A
edição da revista Veja de 15 de janeiro de 2014, traz denuncia o ex- Ministro
Alfredo Nascimento. A revista alega que, em abril de 2013, logo depois de César
Borges assumir o Ministério dos Transportes, Nascimento emplacou um de seus
apadrinhados, Fábio Porto, como superintendente do DNIT no Amazonas, seu berço
eleitoral. Continua que o apadrinhado assim que empossado da inicio ao plano
milionário, sob o argumento de que era preciso preparar o porto para a Copa,
decidiu-se revitalizar o Porto de Manaus, não por acaso o único do país a faz
parte da estrutura do DNIT, numa (afirma a revista) “graciosa gentileza do
governo”, feita sob medida para atender Nascimento (como se refere a revista em
relação ao ex- ministro).
O
primeiro passo foi contratar uma empresa para elaborar o projeto de reforma. A
firma escolhida de acorda com a revista tinha em seus quadros, dois sobrinhos
do ex-ministro. A medida seguinte foi contratar um segunda empresa, agora para
realizar as obras. Para agilizar o processo, foi usado o Regime Diferenciado de
Contratação (RDC), que flexibiliza os mecanismos de controle nas concorrências.
Só uma construtora apareceu. A J. Nasser Engenharia teria pedido 79 milhões de
reais pelo serviço. De acordo com a revista a licitação chamou a atenção do
TCU, que resolveu examinar o processo. Além de encontrarem preços
superfaturados na casa de 9 milhões de reais, os auditores do tribunal
constataram graves falhas no edital.
Ainda,
segundo a revista, a J. Nasser Engenharia, não é uma empresa qualquer. O seu
dono, José Nasser, é um amigo de longa data de Alfredo Nascimento e vem a ser
também seu vizinho de porta. Continua a revista, O empresário é conhecido por
sua capacidade de ajudar os políticos amigos, embora o tamanho de sua
generosidade seja posto em dúvida pela turma do próprio Nascimento, como mostra
uma conversa gravada na qual um fiel aliado dos ex-ministro diz, em tom de
queixa, que “Nasser dá 5 como se desse 50”.
As
obras de revitalização do Porto de Manaus começaram, mas foram paralisadas
devido a liminares judiciais. Nada, entretanto, foi capaz de impedir Nascimento
de aumentar a influência no processo. Em novembro, ele conseguiu nomear o mesmo
Fábio Porto como o chefe da Autoridade Portuária no Porto de Manaus. Segundo a
revista, “combinação perfeita: a empresa onde trabalham os sobrinhos dos
ex-ministro faz o projeto, um vizinho de porta toca a obra e um afilhado
fiscaliza e cobra a execução do serviço”. Talvez ,continua a revista, isso
explique por que os partidos insistem tanto em ter seus nacos na administração,
conclui a revista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário