(Portal Acrítica)
Pesquisa de opinião revela que maior parte da população da capital amazonense não quer mais a petista como Presidente da República; 80,5% entrevistados desaprova a nomeação de Lula para a Casa Civil
Na semana passada, movimentos oriundos de redes sociais foram às
ruas protestar pedindo a prisão de Lula e a renúncia de Dilma
Quase
67% da população de Manaus acima dos 18 anos de idade apóia a retirada
da presidente Dilma Rousseff (PT) do comando do País, segundo pesquisa
realizada pela empresa Action. A sondagem apontou que 66,7% dos
entrevistados são favoráveis ao impeachment da petista, 27,3%
manifestaram-se contra e 6% ainda não têm uma posição definida sobre o
assunto.
Encomendada por A Crítica,
a consulta ouviu 999 pessoas nas seis zonas geográficas da cidade para
levantar a opinião a respeito do impeachment, da nomeação de Lula (PT)
para ministro da Casa Civil – já suspensa – e a expectativa dos
entrevistados sobre as investigações do ex-presidente pela Justiça. A
coleta de dados foi realizada sexta (18) e na quinta-feira (17).
Entre
o público masculino, o desejo de ver Dilma fora do cargo é maior. A
pesquisa indicou que 70,5% dos homens são a favor do impeachment, 23,5%
refutam a medida e 6% disseram que não sabem. Entre as mulheres essa
diferença reduz: 62,9% das entrevistadas dizem “sim” ao impedimento da
presidente, 31,1% são contra e 6% estão indecisas.
Em
todas as faixas etárias consultadas, a maioria é favorável à perda do
cargo da presidente. A maior rejeição da petista ocorre entre os jovens
de 18 a 25 anos: 74,3% apóiam o impeachment, 20% são contra e 5,7% não
têm opinião formada sobre o caso. Entre a população dos 26 aos 35 anos,
71,1% querem mudança na chefia do Executivo Federal, 20,6% têm opinião
diferente e 8,3% não sabem.
A
distância entre as pessoas pró e contra o impeachment cai entre os
cidadãos com 51 anos ou mais. Nessa faixa etária 56,4% defendem a adoção
da medida, enquanto 30,9% são contrários. Nesse segmento da população o
número de indecisos também é o mais elevado: 12,7% não quiseram opinar.
Na
população com formação universitária, 71,1% disseram sim ao processo
que pode encerrar o mandato da petista, contra 27,9% e apenas 1% que não
assumiram posição. No público com ensino médio, a aprovação do
impedimento agrada a 67,1%, contra 25,4%. No meio daqueles que só
possuem o ensino fundamental 55,9% querem a saída de Dilma, mas 33,9%
não defendem essa ideia.
Entre
os pobres, parcela mais beneficiada com os programas sociais do governo
petista com projetos com o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, a
defesa do impeachment é a mais elevada do que em outras faixas de renda.
Dos entrevistados com renda familiar entre um e três salários mínimos,
71% querem que o Congresso retire Dilma do posto. Esse desejo foi
expresso também por 67,9% das pessoas com ganhos de até um salário
mínimo. Acima dos cinco salários mínimos, 65,3% apóiam a medida, e 29,3%
são contrários.
Nomeação
Do
total de entrevistados 80,5% desaprovam a nomeação do ex-presidente
Lula para a chefia da Casa Civil. Essa opinião é partilhada pela maioria
esmagadora dos entrevistados por gênero, faixa etária, grau de
instrução, renda familiar e zona da cidade onde mora. Entre as mulheres,
80,2% reprovaram a ida de Lula para o ministério. Ideia também expressa
por 77,7% dos homens e 90% dos jovens entre 18 e 25 anos.
O
foro privilegiado dado a Lula também foi criticado por 82,2% das
pessoas com renda familiar de até um salário mínimo por mês e por 82,3%
daqueles que ganham de três a cinco salários mínimos mensais. Além dos
que recebem de um a três salários mínimos (77,5%) e os acima de cinco
salário mínimos (77,3%).
Ao
serem perguntados se a acreditam que a Justiça aplicará algum tipo de
punição a Lula, 47,7% dos entrevistados afirmaram que o caso vai dar em
nada. Outros 38,5% disseram que acreditam que haverá punição, 9,6% tem
certeza que isso ocorrerá e 4,2% não sabem.
Semana teve uma 'bomba' atrás da outra
Domingo - 13
Milhões
de brasileiros foram às ruas em diversas capitais pedindo o fim da
corrupção e a saída da presidente Dilma Rousseff. A mobilização foi
reflexo da condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva para depor na Polícia Federal sob suspeita de ter se favorecido
com dinheiro desviado.
Segunda-feira – 14
Com
as manifestações nas ruas, a possibilidade de impeachment da presidente
ganhou força. Também se fortaleceu o risco de que o ex-presidente Lula
fosse preso, já que um pedido de prisão contra o petista foi feito pelo
Ministério Público de São Paulo e encaminhado ao juiz Sérgio Moro, da
Operação Lava Jato. A defesa de Lula pede ao STF que investigação do
petista continue a cargo do MP de São Paulo, na tentativa de escapar do
juiz Moro. Acuado, Lula começou a avaliar a possibilidade de assumir um
ministério no Governo Dilma Rousseff, obtendo, assim, foro privilegiado.
Terça-feira – 15
Foi
homologada a delação premiada do senador Delcídio Amaral (agora sem
partido/MS). E o depoimento não poderia ser mais bombástico. Sobrou para
Lula, Dilma, o vice-presidente Michel Temer, o deputado federal Alfredo
Nascimento, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o do Senado, Renan
Calheiros, entre outros.
Quarta-feira – 16
Percebendo
que o risco de prisão cada vez mais perto com o pedido nas mãos do juiz
Sérgio Moro, Lula aceita ser o ministro-chefe da Presidência da
República. Para oposição, a nomeação do ex-presidente não passa de uma
manobra para obter foro privilegiado e evitar uma eventual ordem de
prisão. O cenário se complica quando Sérgio Moro divulga gravações de
escutas telefônicas entre Dilma e Lula. Opositores interpretam que a
presidente estaria mesmo tentando blindar Lula. Manifestações ocorrem em
16 capitais contra nomeação de Lula e pedindo o impeachment de Dilma.
Quinta-feira – 17
Lula
toma posse na Casa Civil, mas posse fica sem efeito por força de duas
liminares concedidas por juízes federais. Manifestantes tomam a avenida
Paulista para protestar contra a posse do ex-presidente. Na Câmara,
deputados instalam a comissão processante que vai avaliar o pedido de
impeachment.
Sexta-feira – 19
Pelo
menos 1,2 milhão de pessoas vão às ruas de 55 cidades brasileira em
todos os Estados para prestar apoio à presidente Dilma e a Lula. Uma
guerra de liminares impede que Lula seja efetivado como ministro-chefe
da Casa Civil. À noite, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal
Federal, decide suspender os efeitos da posse de Lula. Fica nas mãos do
plenário do Supremo decidir se nomeação de Lula é legal ou não. Na
Câmara dos Deputados, parlamentares se apressam para dar prosseguimento
ao processo de impeachment da presidente.
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