(Portal Acrítica)
Michele Garcia, numa semana normal de trabalho, postou fotos no Instagram em uma praia paradisíaca na Jamaica
O
governador do Amazonas, José Melo (Pros), exonerou do cargo na manhã
desta quarta-feira (13) a secretária extraordinária Michele Garcia, que
aparece em foto, na rede social Instagram, durante viagem a uma praia
paradisíaca na Jamaica, em uma semana normal de trabalho.
Michele
era um dos seis secretários extraordinários mantidos pelo governador
José Melo e que custam R$ 1,3 milhão aos cofres públicos por ano. Ela é
filiada ao PSDB e esposa do deputado estadual Bi Garcia (mesmo partido),
ex-prefeito de Parintins e irmão da primeira-dama de Manaus, Goreth
Garcia.
No
Portal do Governo, ao contrário do Portal da Transparência sobre outras
estruturas do Estado, não se encontra informações sobre as atividades
de um secretário extraordinário.
A
Lei Ordinária 4163/2015, que criou os cargos na estrutura do novo
governo diz que “as atribuições dos secretários extraordinários serão
determinadas pelo chefe do Poder Executivo, por meio da edição de atos
específicos”.
Salário
Michele
Garcia era secretária extraordinária desde a gestão Omar Aziz (PSD) e
recebia salário de R$ 17 mil ao mês, o que custava aos cofres públicos
R$ 221 mil por ano, contanto com o 13º salário. Todos os seis
secretários extraordinários recebem o mesmo salário.
Reportagem
publicada em A CRÍTICA nesta quarta (13) mostrou a existência de seis
secretários extraordinários no Governo do Amazonas, o que contraria a
política de arrocho salarial e corte de gastos promovidos por José Melo
desde o início do ano.
O
governador chegou a brincar, ainda, quando anunciou a reforma
administrativa, na sede do governo, que seu “staff” de secretários
extraordinários executavam “trabalhos extraordinários”, mas depois
resolveu dizer que a razão da existência destes cargos seria para
realizar tarefas e viagens quando o governador não pudesse fazê-las.
Segundo
a Secretaria de Comunicação do Governo (Secom), os secretários
extraordinários são designados, em geral, para missões específicas de
acompanhamento de projetos desenvolvidos pelo Governo do Estado e não
têm direito a assessores e nem salas individuais.
O
histórico dos secretários extraordinários de Melo está diretamente
ligado às alianças partidárias que compõem o Governo do Estado e até
mesmo à Prefeitura de Manaus.
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