Gol

sábado, 19 de abril de 2014

Eleitorado brasileiro quer mudanças

(site do PSDB)
Brasília (DF) – O diretor-presidente do Instituto Sensus de Pesquisa, Ricardo Guedes, ressaltou nesta sexta-feira (18) que os resultados da pesquisa Ibope, divulgados ontem (17), revelam uma série de mudanças de percepção do eleitorado brasileiro.
“As últimas eleições mostraram que o candidato vitorioso do PT venceu com uma margem de 5%, o que indica que o grupo de eleitores que no Brasil são chamados de indeciso ainda é grande”, disse Guedes.
Segundo Guedes, muitos entrevistados indicam o desejo de mudança, no caso da oposição assumindo o poder. De acordo com ele, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, é o nome que surge naturalmente. “Aécio Neves é o nome que representa a oposição, em geral, para a maioria dos entrevistados.”
Guedes listou 12 aspectos, considerados por ele, mais relevantes sobre essa mudança de avaliação relativa ao governo da presidente Dilma Rousseff e as perspectivas para os próximos anos.
A seguir, os principais pontos citados por Guedes.
Queda da popularidade 
É a primeira vez que os percentuais de avaliação positiva e negativa se aproximam, desde junho de 2013, quando houve protestos em todo país.  “Há um empate técnico, o que só havia ocorrido em um período traumático, que foi o de protestos”, disse ele.
Estilo Dilma de governar
Para 48% dos entrevistados, é negativo. Para 47%, positivo. “Mais um empate técnico. Isso é muito significativo, pois quando o percentual de desaprovação supera o de aprovação, o candidato não ganha as eleições”, ressaltou.
Intenções de voto
Apesar de a presidente Dilma Rousseff aparecer com 39% das intenções de voto, há um crescimento paulatino de outros políticos que poderão concorrer às eleições.
Lula em queda
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece com 42% das intenções de voto contra 39% dados para a presidente Dilma Rousseff, uma diferença pequena, o que não ocorria antes. “Isso significa que o governo PT é desaprovado por boa parte da sociedade. Não agrada como antes”, avaliou.
Economia em queda
O crescimento médio da inflação em 6% e o do Produto Interno Bruto (PIB) em 2% reflete diretamente no consumo do brasileiro, que percebe no seu cotidiano o aumento de dificuldades para adquirir bens. “A cada ano o consumidor tem diminuição do poder de compra. Pelo menos 7 milhões de brasileiros estão na faixa da linha da pobreza. É um número bastante expressivo”, afirmou.
Rejeições 
Há alianças eleitorais, segundo Guedes, que agregam a soma de rejeição de ambos e não de aprovação, o que ao final, tem um resultado negativo, alerta o especialista.
Crise política
O fracionamento do PMDB, que pertence à base governista, tem reflexo direto nas alianças regionais, como é possível observar que vem ocorrendo na Bahia e no Rio de Janeiro, com anúncio de apoio à oposição ao governo federal.
Escândalo de André Vargas (PT-PR)
As denúncias de envolvimento do petista com o doleiro Alberto Youssef refletem também no governo da presidente Dilma. “Há uma indignação da sociedade em geral, mas especialmente da classe média”, ressaltou Guedes.
Ipea e IBGE
Guedes alerta que o erro cometido em pesquisa feita pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), relativa às avaliações sobre o que pensam os homens a respeito das mulheres, e as informações de pressão política sobre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referentes às interferências em pesquisas, incomodam os técnicos, a academia e o funcionalismo público refletindo nas intenções de voto. “Tecnocratas, a academia e o funcionalismo não aceitam o que está acontecendo em duas instituições seríssimas como essas”, disse ele.
Expectativas
Com indicadores sociais em baixa, a tendência é de queda da popularidade cada vez maior e indignação.
Equívocos pessoais
Para Guedes, a forma como a presidente Dilma Rousseff conduz a comunicação do governo e trata subordinados incomoda mais do que as autoridades federais calculam. “São equívocos graves de conduta que refletem no conjunto”, disse ele.
Confusões
Os entrevistados, em diversas pesquisas de opinião, demonstraram que desaprovam os gastos com a Copa do Mundo e a falta de investimentos básicos em serviços no país. “Com o passar do tempo, isso pode se acumular e, novamente, virem a ocorrer  manifestações, como as de junho de 2013.  Com uma tendência de ocorrem na mesma intensidade”, alertou Guedes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário