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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Pessoas com Deficiência comemoram reinserção no mercado de trabalho

(site prefeitura de Manaus)

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Ser reinserida no mercado de trabalho e recomeçar a trajetória profissional. Este era o desejo da estudante Aline Pereira, de 19 anos, que estava desempregada havia cinco meses, desde que deixou uma empresa privada do ramo de alimentação. A história de Aline é também a de muitos jovens que buscam construir uma carreira sólida. A diferença é que ela possui uma deficiência motora no braço esquerdo, o que dificultava ainda mais a sua recolocação no mercado.

Em busca de mudanças, há dois meses ela saiu da estatística de Pessoas com Deficiência (PCDs) desempregadas do Sine Manaus para a de recolocadas no mercado de trabalho, número que foi de 60 no primeiro trimestre deste ano. Por meio do Programa de Inclusão Social, desenvolvido dentro da Secretaria Municipal de Trabalho, Empreendedorismo, Abastecimento, Feiras e Mercados (Semtef), hoje ela atua na função de estoquista em uma rede de perfumaria da cidade. “Minha maior dificuldade era o preconceito por ser deficiente. Agora, consegui uma vaga e estou me dedicando”, disse.

O secretário da Semtef, David Reis, explicou que o Programa de Inclusão Social tem a função de ajudar pessoas como Aline a garantir emprego e introduz, gradativamente, esses trabalhadores em diversos setores das empresas cadastradas no Sine Manaus, além de ajudar as próprias organizações no cumprimento da lei (n°8.213/91 – Lei das Cotas). ”Temos a missão de garantir os mesmos direitos às pessoas com deficiência e estamos contando com a sensibilidade das empresas para garantir que os PCDs consigam o direito ao emprego”.

Chefe do Departamento de Recursos Humanos de uma das empresas cadastradas no Sine, Socorro Nunes diz que é de fundamental importância que as organizações estejam atentas e identifiquem ou criem oportunidades para a inserção de PCDs no mercado. “Eles (os PCDs) têm dando um retorno significativo às empresas. Eles possuem uma produtividade muito grande, um comprometimento maior e são mais responsáveis do que qualquer um de nós que não temos nenhum tipo de deficiência”, disse.

Para Márcio Acácio, mais um dos 60 PCDs conduzidos ao mercado de trabalho pelo Sine Manaus, o sonho está só começando. Agora, ele quer aproveitar que está empregado para fazer uma faculdade. ”Através do Sine, consegui atingir o meu objetivo de mostrar o meu profissionalismo e estou tendo a oportunidade de aprender mais. O fato de eu estar trabalhando já despertou também o desejo de realizar mais um sonho, que é a conclusão de um curso universitário”, disse Márcio.

TEXTO: FABIANE SERRA
FOTOS: MARINHO RAMOS e ARLESSON SICSÚ

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