(portal Acrítica)
No
Amazonas, apenas duas mulheres se elegeram para cargos na política do
Estado. Alessandra Campelo (PCdoB) como deputada estadual e Conceição
Sampaio (PP) como deputada federal
Mais
uma vez, a participação das mulheres nas eleições ficou aquém das
expectativas de grupos feministas e dos que brigam por espaço igual para
elas e os homens na política. Divulgado o resultado das urnas, ao fazer
as contas, é possível perceber que a presença das mulheres diminuiu
tanto no Legislativo quanto no Executivo estadual.
Na
Câmara dos Deputados, atualmente 46 mulheres exercem mandato. Em 2010,
foram eleitas 52 deputadas, mas seis não estão em exercício por motivos
diversos, como licença ou renúncia para assumir outros cargos públicos.
Desta vez, porém, o número encolheu e apenas 46 mulheres vão assumir na
próxima legislatura.
Ainda
não é possível saber se, no decorrer dos próximos quatro anos, outras
entrarão na Câmara como suplentes de deputados que venham a se
licenciar.
No
Senado, a situação foi um pouco melhor. Atualmente, a Casa tem dez
senadoras, de um total de 81. No ano que vem, termina o mandato de
quatro delas, mas duas se reelegeram: Kátia Abreu (PMDB-TO) e Maria do
Carmo (DEM-SE).
Ivonete
Dantas (PMDB-RN) e Ana Rita (PT-ES), que assumiram como suplentes,
perdem a vaga. Ivonete era suplente de Rosalba Ciarlini, atual
governadora do Rio Grande do Norte. Ana Rita assumiu a cadeira no Senado
na vaga de Renato Casagrande, quando este se elegeu governador em 2010.
Ontem
(5), três mulheres conquistaram mandato de senadoras: Rose de Freitas
(PMDB-ES), Simone Tebet (PMDB-MS) e Fátima (PT-RN). Rose de Freitas, que
exerce atualmente o quinto mandato de deputada federal, é a primeira
senadora eleita no Espírito Santo. Com isso, o Senado passará a ter 11
mulheres a partir de fevereiro do ano que vem.
Nos
governos estaduais, a participação feminina encolheu. Em 2010, duas
mulheres foram eleitas governadoras: Roseana Sarney, do PMDB, no
Maranhão, e Rosalba Ciarlini, do DEM, no Rio Grande do Norte. Na votação
de domingo, nenhuma candidata conseguiu se eleger no primeiro turno e
apenas uma, Suely Campos, do PP de Roraima, passou para o segundo turno,
No dia 26, ela enfrentará Chico Rodrigues, do PSB.
No
Amazonas, os eleitores escolheram apenas duas mulheres para serem
representantes na política do Estado. Alessandra Campelo (PCdoB)
conseguiu se eleger como deputada estadual com 25.361 votos (1,55%),
para a Assembleia Legislativa, e Conceição Sampaio (PP) se elegeu como
senadora com 71878 votos (4,33%).
Números
Os
números estão longe de alcançar a cota de pelo menos 30% de
candidaturas de mulheres a cargos eletivos. Além de não conseguirem se
eleger em número significativo, as que conseguem raramente ficam entre
as mais votadas. Em 12 estados não há mulheres entre os dez campeões de
voto nestas eleições. Elas conseguiram se destacar em apenas seis.
Para
a diretora do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea),
Guacira Cesar de Oliveira, a dificuldade de as mulheres terem melhor
desempenho nas eleições se deve, entre outros aspectos, à falta de
investimento dos partidos. "Quando os partidos se viram obrigados a
cumprir as cotas, criaram uma formalidade para colocar mulheres como
candidatas, mas não geraram condições reais para que essas mulheres
pudessem ser eleitas", afirmou.
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