(portal Acrítica)
Um ex-diretor da Petrobras entregou o envolvimento de parlamentares, ex-governadores e outros políticos em esquema de pagamento de propina na petroleira estatal, considerado agora um escândalo político tão grave quanto o Mensalão
O
ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto
Carvalho, classificou como “boataria” as denúncias de envolvimento de
parlamentares em esquema de pagamento de propina na Petrobras. Segundo, o
ministro, as acusações têm caráter eleitoreiro.
“Não
posso tomar como denúncia contra a base aliada uma boataria de um
vazamento sobre um procedimento que não sei qual é. Só vamos falar
depois que houver o inteiro teor das denúncias”, disse ao final do
desfile de 7 de Setembro. “Estão tentando usar a notícia de delação
premiada para, no desespero, mudar o rumo da campanha. O vazamento é
sempre condenável”, completou.
Para
Carvalho, só após a confirmação das denúncias o governo fará a apuração
do caso. “As apurações serão feitas como sempre ocorreram”, afirmou.
O
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, lembrou que o inquérito
corre em sigilo, mas que as apurações estão sendo feitas. “É importante
que se faça a investigação e se esclareça. O inquérito corre em sigilo,
portanto não se pode fazer nenhuma valoração a respeito. A Polícia
Federal, em conjunto com o Ministério Público, está fazendo as apurações
dentro daquilo que a lei determina”, disse.
Denúncias publicadas na revista Veja desta
semana afirmam que o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras
Paulo Roberto Costa revelou, por meio da delação premiada, nomes de mais
de 30 pessoas, entre parlamentares, ministros e ex-governadores que
teriam participado do esquema. Os políticos teriam recebido 3% de
comissão sobre o valor dos contratos da Petrobras durante a gestão de
Paulo Roberto, que está preso desde junho.
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