(portal Revista Veja)
“Assistimos ontem e hoje a um atentado contra a democracia, contra a liberdade de expressão", afirmou o tucano Aécio Neves

Vandalismo e depredação que atingiram a Revista Veja
(VEJA.com)
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No último ato público antes da votação deste domingo, Aécio Neves visitou o túmulo do avô, Tancredo Neves, na cidade histórica de São João Del Rei, em Minas Gerais. Defendeu a liberdade de imprensa e condenou os atos de vandalismo contra a sede da Editora Abril. “Assistimos ontem e hoje a um atentado contra a democracia, contra a liberdade de expressão, o que já é uma marca extremamente preocupante dos nossos adversários. Ao tentar invadir e depredar a fachada de um importante veículo de comunicação, os manifestantes não atingem aquele veículo. Atingem o que temos de mais valioso, que é a liberdade de expressão no Brasil, a liberdade de imprensa. A democracia vive disso, das manifestações. E as contrárias devem ser respeitadas. O alvo foi errado, porque o que VEJA e outros veículos de comunicação fazem é comunicar. Eles são os vasos transmissores das informações e ao tentar proibir a veiculação dessa revista, há uma demonstração clara do Partido dos Trabalhadores de seu descompromisso com a democracia e com a liberdade de expressão”, disse o candidato. “É um atentado que deve receber o repúdio de todos os brasileiros da forma mais veemente possível. E uma boa forma de demonstrar esse repúdio é indo às urnas amanhã para valorizar a democracia e apontar um novo caminho para o Brasil”, completou. O tucano ainda afirmou que, se eleito, atuará em favor da liberdade de imprensa.
/VEJA
Um dia depois de gastar mais de três minutos de sua propaganda eleitoral para atacar VEJA,
a presidente Dilma Rousseff comentou o ataque à sede da Abril. “Eu
lamento qualquer ato de vandalismo. Não concordo. Repudio formas de
violência. Isso é uma barbárie. Deve ser coibido. Nós só podemos aceitar
um padrão de discussão que seja pacífico, com argumentos, que defenda
posições e que não ataque uns aos outros. Não se cria um país civilizado
e democrático dessa forma”, comentou a presidente. Enquanto isso, no
Twitter, Orlando Silva, ex-ministro de Dilma eleito deputado federal
pelo PCdoB, postou mensagem de apoio aos vândalos da UJS.
Afirmou sentir "orgulho" da depredação promovida pelo grupo. Em 2011,
Orlando Silva foi defenestrado do comando do Esporte após VEJA revelar a
existência de um esquema organizado pelo PCdoB na pasta para desviar
dinheiro público usando ONGs amigas como fachada. O então ministro foi
apontado como mentor e beneficiário dessa engrenagem.
No Twitter, Orlando Silva elogia ataque ao prédio da Editora Abril
Em nota, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) afirmou que “repudia veementemente os ataques”. "A Abert acompanha com preocupação episódios como o de ontem à noite, pois a entidade considera grave qualquer ato de intimidação à liberdade de imprensa. A Abert lembra que a Declaração de Chapultepec, da qual o Brasil é signatário, aponta uma imprensa livre ‘como uma condição fundamental para que as sociedades resolvam os seus conflitos, promovam o bem-estar e protejam sua liberdade’”.
Em entrevista à Rede Globo, o presidente da OAB, Marcos Vinícius Coelho, afirmou: "Nesse momento entendemos que o principal é termos a maturidade institucional para preservarmos a democracia brasileira". Já Alberto Rollo, presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-SP, afirmou ao site de VEJA: "Os ataques ao prédio da Editora Abril são beligerantes e não combinam com o exercício da democracia que teremos amanhã. O grupo não está contribuindo para a democracia no Brasil".
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