Em relação às notícias divulgadas nesta
quinta-feira (9/1) sobre o estudo da organização Agência Pública, que
comparou os recursos federais para a saúde e educação com os
financiamentos destinados às arenas e outros gastos nas cidades que
receberão os eventos da Copa do Mundo de 2014, entre 2010 e 2013, a
Controladoria-Geral da União (CGU) informa que:
1. Os dados apresentados no estudo e refletidos
nas reportagens sobre gastos em saúde e educação são incompletos e as
comparações feitas com financiamentos são descabidas.
2. No tocante aos gastos federais para a saúde e
educação, o Portal da Transparência reflete as funções na forma como
estão apresentadas no Sistema Integrado de Administração Financeira
utilizado pelo Governo Federal, o Siafi, que não reúne todos os gastos
sob um mesmo título. A fim de levantar a totalidade dos valores
investidos pelo Governo nas áreas mencionadas, é preciso considerar
outros gastos e transferências que fazem parte dessas áreas, mas que
não estão classificadas nessas categorias. Assim, existem
transferências realizadas pelo Governo Federal que não estão incluídas
na função “Educação”, como, por exemplo, o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais
da Educação, o Fundeb, que está classificado no orçamento como
“Encargos Especiais”. Só em 2013, o Fundo transferiu mais de R$ 1,3
bilhão para os municípios-sede da Copa, e mais de R$ 31 bilhões entre
os estados e municípios brasileiros.
3. Além das transferências a Estados e
municípios para as áreas de educação e saúde, o Governo Federal também
aplica recursos nessas áreas diretamente. Só o Fundo Nacional de Saúde
(FNS) aplicou R$ 17 bilhões no País. Também são feitos gastos diretos
nas Universidades Federais, tanto em obras e equipamentos, como em
bolsas de pesquisa e residência médica, além da Assistência Financeira
para a Realização de Serviços Públicos de Educação do Distrito Federal,
entre outros.
4. Além disso, a reportagem compara recursos de
naturezas completamente distintas, tais como empréstimos do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que retornam ao
banco no momento de sua quitação, com transferências de recursos
orçamentários.
5. Dessa forma, os valores da reportagem não refletem a realidade, o que distorce completamente suas conclusões.
6. Por fim, a CGU esclarece que não foi
procurada pela organização responsável pelo estudo, nem pelos veículos
que noticiaram a pesquisa, para oferecer os esclarecimentos
necessários.
Assessoria de Comunicação Social
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