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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Prefeitura lança mais duas obras do PAC Cidades Históricas



(site prefeitura de Manaus)

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A Prefeitura de Manaus lançou, nesta terça-feira, 11, mais duas obras dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas 2: a praça Tenreiro Aranha e do entorno do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, no Centro. Com esses, chegam a quatro os projeto em andamento, do total de dez, que compõem o programa na capital amazonense.

Durante a solenidade de lançamento, realizada no Paço da Liberdade, no Centro, o prefeito Arthur Virgílio Neto destacou a importância das obras para o turismo, para a economia e para a qualidade de vida da população. “O que estamos fazendo é recuperar a identidade da cidade, seu coração, resgatando seu passado e pensando no seu futuro”, disse.

Ainda segundo Arthur, outras intervenções serão realizadas pelo Município para compor o cenário do Centro Histórico de Manaus. ”Faremos a revitalização da avenida Eduardo Ribeiro, devolvendo o  charme do período da Belle Époque. Além disso, também faremos a ampliação do Paço da Liberdade, que receberá o Museu de Manaus, assim como tantos outros projetos que serão desenvolvidos com recursos próprios. Tudo isso vai dar dignidade às pessoas que trabalham e visitam o Centro, fortalecendo o turismo e fazendo emergir toda a beleza e a essência da capital amazonense”, finalizou o prefeito.

O projeto da praça Tenreiro Aranha foi aprovado pela Caixa Econômica Federal em janeiro deste ano, orçado em R$ 2.015.815,46. Já a área do entorno do Mercado Adolpho Lisboa receberá o total de R$ 3.946.678,00 para a revitalização. Ao todo, o PAC Cidades Históricas já destinou cerca de R$ 15 milhões – dos R$ 33,7 milhões previstos – para projetos de recuperação de áreas tombadas no Centro Histórico de Manaus.

Estão previstas obras de adequação dos espaços quanto às normas de acessibilidade, instalação de novo sistema de iluminação pública, sinalização, mobiliário urbano e paisagismo. Para o coordenador nacional do PAC, Robson de Almeida, Manaus é exemplo de comprometimento com o patrimônio histórico. “As obras aqui realizadas refletem o verdadeiro sentimento do programa, que é trazer o patrimônio histórico para o cotidiano das pessoas, com ações que vão além do restauro e trazem vida de volta ao Centro Histórico de Manaus”, destacou.

Logo após o lançamento, o prefeito visitou o Mercado Adolpho Lisboa e a praça Tenreiro Aranha, onde conversou com artesãos que há cerca de 20 anos ocupam a praça. Na próxima segunda-feira, 17, será realizada uma reunião com todos os 45 permissionários do espaço para definir a realocação deles para outras áreas.

“Não somos contra o projeto, ao contrário, queremos contribuir com as melhorias que a cidade precisa. A nossa expectativa é que consigamos um espaço definitivo, onde possamos continuar desenvolvendo as nossas atividades e fortalecendo a cultura local, que também é representada pelo artesanato”, disse Asmim Sulainam, que lidera a comissão dos artesãos da praça Tenreiro Aranha.

Negociação
Há semanas, a prefeitura vem negociando com os artesãos a ida deles para outros pontos da cidade. Vinte deles poderão optar por espaços definitivos na segunda etapa da galeria dos Remédios, na rua Miranda Leão, Centro, outros poderão ir para o Shopping T4, no Jorge Teixeira, zona Leste, ou futuramente para a Feira de Artesanato, no Complexo Turístico Ponta Negra.

“Essas são as opções iniciais que apresentamos em um processo democrático e pacífico de retirada dessas pessoas das ruas. Na próxima semana vamos sentar para bater o martelo, sempre ouvindo o que a categoria acha que será melhor”, assegurou o secretário municipal do Trabalho, Empreendedorismo, Abastecimento, Feiras e Mercados (Semtef), David Valente Reis.

Projetos
O projeto da praça Tenreiro Aranha, localizada na rua Floriano Peixoto, prevê o resgate da arquitetura utilizada no espaço na década de 1920, com a reabertura da via central, recriando parte dos jardins com fícus, benjamins e palmeiras, além do resgate do passeio público. Já o lado Oeste da praça oferecerá um espaço contemplativo para que o público volte a ocupar o local.

Já as obras do entorno do Adolpho Lisboa incluem a revitalização das ruas dos Barés, Barão de São Domingos, Miranda Leão, da travessa Tabelião Lessa, avenida Manaus Moderna e da praça do Mercado. A obra irá resgatar os elementos originais de pavimentação das calçadas e ruas, valorizando o ambiente com a arborização da área com Ipê.

Todas as obras do PAC permitem uma conexão com outras obras de revitalização do Centro Histórico, do Paço Municipal até o Largo São Sebastião, criando um percurso cultural contínuo entre todos esses pontos turísticos. Os serviços iniciais se concentrarão na prospecção das calçadas para resgatar as pedras lióz e os paralelepípedos originais do Centro.

“Nosso cronograma para essas duas obras é de seis meses, mas faremos o máximo possível para aproveitar o período de verão, acelerando os serviços para antecipar a entrega. Nossa meta é que até a realização dos Jogos Olímpicos já possamos mostrar a nova cara do Centro Histórico de Manaus para os turistas que para cá vierem”, concluiu o coordenador do PAC Cidades Históricas em Manaus, Antônio Nelson.

Outras obras
Atualmente, recebem obras do PAC Cidades Históricas na capital a praça XV de Novembro, mas conhecida como praça da Matriz; a praça Adalberto Vale; e também agora a praça Tenreiro Aranha e o entorno do Mercado Municipal Adolpho Lisboa. Todas aprovadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A mais recente aprovação, junto ao órgão federal de Patrimônio Histórico, foi o Pavilhão Universal. Outros cinco projetos ainda se encontram em análise no Iphan. São eles: o antigo Hotel Cassina, a Biblioteca Municipal, a praça Dom Pedro II, a antiga Câmara Municipal e o prédio Corpo de Bombeiros.

REPORTAGEM: Alita Falcão / FOTOS: Alex Pazuello (Semcom)

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