(site Canção Nova)
As paixões passam, mas o amor baseado em Deus permanece e amadurece com o tempo. Por isso precisamos
lutar contra essa visão descartável ensinada pelo mundo de que ”o amor
vale enquanto dura, enquanto um suporta o outro”.
”Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma
só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus
uniu, o homem não separe!” (Mc 10,7-8).
A Igreja nos chama à atenção para os tempos em que nós vivemos, no
qual se dissemina por toda parte a chamada: ”epidemia do divórcio”. O
casamento virou uma coisa descartável, a união sem compromisso de vida
parece que está em moda. E hoje nós olhamos para a Palavra de Deus, para
aquilo que o Evangelho nos propõe e perguntamos: “O casamento, segundo a
vontade de Deus, é impossível de ser vivido?” Impossível não, porque
nada é impossível para aquele que crê em Deus! Mas sabemos que não é
fácil construir uma vida a dois por toda a vida, porque isso exige
compromisso das duas partes, exige responsabilidade, fidelidade e
consciência das duas partes daquilo que se propuseram a viver.
Mas o que o Evangelho nos propõe não é uma ”utopia”, porque há muitos
casais que, mesmo em meio às lutas e aos desafios da vida, conseguem
levar a termo o seu casamento. Não quero jogar pedras em ninguém, nem
julgar, quanto menos condenar ninguém. Muito pelo contrário, quero
acolher com todo amor do meu coração as diversas realidades de casamento
de casais que lutaram, lutaram e, de repente, a união deles não deu
certo.
O que devemos fazer é propor o caminho, propor a direção da vida,
assim como nos propôs Nosso Mestre e Nosso Senhor Jesus Cristo. O
casamento é um compromisso para toda a vida. Por isso precisamos lutar,
justamente, contra essa visão descartável ensinada pelo mundo de que “o
amor vale enquanto dura, enquanto um suporta o outro”.
O amor se renova, se desdobra e recomeça, por isso se deve lutar por
ele! É importante que nós não percamos a visão neste mundo em que já não
vemos mais as coisas como Deus nos ensina.
Primeira coisa para conseguirmos isso: precisamos preparar melhor os
nossos jovens para que tenham consciência dos deveres e das obrigações
do matrimônio. Não podemos permitir que os nossos jovens vão para um
casamento, para uma união, para um compromisso a dois, sem a consciência
das responsabilidades que vêm com um matrimônio. É preciso fazê-los
entender que paixões passam, mas o amor permanece e amadurece com o
tempo.
Por outro lado, todos os casais, casados há um ano, há alguns meses,
dias ou há muitos anos, precisam ter sempre a consciência de que há a
necessidade de uma formação permanente para a vida matrimonial. E
buscarem ajuda de Deus, acima de tudo, pela oração; buscarem ajuda da
Igreja pelos ensinamentos dela, pela sua doutrina, e acreditarem que o
amor, quando é baseado e sustentado em Deus, pode prevalecer contra
todos os inimigos do matrimônio.
Deus abençoe você, seu casamento e sua família!
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