(portal Acrítica)
Em entrevista, candidato do PSDB elogiou a postura da presidente de reconhecer corrupção na Petrobras, mas disse que a adversária não tomou providências contra o tesoureiro do PT que seria suposto receptor de parte do dinheiro desviado
O
candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, afirmou neste domingo
(19) que a admissão da presidente Dilma Rousseff de que houve desvio de
recurso na Petrobras é um avanço, ainda que tardio, mas disse que a
adversária não tomou providências contra o tesoureiro do PT que seria
suposto receptor de parte do dinheiro desviado.
"Eu
reconheço que é um avanço, a presidente, pelo menos, admitir que isso
aconteceu, talvez um pouco tarde, mas a admissão é algo positivo", disse
o candidato tucano em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, onde
participou neste domingo de manhã de uma caminhada pela orla de
Copacabana.
"Agora,
as providências, eu não vi até agora nenhuma atitude da presidente em
relação àquele que é denunciado pelo delator Paulo Roberto (Costa) como
receptor da parcela que caberia ao PT, que é o seu tesoureiro",
acrescentou.
Um
suposto esquema de corrupção na Petrobras envolvendo partidos políticos
foi revelado durante a disputa eleitoral e tem sido detalhado à Justiça
pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa em um acordo de delação
premiada.
Em
depoimentos à Justiça Federal, Costa afirmou que grandes empresas
fecharam contratos com a estatal por anos com sobrepreço e que a maior
parte do dinheiro desviado tinha como destino partidos da base
governista.
Segundo ele, o operador do PT no esquema era o tesoureiro da legenda, João Vaccari.
Dilma,
candidata à reeleição pelo PT, reconheceu no sábado, pela primeira vez,
que houve desvio de recursos na estatal e disse que pedirá
ressarcimento desse dinheiro, mas que isso não está ao alcance do
governo no momento.
A
uma semana do segundo turno da eleição, Aécio e Dilma vão estar frente à
frente na noite deste domingo em mais um debate eleitoral na televisão.
Os dois travaram na quinta-feira o debate mais agressivo da campanha
até o momento, com ataques generalizados de ambos os lados, deixando as
propostas de governo em segundo plano.
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