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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Juvenal Araújo lamenta aposentadoria de Barbosa: “Foi exemplo em todos os sentidos”



(site do PSDB )


29 de maio de 2014
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, anunciou hoje (29) que irá se aposentar em junho do cargo de ministro do STF. Em uma breve fala no início da sessão, diz que deixará o tribunal em seu momento mais criativo e de maior importância institucional.
“Tenho uma informação de ordem pessoal a trazer: decidi me afastar no STF no final de junho. Afasto-me não apenas da presidência, mas do cargo de ministro. Requererei o meu afastamento do serviço público após quase 41 anos. Tive a felicidade, a satisfação e a alegria de compor esta Corte no que é, talvez, o seu momento mais fecundo, de maior criatividade e de importância no cenário político institucional do nosso país. Sinto-me deveras honrado de ter feito parte deste colegiado e de ter convivido com diversas composições – e, evidentemente, com a atual composição do STF. Agradeço a todos, meu muito obrigado”, disse  Barbosa no plenário.
A trajetória de Joaquim Barbosa no Supremo começou em 2003, quando tornou-se o primeiro negro a ser nomeado para o tribunal. Mineiro da cidade de Paracatu, teve infância simples. Sua mãe era dona de casa e seu pai era pedreiro.
Após se mudar para Brasília, Barbosa cursou direito e ingressou por concurso no Ministério Público Federal. É Doutor e Mestre em Direito Público pela Universidade de Paris-II, professor licenciado Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro (UERJ), além de ser conferencista.
Com uma carreira extensa e um currículo respeitável, Barbosa tornou-se ainda mais conhecido nacionalmente após o julgamento do Mensalão que condenou os petistas Genoíno e José Dirceu e outros 22 envolvidos no processo.
Juvenal Araújo, Presidente do Tucanafro Brasil, avalia a vida de Barbosa como uma inspiração para o cidadão negro. “Joaquim é um grande exemplo para todos nós, pois prova que é possível vencer o racismo. Com muito esforço, luta e honestidade, é tido, por grande parte dos brasileiros, como um grande herói, pois não se corrompeu diante do poder”, comenta.
Juvenal ainda exalta a personalidade e o caráter de Barbosa de condenar lideranças do partido que o indicou para o cargo. “Os petistas esperavam um negro grato, de joelhos, beijando as mãos dos seus senhores. Queriam um Joaquim Barbosa doce como um negro forro, que se desfizesse em amabilidades com o seu ex-senhor. Felizmente, Barbosa olhou a lei e puniu quem deveria ser punido”, afirma.
Do Tucanafro

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