(site do MTE)
Cadastro revela em dezembro crescimento de 2,82% no estoque emprego e um aumento real de 2,59% no salário médio de admissão que alcançou R$ 1.104,12
O mercado formal de trabalho brasileiro gerou em 2013 um total de 1.117.171 empregos com carteira assinada, representando um crescimento de 2,82% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2012. Os dados são do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta terça-feira (21) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias.
Em dezembro,
tradicionalmente, em razão da forte presença de fatores sazonais
negativos (entressafra agrícola, término do ciclo escolar, fim das
festas do final do ano, fatores climáticos) que perpassa quase todos os
setores e subsetores, o nível de emprego teve redução de 449.444 postos
de trabalho (-1,10%), declínio menor que o ocorrido em dezembro de 2012
quando foram perdidas 496.944 postos de trabalho (- 1,27%). A queda de
dezembro originou-se de 1.094.522 admissões, e de 1.543.966,
desligamentos, ambos constituem o quarto maior resultado para o período .
Segundo avaliação da
equipe técnica do MTE, os dados de 2013 demonstram a continuidade do
movimento de expansão do emprego formal no país, ainda que tenha
ocorrido uma redução do ritmo de crescimento quando comparado aos anos
anteriores. Apesar da desaceleração apresentada em 2013, o mercado de
trabalho formal vem apresentando, pelo quinto mês consecutivo, um maior
dinamismo frente ao mesmo período do ano anterior
Para o ministro Manoel
Dias, o resultado de 2013, demonstra que o Brasil, mesmo com a
desaceleração, segue num movimento contínuo de geração de empregos. “Nos
últimos anos estamos mantendo uma geração contínua de empregos, numa
média de 1 milhão de empregos anuais. Além disso, tivemos um ganho real
de 42,91% no salário médio de admissão que passou de R$ 772,58 em 2003
para R$ 1.104,12 em 2013. Isso demonstra que o mercado de trabalho
brasileiro, mesmo com o país não tendo crescido o esperado, continua
gerando empregos. Somente no governo da presidenta Dilma foram 4,5
milhões de postos gerados, um crescimento de 10,23%”, acentuou o
ministro.
Análise por setor e geográfica
- Em termos setoriais, houve crescimento nos oito setores da economia,
com um melhor desempenho no setor de Serviços, com geração de 546.917
postos (+3,37%); seguido do Comércio, com 301.095 (+3,36%); Indústria de
Transformação, com 126.359 postos (1,54%) - resultado superior ao
registrado em 2012 (+86.406 postos); Construção Civil com 107.024 postos
(3,44%); Administração Pública, com 22.841 postos (2,62%) - melhor
resultado nos últimos quatro anos; Extrativa Mineral com 2.680 postos
(1,20%); e Agricultura que gerou 1.872 postos (0,12%)
Segundo análise por
recorte geográfico, ocorreu expansão generalizada do emprego em todas as
grandes regiões, com duas delas registrando desempenho mais favorável
em relação ao ano anterior. A região Sudeste gerou 476.495 postos
(+2,24%); a Sul com mais 257.275 postos (+3,64%), saldo superior ao
verificado em 2012 (+234.355 postos); a Nordeste com 193.316 postos (+
3,02%), resultado superior ao ocorrido em 2012 (+190.367 postos);
Centro-Oeste que criou 127.767 vagas (+4,23%); e a região Norte com mais
62.318 postos (+3,43%).
Quase todas as Unidades
da Federação apresentaram elevação do nível de emprego em 2013, com
destaque para São Paulo, +267.812 postos ou +2,14%; Rio de Janeiro,
+100.808 postos ou +2,67%; e Paraná, +90.349 postos ou +3,50%,
No conjunto das nove
Áreas Metropolitanas houve um crescimento de 2,02% em 2013,
representando a geração de 331.229 postos de trabalho. As áreas que mais
se destacaram, em termos absolutos, foram São Paulo, com geração de
129.401 postos ou +1,93% e Rio de Janeiro, com mais 72.827 postos ou
+2,54%.
Aumento na Renda -
Em 2013, os dados do Caged demonstram um crescimento nos salários
médios de admissãoem relação ao ano de 2012. O salário médio de admissão
passou de R$ 1.076,23 em 2012 para R$ 1.104,12 em 2013, um aumento real
de 2,59%, tomando como referência os salários médios dos respectivos
anos e o INPC médio.
Nos últimos 10 anos, os
salários médios de admissão saltou de R$ 772,58 em 2003 para R$ 1.104,12
em 2013, correspondendo a um aumento real de 42,91%. Nos últimos três
anos, o percentual de aumento foi da ordem de 10,75%, resultante da
elevação do salário médio de admissão de R$ 996,91 em 2010 para os
atuais R$ 1.104,12.
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