(Portal Acrítica)
Ação
de Investigação Judicial Eleitoral acusa Abraham Lincoln de ter doado
vaso sanitário e tratamento médico para pessoas carentes em troca de
votos. Ministério Público foi contrário à cassação
O
juiz eleitoral Celso Souza de Paula cassou, nesta sexta-feira (29), o
registro de candidatura do prefeito de Codajás Abraham Lincoln Dib
Bastos (PSD) e do vice-prefeito Jorge Amaral do Nascimento (PSDC) por
compra de votos e abuso de poder econômico nas eleições de 2012. A
decisão pode ser contestada, primeiro em Codajás, e depois no Tribunal
Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).
De
autoria da coligação “União de Todos”, a Ação de Investigação Judicial
Eleitoral acusa Abraham Lincoln de ter doado vaso sanitário e tratamento
médico para pessoas carentes em troca de votos. À justiça, a moradora
Tabita Luana da Silva de Souza disse que o prefeito a levou para Manaus
para tratamento de sua filha na clínica Olhos Klínica, e que ele pagou
sua passagem para Manaus e a consulta médica.
“A
mencionada senhora também disse que foi procurada por um representante
do candidato a prefeito lhe oferecendo dinheiro para que não divulgasse a
história da consulta”, diz um trecho da decisão.
Outra
moradora, Marileide Matos da Silva, afirmou no processo que a mulher de
Abraham Lincoln, Elielza, procurou-a e lhe deu canos e um vaso
sanitário, além de comida, em troca de voto. “As duas narrativas são
claras e bem detalhadas, dando conta do abuso de poder econômico
utilizado em desfavor do equilíbrio da disputa eleitoral no município de
Codajás”, diz o magistrado em sua setença.
O
Ministério Público Eleitoral (MPE) manifestou-se contrário à condenação
do prefeito. O juiz Celso de Paula é lotado em Anamã e foi designado
para julgar esse caso pela presidente do TRE-AM, desembargadora Socorro
Guedes.
Outra cassação
Em maio de 2013, Abraham Lincoln teve seu registro de candidatura cassado
porque ele não teria prestado contas de recursos recebidos de um
convênio com o com o FNDE. Entretanto, em agosto do mesmo ano, o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "descassou" o prefeito.
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