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segunda-feira, 21 de março de 2016

Em Manaus, 66,7% dos eleitores querem o impeachment de Dilma




(Portal Acrítica)

Pesquisa de opinião revela que maior parte da população da capital amazonense não quer mais a petista como Presidente da República; 80,5% entrevistados desaprova a nomeação de Lula para a Casa Civil

Ao todo,  16 movimentos estavam presentes na manifestação, entre eles Amazonas em Ação, Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua
Na semana passada, movimentos oriundos de redes sociais foram às ruas protestar pedindo a prisão de Lula e a renúncia de Dilma (Evandro Seixas)
 
Quase 67% da população de Manaus acima dos 18 anos de idade apóia a retirada da presidente Dilma Rousseff (PT) do comando do País, segundo pesquisa realizada pela empresa Action. A sondagem apontou que 66,7% dos entrevistados são favoráveis ao impeachment da petista, 27,3% manifestaram-se contra e 6% ainda não têm uma posição definida sobre o assunto.
Encomendada por A Crítica, a consulta ouviu 999 pessoas nas seis zonas geográficas da cidade para levantar a opinião a respeito do impeachment, da nomeação de Lula (PT) para ministro da Casa Civil – já suspensa – e a expectativa dos entrevistados sobre as investigações do ex-presidente pela Justiça. A coleta de dados foi realizada sexta (18) e na quinta-feira (17).
Entre o público masculino, o desejo de ver Dilma fora do cargo é maior. A pesquisa indicou que 70,5% dos homens são a favor do impeachment, 23,5% refutam a medida e 6% disseram que não sabem. Entre as mulheres essa diferença reduz: 62,9% das entrevistadas dizem “sim” ao impedimento da presidente, 31,1% são contra e 6% estão indecisas.
Em todas as faixas etárias consultadas, a maioria é favorável à perda do cargo da presidente. A maior rejeição da petista ocorre entre os jovens de 18 a 25 anos: 74,3% apóiam o impeachment, 20% são contra e 5,7% não têm opinião formada sobre o caso. Entre a população dos 26 aos 35 anos, 71,1% querem mudança na chefia do Executivo Federal, 20,6% têm opinião diferente e 8,3% não sabem.
A distância entre as pessoas pró e contra o impeachment cai entre os cidadãos com 51 anos ou mais. Nessa faixa etária 56,4% defendem a adoção da medida, enquanto 30,9% são contrários. Nesse segmento da população o número de indecisos também é o mais elevado: 12,7% não quiseram opinar.
Na população com formação universitária, 71,1% disseram sim ao processo que pode encerrar o mandato da petista, contra 27,9% e apenas 1% que não assumiram posição. No público com ensino médio, a aprovação do impedimento agrada a 67,1%, contra 25,4%. No meio daqueles que só possuem o ensino fundamental 55,9% querem a saída de Dilma, mas 33,9% não defendem essa ideia.
Entre os pobres, parcela mais beneficiada com os programas sociais do governo petista com projetos com o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, a defesa do impeachment é a mais elevada do que em outras faixas de renda. Dos entrevistados com renda familiar entre um e três salários mínimos, 71% querem que o Congresso retire Dilma do posto. Esse desejo foi expresso também por 67,9% das pessoas com ganhos de até um salário mínimo. Acima dos cinco salários mínimos, 65,3% apóiam a medida, e 29,3% são contrários.
Nomeação
Do total de entrevistados 80,5% desaprovam a nomeação do ex-presidente Lula para a chefia da Casa Civil. Essa opinião é partilhada pela maioria esmagadora dos entrevistados por gênero, faixa etária, grau de instrução, renda familiar e zona da cidade onde mora. Entre as mulheres, 80,2% reprovaram a ida de Lula para o ministério. Ideia também expressa por 77,7% dos homens e 90% dos jovens entre 18 e 25 anos.
O foro privilegiado dado a Lula também foi criticado por 82,2% das pessoas com renda familiar de até um salário mínimo por mês e por 82,3% daqueles que ganham de três a cinco salários mínimos mensais. Além dos que recebem de um a três salários mínimos (77,5%) e os acima de cinco salário mínimos (77,3%).
Ao serem perguntados se a acreditam que a Justiça aplicará algum tipo de punição a Lula, 47,7% dos entrevistados afirmaram que o caso vai dar em nada. Outros 38,5% disseram que acreditam que haverá punição, 9,6% tem certeza que isso ocorrerá e 4,2% não sabem.
Semana teve uma 'bomba' atrás da outra
Domingo - 13
Milhões de brasileiros foram às ruas em diversas capitais pedindo o fim da corrupção e a saída da presidente Dilma Rousseff. A mobilização foi reflexo da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor na Polícia Federal sob suspeita de ter se favorecido com dinheiro desviado.
Segunda-feira – 14
Com as manifestações nas ruas, a possibilidade de impeachment da presidente ganhou força. Também se fortaleceu o risco de que o ex-presidente Lula fosse preso, já que um pedido de prisão contra o petista foi feito pelo Ministério Público de São Paulo e encaminhado ao juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato. A defesa de Lula pede ao STF que investigação do petista continue a cargo do MP de São Paulo, na tentativa de escapar do juiz Moro. Acuado, Lula começou a avaliar a possibilidade de assumir um ministério no Governo Dilma Rousseff, obtendo, assim, foro privilegiado.
Terça-feira – 15
Foi homologada a delação premiada do senador Delcídio Amaral (agora sem partido/MS). E o depoimento não poderia ser mais bombástico. Sobrou para Lula, Dilma, o vice-presidente Michel Temer, o deputado federal Alfredo Nascimento, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o do Senado, Renan Calheiros, entre outros.
Quarta-feira – 16
Percebendo que o risco de prisão cada vez mais perto com o pedido nas mãos do juiz Sérgio Moro, Lula aceita ser o ministro-chefe da Presidência da República. Para oposição, a nomeação do ex-presidente não passa de uma manobra para obter foro privilegiado e evitar uma eventual ordem de prisão. O cenário se complica quando Sérgio Moro divulga gravações de escutas telefônicas entre Dilma e Lula. Opositores interpretam que a presidente estaria mesmo tentando blindar Lula. Manifestações ocorrem em 16 capitais contra nomeação de Lula e pedindo o impeachment de Dilma.
Quinta-feira – 17
Lula toma posse na Casa Civil, mas posse fica sem efeito por força de duas liminares concedidas por juízes federais. Manifestantes tomam a avenida Paulista para protestar contra a posse do ex-presidente. Na Câmara, deputados instalam a comissão processante que vai avaliar o pedido de impeachment.
Sexta-feira – 19
Pelo menos 1,2 milhão de pessoas vão às ruas de 55 cidades brasileira em todos os Estados para prestar apoio à presidente Dilma e a Lula. Uma guerra de liminares impede que Lula seja efetivado como ministro-chefe da Casa Civil. À noite, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, decide suspender os efeitos da posse de Lula. Fica nas mãos do plenário do Supremo decidir se nomeação de Lula é legal ou não. Na Câmara dos Deputados, parlamentares se apressam para dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente.

 


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