locais da cidade em que não há tratamento de esgoto e, ainda, sobre os desdobramentos judiciais do caso. Uma das propostas defendidas na audiência foi criar uma agenda com prefeito de Manaus, Arthur Neto, para discutir a repactuação do percentual, que atualmente está em 100% do valor, para que não haja cobrança nos locais onde o serviço não é oferecido.
A DPE-AM, por intermédio do defensor público Carlos Almeida Filho, se manifestou indicando ainda um prazo para que a cobrança seja suspensa nos locais onde não existe o serviço ou tratamento, a fim de cessar os prejuízos aos contribuintes. “Em 15 dias eu espero que a Manaus Ambiental cesse a cobrança onde não fornece serviço e onde não há tratamento, pois a única posição que vemos, uma vez que a via judicial está travada, é buscar as cortes internacionais informando que há uma grave violação aos direitos humanos aqui, pois estamos na maior bacia de água do mundo e temos dificuldades de coleta de água e tratamento de esgoto, um absurdo gritante, além de termos pessoas que vivem próximo a esgoto a céu aberto tendo os direitos humanos brutalmente violados”, explicou.
Outro ponto levantado na oportunidade é que o legislativo municipal pode se sobrepor ao contrato, proibindo a cobrança indevida e estabelecendo multa. “A Defensoria Pública vai fornecer uma minuta de lei proibindo a cobrança, estribada na legislação nacional de tratamento de esgoto e também baseado no Código da Defesa do Consumidor, indicando a proibição da cobrança de onde não há serviço”, pontuou o defensor público responsável pela área de ações coletivas.

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