Foram
distribuídas 16 milhões de doses para vacinar 12,7 milhões de crianças
entre seis meses e cinco anos incompletos, até o dia 31 deste mês
Para
proteger as crianças contra paralisia infantil, o Zé Gotinha entra em
ação mais uma vez a partir deste sábado (15), dia D de mobilização. Em
parceria com estados e municípios, o Ministério da Saúde realiza a 36ª
Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. Até o dia 31 deste
mês, a meta é imunizar 12 milhões de crianças entre seis meses e cinco
anos incompletos. Isso representa 95% do público-alvo, formado por 12,7
milhões de crianças.
A ida ao posto
de saúde também será a oportunidade para colocar a vacinação das
crianças em dia. Por isso, paralelamente à campanha contra poliomielite,
o Ministério da Saúde promove uma mobilização para atualizar o esquema
vacinal dos menores de cinco anos. Os profissionais de saúde vão avaliar
a caderneta infantil, alertando aos pais sobre as vacinas que estão
vencendo ou em atraso.
As doses
atrasadas serão aplicadas e agendadas, de acordo com a situação de cada
criança. Aquelas que nunca foram vacinadas contra a poliomielite, não
receberão as gotinhas na campanha. As crianças que estão iniciando o
esquema vacinal devem ser imunizadas com vacina inativada poliomielite
(VIP injetável), aplicada aos dois e quatro meses de vida. Já aos seis
meses, a criança deve receber uma dose da vacina oral e outra de reforço
aos 15 meses. (confiram tabela abaixo). Para isso, pais ou responsáveis
devem levar o cartão de vacinação aos postos de saúde.
A
vacina é extremamente segura e protege contra os três sorotipos do
poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%.
Não existe tratamento para a poliomielite e a única forma de prevenção é
a vacina. Ela é recomendada, até mesmo, para as crianças que estejam
com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. Já, para crianças com
infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a
algum componente da vacina, o Ministério da Saúde recomenda aos pais que
consultem um médico para avaliar se a imunização é indicada.
Vacinação incompleta
Com
a campanha de atualização, o Ministério da Saúde busca aumentar a
cobertura vacinal e diminuir o risco de transmissão de doenças que podem
ser evitadas, além de reduzir as taxas de abandono. As vacinas
oferecidas protegem contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola,
coqueluche, caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites,
difteria e tétano, entre outras. A campanha nacional conta com uma
infraestrutura composta por mais de 100 mil postos espalhados por todo o
país, 350 mil profissionais de saúde e 42 mil veículos (terrestres,
marítimos e fluviais).
Campanha
A
mobilização da população já começou. Com o slogan “Você é o protetor do
seu filho”, a campanha publicitária já está sendo veiculada desde
segunda-feira (9). As peças mostram a responsabilidade dos pais de levar
as crianças para serem vacinadas. Até o dia 31 de agosto, as mensagens
serão veiculadas na TV aberta e fechada, rádio, internet, redes sociais e
aplicativos de mobile.
Poliomielite
O
Brasil está livre da poliomielite desde 1990 e, em 1994, o país
recebeu, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Certificação de
Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território.
Entretanto, nove países registraram casos em 2014 e 2015. Em três países
- Nigéria, Paquistão e Afeganistão - a poliomielite é endêmica. Nos
outros seis (Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria e
Etiópia) os casos registrados da doença foram decorrentes de importação
do poliovírus selvagem. Por isso, a vacinação é fundamental para que
casos de paralisia infantil não voltem a ser registrados no Brasil.
A
poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos
casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire sérias
lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível,
principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo
poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
O
Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único de Saúde
(SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as vacinas
recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, são
disponibilizadas pela rede pública de saúde, de todo o país, 17 vacinas
que integram o Calendário Nacional e combatem mais de 20 doenças, em
diversas faixas etárias.
*Com informações da assessoria de imprensa
Nenhum comentário:
Postar um comentário