Assembleia cria vaga de auditor do TCE-AM que deverá custar R$ 1,3 milhão por ano
As
despesas incluem remuneração de R$ 25,2 mil para auditor, além de R$
14,7 mil para chefe de gabinete, e R$ 11,2 mil para assessores de nível
superior
A
Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria mais uma vaga de
auditor no Tribunal de Contas do Amazonas, com custo anual de R$ 1,3
milhão, foi aprovada, nesta quarta-feira (10), por unanimidade, pela
Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM). O novo auditor terá direito a
um salário mensal de R$ 25,2 mil, além de um gabinete composto por 11
servidores.
De
acordo com a assessoria do TCE-AM, o auditor terá direito a um chefe de
gabinete, três assessores de nível superior, três assistentes de nível
médio, três estagiários e um menor aprendiz. Segundo o Portal de
Transparência do Tribunal de Contas, hoje um chefe de gabinete recebe,
por mês, R$ 14,7 mil. Cada assessor de nível superior terá o salário de
R$ 11,2 mil, somado os três salários, o gasto mensal será de R$ 33,6
mil. Já os três assistentes de nível médio irão custar, por mês, R$ 24
mil ao órgão, sendo R$ 8 mil para casa.
Os
três estagiários, com salário de R$ 812, somado ao auxílio alimentação
de R$ 121, receberão, cada, R$ 933, custando ao mês R$ 2.799 mil ao
TCE-AM. O menor aprendiz (patrulheiro) possui salário de R$ 721 e R$ 121
de auxílio alimentação, custando assim R$ 845.
Hoje,
o Tribunal possui dois auditores para avaliar as contas de 62
municípios. A terceira vaga está sem titular desde que a auditora Yara
Lins foi nomeada conselheira. O TCE do Ceará possui três auditores para
analisar as contas de 184 municípios, um número quase três vezes maior
que o do Amazonas. O TCE de Alagoas também conta com apenas três
auditores para fiscalizar 102 municípios, o que corresponde um universo
40% maior que o do TCE-AM.
O
TCE do Paraná possui sete auditores, mas o número de municípios é 399,
isto é, 6,5 vezes o número de municípios amazonenses. O TCE do Rio
Grande do Sul possui também sete auditores, mas o número de cidades é
497, ou seja, oito vezes a quantidade de municípios amazonenses. O TCE
de Santa Catarina possui cinco auditores, mas seus municípios somam 295,
isto é, 4,75 vezes o número de municípios amazonenses.
Em
agosto, a coluna Sim&Não de A CRÍTICA revelou que servidores do TCE
fizeram chegar à coluna um documento no qual alertavam que o concurso
da Casa para auditor, previsto para 2015, estaria sendo preparado com
medidas certas para acomodar interesses.
No
documento, eles davam como mostra da desconfiança uma exposição de
motivos que circula internamente propondo o aumento de três para quatro
no número de auditores do Tribunal, o que se confirmou com o envio da
proposta, agora, a ALE. A polêmica à época ficou conhecida como
“concurso alfaiate”.
A pergunta que não quer calar: vai ser preenchida como esta vaga? Indicação política como são os conselheiros?
A pergunta que não quer calar: vai ser preenchida como esta vaga? Indicação política como são os conselheiros?
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