(site do governo do Amazonas)
O
Amazonas foi habilitado pelo Ministério da Saúde a ampliar o Programa
de Triagem Neonatal, ofertado na rede pública de saúde. Com a
habilitação, obtida pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam), será
possível, através do chamado Teste do Pezinho, diagnosticar
precocemente, tratar e acompanhar um número maior de doenças congênitas
em recém-nascidos.
“O
Estado agora está credenciado e habilitado em todas as fases do Programa
Nacional de Triagem Neonatal, ampliando este procedimento preventivo,
que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas ou
infecciosas”, destaca o secretário estadual de Saúde, Wilson Alecrim.
O
secretário explica que, até o último mês de dezembro, o Amazonas estava
na chamada Fase II do programa, em que o Teste do Pezinho pode
identificar doenças congênitas como a fenilcetonúria; hipotireoidismo
congênito; doenças falciformes e outras hemoglobinopatias. Com a
habilitação obtida, a rede pública estadual de saúde passará a executar
também os procedimentos referentes às fases III e IV, que contemplam
doenças como a fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e
deficiência de biotinidase.
Histórico -
O Programa de Triagem Neonatal começou a ser implantado no Sistema
Único de Saúde em junho de 2001, com a finalidade de triar, acompanhar e
tratar os recém-nascidos portadores de doenças congênitas. No Amazonas,
o programa existe desde setembro de 2001 e é composto por duas equipes
de atendimento: uma multidisciplinar ambulatorial e outra laboratorial
para realização das coletas para a triagem.
Referência -
A Maternidade Balbina Mestrinho é a unidade de referência para o
atendimento e acompanhamento aos pacientes portadores de hipotireoidismo
congênito e fenilcetonúria. A Fundação de Hematologia e Hemoterapia do
Amazonas (Hemoam) é a referência no atendimento e acompanhamento para as
doenças falciformes e outras hemoglobinopatias. É também na Fundação
Hemoam que funciona o Laboratório de Triagem Neonatal, referência na
análise do Teste do Pezinho para toda a Região Norte.
Policlínica Codajás -
De acordo com Wilson Alecrim, a previsão é de que o serviço operacional
e ambulatorial para acompanhamento e tratamento para fibrose cística,
hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase
(correspondentes às fases III e IV da Triagem Neonatal), seja implantado
na Policlínica Codajás, que já foi inclusive visitada pela Consultoria
Técnica do Ministério da Saúde.
“Estamos
ultimando as providências para a formação da equipe de atendimento, que
inclui profissionais como pneumopediatra, gastroenterologista pediatra,
fisitoterapeuta, nutiricionista, psicólogo, assistente social e equipe
de enfermagem”, disse Alecrim. Como já acontece em relação às fases
anteriores do programa, a parte de diagnóstico terá como referência o
Laboratório de Triagem Neonatal da Fundação Hemoam.
O teste –
O “Teste do Pezinho” é realizado em postos de coleta em todo o Estado,
tanto na capital, quanto no interior. As amostras coletadas são enviadas
ao laboratório de referência do Hemoam, para análise. O resultado sai
em duas semanas, em média. Quando detectada alguma anormalidade, o
recém-nascido é encaminhado para o Serviço de Referência em Triagem
Neonatal, que oferece atendimento multidisciplinar adequado aos
pacientes.
O
período preconizado pelo Ministério da Saúde para a coleta do exame é do
3º ao 5º do nascimento. “Deve-se evitar ultrapassar esse prazo, mas a
orientação é que, mesmo após o período preconizado, a mãe não deixe de
procurar o posto do coleta para orientação e realização do exame no
bebê”, diz Rosiane. Quanto mais cedo o diagnóstico dessas anormalidades,
melhor para o tratamento do bebê para evitar sequelas como distúrbios
do metabolismo, retardo mental, doenças irreversíveis do sangue, entre
outras detectáveis no teste do pezinho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário