(portal Acrítica)
Uma
confusão por espaço de propaganda eleitoral na avenida Djalma Batista,
bairro Chapada, Zona Centro-Sul de Manaus, na tarde desta quarta-feira
(3) terminou com os envolvivos sendo ouvidos pela PF e flagrante por
porte ilegal de arma de fogo
A
disputa por pontos de propaganda eleitoral levou os grupos de cabos
eleitorais de Eduardo Braga (PMDB) e José Melo (Pros) para o
desentendimento e acabaram sendo levados para sede da Polícia Federal,
localizado no bairro Dom Pedro, na Zona Centro-Oeste, na tarde desta quarta-feira. Em
meio a confusão a polícia apreendeu uma pistola que estava no interior
do veículo do advogado Acram Salameh Isper Júnior, 32 anos,
representante do PMDB. O incidente ocorreu na avenida Djalma Batista, no
bairro Chapada, Zona Centro-Sul.
Dois
cabos eleitorais da coligação ‘Mais por nossa Gente’ do governador Melo
foram levados para assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO)
na sede da PF. Já Acram Isper Jr. assinou um flagrante por porte ilegal
de arma de fogo no 12º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde o
crime foi registrado.
Confusão
Segundo
informações de Marco Aurélio Choy, advogado da coligação ‘Renovação e
Experiência’, de Eduardo Braga, Acram Junior transitava pela avenida
Djalma Batista em seu carro por volta das 12h quando avistou partidários
do José Melo afixando placas em propriedade particular. Tal propriedade
já estava repleta de materiais de campanha do candidato Eduardo Braga
(PMDB), segundo Choy.
Ainda
segundo o advogado, Acram teria se dirigido aos presentes e explicado
que aquilo configurava crime eleitoral. Neste momento, os ânimos se
exaltaram e a diferença nas versões iniciou.

Christian
Mendes, advogado da coligação ‘Fazendo Mais por Nossa Gente’, de Melo,
disse que Acram, com uma pistola na cintura, acompanhado de outro homem
não identificado fizeram ameaças aos cabos eleitorais. “Nosso pessoal
estava colocando as placas e eles chegaram ‘alterando’. Temos
autorização para colocar as placas naquele local, e mesmo que não
tivéssemos isso não implicou crime eleitoral. Se eu vou até sua casa e
você diz que não quer placas lá, nós vamos embora. Eles exageraram”,
comentou Mendes.
Acram
Isper contatou funcionários da Justiça Eleitoral que por sua vez
chamaram policiais militares locados na 22º Companhia Interativa
Comunitária (Cicom) para atender a ocorrência.
Quando
chegaram ao local, os policiais ouviram a denúncia de Acram e
concordaram em levar o caso à Polícia Federal. No entanto, o Tenente
Suleiman confirmou que o advogado escondia uma pistola em uma mochila no
interior do carro, a qual tentou retirar do veículo sem que os PM's
percebessem. O policial também efetuou o flagrante por porte ilegal de
arma de fogo.
Ao
todo, sete pessoas foram ser ouvidas na PF: dois partidários do
candidato Melo, Acram Isper Junior, o oficial tenente Suleman, e três
soldados, lotados na mesma unidade. As oitivas foram conduzidas pelo
delegado Fábio Pessoa.
Marco
Aurélio Choy informou que a arma tinha licença para transporte, no
entanto, segundo Christian Mendes, neste caso, o uso configurou porte
ilegal. “Ter transporte de arma de fogo significa levá-la dentro de seu
carro e sem munição. O rapaz a portava na cintura e com munição, como
nossos cabos eleitorais me informaram”, disse.
Caso acompanhado
O
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Amazonas (OAB/AM),
Alberto Simonetti Júnior, e o advogado da coligação “Renovação e
Experiência” e Marco Aurélio Choy foram à PF para acompanhar o caso.

Choy
se disse decepcionado com a conduta dos partidários de Melo e disse
esperar que ela seja um caso isolado. Ele ainda manifestou o desejo de
que os autores respondam criminalmente. “O Acram veio à PF na condição
de testemunha do caso, não como acusado. O terreno é de um cliente que
havia autorizado a colocação de material de campanha de nossa coligação.
Infelizmente aconteceu esta situação”, disse Choy.
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