Segundo
titular da Susam, moradores do interior do Estado são totalmente
dependentes do sistema do SUS e sentirão as medidas do Ministério da
Saúde
Secretário da Susam, Wilson Alecrim, afirma que a redução no
orçamento vai piorar para quem depende somente da saúde pública
Quase
2 milhões de pessoas que vivem no interior do Amazonas dependentes do
Sistema Único de Saúde (SUS) devem ser afetadas, ainda neste ano, por
causa da redução de 50% dos recursos do Ministério da Saúde que foi
decretada no dia 22 do mês passado pelo governo federal.
O
titular da Secretaria Estadual de Saúde (Susam), Wilson Alecrim,
reforçou que de todos os Estados, a população do interior do Amazonas
terá mais dificuldades, pois são 100% dependentes do SUS e não há outros
meios alternativos como nas demais capitais do País.
Ao
todo, vão ser R$ 11, 774 bilhões que serão cortados do investimento da
saúde em todo o País. O decreto afirma que a redução vai aumentar a cada
ano, mas o secretário de saúde espera que o decreto passe por
alterações.
“Sabemos
das dificuldades e problemas que ainda existem no Sistema Único de
Saúde, mas a redução do nosso orçamento deve piorar e quem deve sentir
mais o impacto é a população do Amazonas, que no interior não tem meios
de atendimento particulares, são completamente dependentes do nosso
sistema”, reforçou.
Esses
recursos foram ementas colocadas a favor de cada deputado federal e
senadores. Cada ementa positiva atribuiu R$ 2,4 bilhões que totalizaram
R$ 11,774 bilhões em recursos que foram suspensos pelo governo federal.
Como
presidente do Conselho de Secretários de Saúde (Conass), entidade
representativa das Secretarias Estaduais de Saúde do Brasil, Wilson
Alecrim informou que nesta semana foi aprovada em assembleia um
manifesto chamado de “Carta à Nação”, onde tornaram público a
preocupação e a discordância da decisão de redução de 50% dos recursos
para área de saúde.
Alecrim
garantiu que a entidade vai pedir uma revisão da redução e solicitar
que a atitude seja direcionada para outras áreas que não atinjam a vida
da população.
“A
medida irá agravar ainda mais a situação do Sistema Único de Saúde
(SUS) que, reconhecidamente desfinanciado, luta por melhores condições
para atender a população brasileira. O governo federal tem que focar em
áreas que não envolva a saúde da população, pois quanto menos recursos
tivermos, mais dificuldades irão surgir”, explicou.
Retardamento
O
subfinanciamento por meio do Decreto 8.456, de 22 de maio de 2015 do
Sistema Único de Saúde (SUS) retarda todas as tentativas de aprimorar
seu desempenho nos seus 27 anos de existência, comprometendo as
estratégias definidas e o impedimento de cumprir os preceitos da
universalidade, integralidade e da equidade.
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