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quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Políticos comentam os efeitos do protesto de domingo para o País



(Portal Acrítica)

Opositor diz que manifestação deu força para opositores no Congresso; governista do PT diz que faltou força política e sobrou contradição

Segundo a Polícia Militar, quase 7 mil pessoas participaram do protesto em Manaus
Segundo a Polícia Militar, quase 7 mil pessoas participaram do protesto em Manaus (Euzivaldo Queiroz - 16/ago/2015 )
 
Um dos membros da oposição na Câmara, o deputado federal Pauderney Avelino (DEM) avaliou como positivas as manifestações que pediram o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), no domingo. Para ele, as vozes que ecoaram nas ruas terão reflexos no Congresso Nacional. Segundo estimativas da Polícia Militar, quase 7 mil pessoas participaram do protesto em Manaus. Em todos os outros estados ocorreram protestos contra o governo Dilma.
O número de participantes na capital do Amazonas foi maior do que a mobilização realizada em abril, mas ficou abaixo do registrado em março quando cerca de 22 mil pessoas marcharam do Centro à avenida Djalma Batista. “Não importa dizer que deu menos ou mais pessoas nas ruas porque na realidade a insatisfação das pessoas com o PT, Lula e Dilma é uma coisa real e cristalina. Mais gente ou menos daria no mesmo. Essas pessoas que foram representam os milhões de brasileiros que estão insatisfeitos”, disse o deputado.
Para o deputado estadual Ricardo Wendlig (PT), do ponto de vista da democracia, a mobilização popular é positiva. Ele contudo apontou contradições nos protestos de domingo. Um deles o fato de pessoas pedirem a volta da ditadura. Outro o direcionamento contra o PT, Dilma e Lula, segundo ele por conta de pessoas ligadas a partidos que perderam a eleição.
“Não vi denúncia contra o parlamento federal. Dezenas de deputados estão envolvidos em corrupção apontadas pela Lava Jato. Quem defende impeachment o faz por má intenção ou brincadeira. A constituição estabelece requisitos e não existe nada que se enquadre para justificar isso. Vi empresários em Manaus que passaram 12 anos do governo Lula e Dilma com seus negócios prósperos graças à política do Governo Federal. Não entendi porque querem derrubar o governo”, disse o deputado.
Para o sociólogo Carlos Santiago, o ato público foi significativo do ponto de vista da democracia, mas fraco politicamente. “Trezentas mil pessoas nas ruas não tiram um presidente, ainda mais quando o chefe de governo tem apoio de instituições, de movimentos sociais e a legitimidade do voto, mas seria bom que o governo vire a página do ajuste fiscal e comece a propor uma agenda de crescimento econômico e distribuição de renda”, disse.
Congresso pouco sensível às ruas
Na avaliação do vereador Mário Frota (PSDB), as manifestações de domingo foram positivas, mas não terão reflexos no Congresso. “O nosso Congresso está imune a todas essas manifestações populares. Age como se nada estivesse acontecendo de tão grave na história do Brasil. Meu medo é de que o povo fique cansado de ir tantas vezes às ruas e tudo continuar como antes”, disse.

 

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