(portal Acrítica)
A decisão foi tomada devido à suspeita de que o juiz estivesse coagindo testemunhas de processos em que é parte
O
ex-juiz Celso Gioia, afastado das funções de magistrado em junho de
2009, foi preso pela Polícia Federal na tarde desta quarta-feira (8), em
cumprimento a uma decisão da Justiça Federal.
Informações
preliminares apuradas pela reportagem dão conta que a decisão foi
tomada devido à suspeita de que o juiz estivesse coagindo testemunhas de
processos em que é parte. Acusações de venda de sentença,
manipulação de processos, falsificação de documentos, formação de
quadrilha, extorsão e corrupções ativa e passiva, além de desvio de
recurso públicos são algumas das que pesam contra Celso.
Também
hoje, a juíza federal Luiza Farias da Silva Mendonça emitiu um despacho
nos autos alegando que Celso não tinha direito a uma sala do
Estado-Maior, ou seja, de acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF),
uma cela instalada no Comando das Forças Armadas ou de outras
instituições militares, sem grades ou portas fechadas pelo lado de fora.
Apesar
disso, por ter formação de nível superior, a juíza declarou que Celso
tem direito à prisão especial, de acordo com o previsto na legislação
brasileira.
Ele
foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para realização do exame de
corpo de delito e, depois, encaminhado ao Centro de Detenção Provisória
(CDP), localizado no Km 8 da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista.
Afastamento
Celso
Gioia, que respondia pela Vara de Infância e Juventude de Manaus,
perdeu a toga por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
que motivou sua decisão elencando as então 16 diferentes acusações
contra ele, entre elas, improbidade administrativa, tráfico de
influência e uso de laranjas em negócios comerciais. Apesar de afastado,
ele teve direito a aposentadoria com proventos integrais, o que
indignou a opinião pública.
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