(Portal Acrítica)
Na
delação, Delcídio teria afirmado que a presidenta Dilma Rousseff e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinham conhecimento do esquema
de corrupção na Petrobras
O novo
relator da representação contra o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) no
Conselho de Ética do Senado, Telmário Mota (PDT-RR), disse nesta
quinta-feira (3) que, se confirmada a delação premiada de Delcídio, a
cassação do parlamentar poderá ser acelerada: "Acho que sim", respondeu.
A
revista Isto É publicou hoje (3) reportagem em que afirma que o senador
teria firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público
Federal (MPF). Na delação, segundo a reportagem, Delcídio teria afirmado
que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva tinham conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras.
Mota,
que tem até quarta-feira (9) para entregar o relatório prévio à
comissão, feito com base nas explicações já dadas por Delcídio ao
colegiado, disse que está inteiramente dedicado ao caso. “Se ele fez a
delação premiada, é réu confesso. E réu confesso é com a Justiça. Se o
cara é réu confesso, depõe contra si mesmo. Estou debruçado nos autos,
estudando”, disse.
O
relator disse que não falou com o senador investigado nos últimos dias e
que as conversas entre eles agora “serão de forma transparante, apenas
por meio de documentos”.
Sobre
possíveis pressões de colegas para amenizar a situação do parlamentar,
Telmário afirmou que se acontecerem não vai ceder. “Não aceito esse tipo
de pressão. Não há nada no mundo que me faça aceitar. Vou agir na
legalidade e com a minha consciência. Não há perigo de eu sofrer
influência”, garantiu.
O
relator disse ainda que, como vice-líder do governo, atua para defender
temas importantes para o país e “não para proteger ninguém”. “Fui
eleito sem grupo político e financeiro, combatendo a corrupção. Não
serei passivo a tudo isso. Não vou passar a mão na cabeça de ninguém”,
disse.
O senador pedetista foi sorteado ontem (2) relator do caso
Delcídio no Conselho de Ética, depois que o relator anterior do caso,
senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), foi impugnado por seu partido por
ter manifestado apoio à representação que deu início ao caso no
conselho.
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