No programa partidário, sigla admite crise econômica, afirma que o governo está trabalhando para contornar o problema e conclama os brasileiros a não deixar que ela se transforme em uma crise política

Programa do PT vaio ao ar na noite de hoje (6)
No
programa partidário do Partido dos Trabalhadores (PT) que vai ao ar em
rede aberta na televisão na noite desta quinta-feira (6), a sigla admite
que o País vive uma crise econômica, afirma que o governo está
trabalhando para contornar o problema e conclama os brasileiros a não
deixar que ela se transforme em uma crise política, que "demora muito, e
o sofrimento é imenso".
O vídeo já está disponível no site do partido e nas páginas oficiais do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff.
Apresentado
pelo ator José de Abreu e com a participação Lula, da presidente Dilma
Rousseff e do presidente do PT, Rui Falcão, o programa termina com uma
ironia aos panelaços, dizendo que o PT foi o partido "que mais encheu a
panela dos brasileiros".

"Nos
últimos tempos, começaram a dar um nova utilidade às panelas. A gente
não tem nada contra isso. Só queremos lembrar que fomos o partido que
mais encheu a panela dos brasileiros. Se tem gente que se encheu de nós,
paciência", afirma.

"Estamos
dispostos a ouvir, corrigir, melhorar. Mas, com as panelas, vamos
continuar fazendo o que a gente mais sabe: enchê-las de comida e de
esperança. Esse é o panelaço que gostamos de fazer pelo Brasil",
conclui.
O
partido defende que, no governo, evitou por seis anos que a crise
internacional chegasse ao Brasil, que hoje o país vive "problemas
passageiros na economia" e que há pessoas tentando se aproveitar disso
para "criar uma crise política que poderia trazer efeitos bem piores do
que uma crise econômica".
O
programa faz um chamado ao cidadão para evitar que isso ocorra: "Hoje,
há uma pessoa capaz de evitar uma grave crise política no país: você".
São
mostradas imagens de políticos oposicionistas como os senadores Aécio
Neves (PSDB-MG), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e José Agripino (DEM-RN) e o
deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). Eles só pensam em si próprios,
afirma o programa.

Rui
Falcão afirma que a crise econômica está em toda parte, e que os que
tentam restringir o problema ao Brasil querem "enfraquecer o governo e
tumultuar a política".
"Aos
que não concordam com derrota nas urnas, só pedimos uma coisa: juízo,
pois o povo saberá defender a grande conquista de todos os brasileiros: a
nova nova e vibrante democracia", diz.
O
programa cita ainda medidas tomadas nos últimos anos pelo governo (como
redução de tributos incidentes sobre folha de pagamento, cesta básica,
veículos e eletrodomésticos" e afirma que o Brasil venceu crises mais
graves "porque não deixamos que se transformassem em crises políticas".
O
partido diz que programas como Bolsa Família, Mais Médicos, Minha Casa
Minha Vida, Fies e Prouni fazem pressão nas contas públicas, e
questiona: "Mas será que o governo errou ao tentar de todas as maneiras
evitar que a crise arrombasse a porta dos brasileiros? Aqui para nós,
não é melhor a gente não acertar em cheio, tentando fazer o bem, do que
errar feio, fazendo o mal?".
O
admite também que alguns números do Brasil atualmente "não são os
melhores", mas diz que, antes, o mesmo governo produzia bons números, e
os recorda, não como "saudosismo, mas como prova de que podemos fazer
igual, ou melhor", enumerando recordes de exportação, financiamento
imobiliário e crescimento do emprego formal, dos salários e da produção
no campo e a redução da pobreza e do desmatamento.
Para
combater os números ruins da economia, o PT diz que o governo reparte
esforços, corta despesas e amplia investimentos em logística,
agricultura familiar e proteção ao emprego.
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