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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Feira de ciências de escola municipal mostra como reaproveitar o lixo eletrônico



(site prefeitura de Manaus)


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Alunos do 5º ano da Escola Municipal Carlos Gomes, localizada na Compensa, zona Oeste, fizeram uma apresentação, na manhã desta quinta-feira, 30, para os demais estudantes da unidade de ensino, do ‘Artetrônica’, projeto de reutilização de lixo eletrônico que vai ser o tema do time de robótica do colégio no torneio internacional First Lego League, que será realizado em Manaus no mês de novembro.

A ideia é usar carcaças de computadores, mouses em desuso, CPUs, monitores e placas como matéria-prima na confecção de brinquedos. Os 30 alunos da classe fizeram pesquisas e com a ajuda do professor trabalharam na construção dos objetos, que ficaram expostos em uma mesa na sala de aula.

Um dos que mais chamou a atenção foi um escorpião feito de mouse e o porta-retrato confeccionado com teclado de computador. A aluna Milena Gomes Barbosa, 11, foi quem deu a ideia do tema. Ela explicou que mexendo na internet viu vídeos no YouTube mostrando como transformar lixo em arte.

“Tivemos a ideia de começar com isso porque eu ficava triste quando via nas ruas o lixo todo jogado e eu sabia que poderia aproveitá-lo de alguma forma. Foi quando falei para a professora para fazermos essa feira de ciências sobre o lixo eletrônico, criando robôs e outros brinquedos”, explicou.

A caçula da equipe, Julia Fernandes, tem apenas nove anos, mas possui a desenvoltura de gente grande. Ela explicou aos visitantes a importância de dar destinação correta para o lixo eletrônico e como ele pode ser usado para a brincadeira das crianças.

“Eu sou a única aluna do 4º ano que participa do time de robótica. Agora eu sei que a feira é um bom meio de conscientizar as pessoas de que não devem jogar lixo eletrônico nas ruas porque causam doenças. Além disso, não é muito difícil pegar uma CPU e dar o descarte correto ou transformar em algo legal”, disse.

Melhoria no Ideb
De acordo com o diretor da escola, Zacarias Santos, atividades que desenvolvem conhecimento extraclasse atraem o interesse dos alunos e criam um ambiente lúdico, ajudando na melhoria das notas. “A escola tem melhorado bastante no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e nós estamos muito próximos de ultrapassar a meta que está estipulada para esse ano. Todo esforço foi feito dentro da escola para oferecer outras metodologias e atividades que chamem a atenção dos alunos para que eles venham à escola com interesse de elevar o conhecimento. Conseguimos isso por causa dessas dinâmicas como a feira de ciências”, observou.

Santos disse, ainda, que a escola trabalha para despertar na criança essa nova realidade contemporânea. “Infelizmente, quando esse material fica obsoleto as pessoas dão o descarte errado e trabalhando esse tema dentro da escola, trabalho o raciocínio do aluno e a concentração dele, além de despertar o interesse de cada um pela engenharia”, orientou.

Texto: Thiago Botelho
Fotos: Lton Santos

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