(Portal Acrítica)
Ministro da Casa Civil avalia que a presidente Dilma terá para que o processo de impeachment não chegue nem mesmo a ser apreciado pelo Senado Federal
O
ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou, em
entrevista à edição deste domingo (3) do jornal Folha de S.Paulo que o
governo terá votos suficientes para que o processo de impeachment da
presidente Dilma Rousseff (PT) não chegue nem mesmo a ser apreciado pelo
Senado Federal.
"Nós
vamos enterrá-lo (o impeachment). Na Câmara. Não tenho dúvida de que a
gente vai a 250, 255 votos", assegurou Jaques Wagner. Para barrar o
impeachment, que deve começar a ser analisado a partir de fevereiro,
quando o Congresso retorna do recesso parlamentar, a presidente precisa
de 171 votos favoráveis, no mínimo. O número corresponde a um terço da
composição de 513 deputados federais na Câmara.
O
ministro admitiu que as medidas contracíclicas na economia, feitas pelo
ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e pela presidente Dilma no
primeiro mandato, "produziram um problema fiscal (que Dilma) se impôs a
consertar", mas creditou o nível da crise política do país ao papel que a
oposição veio desempenhando desde o fim das eleições de 2014.
"O
erro para mim é muito mais da oposição, que fez uma agenda do
'impeachment tapetão' (...) A impopularidade de Dilma hoje é
consequência de que a gente teve que consertar medidas tomadas em 2013 e
2014, que tiveram seu lado positivo e, como tudo na vida, também
consequências ruins. Mas nunca teve dolo. A banalização do processo como
recurso eleitoral é o 'impeachment tapetão', que não é com motivo, é
para recorrer do jogo que perdi em campo. Mas isso também será cobrado
da oposição, porque impopularidade não é crime", afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário