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terça-feira, 24 de junho de 2014

‘A Magia de Manaus’: revista da FIFA elege a cidade como o destaque entre as sedes

(portal Acritica)

Capa da semana da publicação, Manaus tem suas peculiaridades analisadas pelo suíço Thomas Renggli, que escreve: ‘É impossível não se apaixonar pelo charme dessa cidade’

Publicação exaltou a animação do povo amazonense que tornou Manaus destaque entre as demais sedes da Copa
Publicação exaltou a animação do povo amazonense que tornou Manaus destaque entre as demais sedes da Copa (Reprodução/ Internet)
A revista oficial da Federação Internacional de Futebol (FIFA), “The FIFA Weekly”, publicada semanalmente, escolheu Manaus para a capa de sua primeira edição sobre a Copa do Mundo no Brasil. “Magic Manaus – A Magia de Manaus” foi o título da edição, que traz um perfil da cidade escrito pelo suíço Thomas Renggli, tendo como fio-condutor o embate entre Inglaterra e Itália, ocorrido no último dia 14 de junho.
“Nenhuma cidade-sede foi tão discutida quanto Manaus, localizada no coração da Amazônia. No entanto, como descobrimos em nossa jornada pela floresta, é impossível não se apaixonar pelo charme dessa cidade”, escreveu o repórter, fazendo a primeira de várias referências ao calor nativo no texto. “A experiência de presenciar uma partida da Copa do Mundo em Manaus não é igual a nenhuma outra, e não é recomendada para os fracos de coração ou avessos ao calor”, alerta, logo de cara, o suíço.
Renggli descreve o fascínio da cidade desde a viagem – “(...) a descida do avião na chegada é de tirar o fôlego: o Amazonas parece menos um rio do que um oceano no meio da floresta úmida (no original, rainforest, o equivalente americano para a nossa floresta equatorial)”. As particularidades de Manaus, como o seu isolamento do restante do país e o jeito solícito, porém tímido, dos locais, são apontados como diferenciais em relação às outras capitais do Brasil. “A localização isolada da cidade parece ter moldado o caráter de seus habitantes, e os turistas são recebidos com uma mistura de simpatia e reserva, que contrasta bastante com o clichê do brasileiro barulhento, que fala alto”, observa Thomas.
Como Foreman x Ali
A partida entre Inglaterra e Itália ganha destaque no texto, com os efeitos do calor – mais uma vez – marcando a diferença entre a vitória e a derrota. “No fim das contas, foi o veterano da Itália, com sua barba esvoaçante, quem comemorou, tendo feito uma partida que foi uma aula tanto de economia quanto de inteligência”, escreve o repórter suíço sobre Pirlo, o capitão da Itália, seleção que se preparou para jogar em Manaus treinando em saunas, e que melhor soube se poupar em campo.
Thomas faz uma comparação entre o jogo e a famosa luta dos boxeadores Muhammad Ali e George Foreman no Congo em 1974, pelo inusitado do local e a importância do evento. “A única diferença é que desta vez são Wayne Rooney e companhia contra a Itália de Pirlo, mas a batalha é a mesma”, observa. Ele também relembra a famosa final entre Suíça e Áustria na Copa de 1954, na própria Suíça, quando, sob um calor de 40 graus, a disputa resultou num placar de 7 a 5 para os austríacos, o maior já registrado numa partida de Copa do Mundo – e que, tal como aqui, foi marcada por estratégias das duas seleções para driblar o calor.
“Manaus não é a sua típica arena de futebol, como vários dos turistas mais intrépidos descobriram, para seu prazer e espanto. Nenhuma cidade-sede da Copa é mais excitante ou surpreendente do que esta metrópole da selva, onde as águas escuras do rio Negro e as mais claras do Solimões correm lado a lado, para criar uma das visões mais majestosas da Amazônia”, conclui o suíço, constatando, com tristeza, a baixa probabilidade de que Manaus venha a sediar novamente uma partida dessas proporções: “Assim como Foreman nunca teve uma revanche, a Inglaterra não deve mais encontrar a Itália no Brasil, já que a única maneira dos dois times se reencontrarem novamente seria se ambos fossem para a final. Um embate como esse em Manaus, lamentavelmente, é ainda mais improvável”.
O prefeito de Manaus, Artur Neto, comemorou a visibilidade que o artigo proporcionou à capital amazonense. “Fomos bombardeados com notícias ruins e sem nexo de parte da mídia, mas provamos que nada disso é verdade. Já conversei com turistas de vários países e todos são unânimes em afirmar que a cidade e as pessoas são apaixonantes. Não podemos negar que nossa floresta é o diferencial. Temos que saber usar isso a nosso favor”, apontou.
É hora, como diz, a revista, de usar a “magia de Manaus”.

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