Brasília – O deputado federal Luiz Fernando Machado (PSDB-SP) cobrou, nesta sexta-feira (25), esclarecimentos sobre as denúncias que ligam o ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, ao esquema de lavagem de dinheiro descoberto pela Polícia Federal com a operação Lava-Jato.
“É preciso que tudo isso seja esclarecido. Quem quer governar São Paulo, como deseja o ex-ministro, não pode estar sob suspeitas – ainda mais quando essas suspeitas estão no campo ético, o que é o caso. A situação precisa ficar clara”, defendeu o parlamentar.
A possível relação entre Padilha e o doleiro Alberto Youssef foi citada em um relatório produzido pela Polícia Federal e divulgado pela imprensa. Segundo a investigação da PF, Padilha teria indicado um diretor da Labogen – empresa controlada por Youssef que mantinha contratos com o Ministério da Saúde.
O diretor mencionado é Marcus Cezar Ferreira de Moura, que trabalhou com Padilha no Ministério da Saúde. A indicação de Moura, segundo a PF, ocorreu após conversas entre Youssef e o deputado federal licenciado André Vargas (PT-PR), amigo do doleiro. Eles procuravam um executivo que “não levantasse suspeitas”.
Youssef está preso desde março. Segundo a PF, o Labogen foi uma das empresas que o doleiro utilizou para enviar ilegalmente recursos para o exterior.
Após a divulgação das denúncias, Padilha cancelou compromissos públicos que teria no interior de São Paulo.
Política
O deputado Luiz Fernando Machado declarou que o PSDB rejeita a condenação prévia de Padilha e o uso político do episódio. Para o tucano, o que o partido busca são esclarecimentos.
“Em primeiro lugar, é importante ressaltarmos que essas denúncias não foram elaboradas por ninguém da oposição, e sim pela Polícia Federal, uma instituição séria e que é subordinada ao Ministério da Justiça”, destacou o parlamentar.
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