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quarta-feira, 16 de março de 2016

Professores fazem manifestação em Manaus e no interior do AM por reajuste salarial



(Portal Acrítica)


A categoria cobra o cumprimento da data base 2015 e 2016 e a implantação de um plano de saúde, prometido pelo governador José Melo no ano passado. Um novo ato está previsto para 14h desta terça (15), na frente da sede sa Seduc

As principais reivindicações da categoria são a implantação do Plano de Saúde e reajuste salarial com a reposição das perdas inflacionárias dos últimos dois anos
As principais reivindicações da categoria são a implantação do Plano de Saúde e reajuste salarial com a reposição das perdas inflacionárias dos últimos dois anos (Antônio Menezes)
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) vai realizar na tarde desta terça-feira (15), às 14h, um ato público em frente à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), localizada no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus, para cobrar o cumprimento da data base 2015 e 2016 e a implantação de um plano de saúde, prometido pelo governador José Melo no ano passado.

De acordo com o presidente do Sinteam, Marcus Libório, a diretoria da entidade já se encontra na sede da Seduc cumprindo agenda de paralisação, que iniciou ontem em Manacapuru, e só sairá de lá com um compromisso oficial do Governador do Estado, José Melo, em receber o sindicato.

Nessa terça-feira, trabalhadores da rede estadual de ensino promovem uma paralisação didática em escolas da capital e do interior do Estado. As principais reivindicações da categoria são a implantação do Plano de Saúde e reajuste salarial com a reposição das perdas inflacionárias dos últimos dois anos.

Até o momento, profissionais dos municípios de Boa Vista dos Ramos, Urucará, Manaquiri, Itapiranga e da capital aderiram ao movimento. Eles foram para as escolas, mas não deram aulas, apenas explicaram o motivo da paralisação didática aos alunos e os pais. A manifestação deve se prolongar o dia todo.

Além do sindicato, a Associação Movimento de Luta dos Professores de Manaus (Asprom) também realizou manifestação nessa manhã. Em torno de 1,5 professores saíram em passeata da Secretaria Municipal de Educação (Semed), na avenida Mário Ypiranga, Zona Centro-Sul, até a Assembleia Legislativa, localizada na mesma via, onde participam de uma Sessão de Tempo proposta por um deputado da casa.

De acordo com o membro da coordenação e mobilização da Asprom, Ivan Nascimento, os professores vão expor aos deputados a situação que enfrentam. “Estamos aqui para falar das nossas reivindicações porque nós da rede estadual estamos há dois anos sem reposição da inflação. O governo não respeitou a data-base do ano passado e esse ano diz que está em crise e que não dará nenhum centavo também”, revela.

Com isso, segundo Nascimento, o prejuízo mensal de cada professor é proporcional a sua carga horária de forma que, um professor com carga horária de 20h, perde anualmente R$ 3 mil, um com 40h, perde R$ 7 mil e aqueles com 60h perdem mais de R$ 10 mil. “Esse é o nosso roubo. Agora se o governo não tem dinheiro porque nós professores é que temos que pagar a conta?”, argumentou.

Em nota, a Seduc informou que as reivindicações apresentadas pelo Sinteam já vêm sendo discutidas por uma comissão paritária que foi instituída pelo Governo do Estado. Esta comissão, que conta com a participação de representantes sindicais, tem como atribuição discutir e projetar melhorias para os servidores da Educação Estadual. Conforme a pasta, tais melhorias estão sendo projetadas levando em consideração as prerrogativas da Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige dos gestores o total rigor para o equilíbrio das contas públicas.

Informou ainda que o contexto de crise econômica que assola o país também é um fator real que deve ser levado em conta. “Estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte, por exemplo, ainda não pagaram sequer o 13º. salário dos seus servidores, enquanto o Governo do Amazonas vêm honrando, religiosamente, a sua folha de pagamento, conforme cronograma estabelecido”, enfatizou na nota.

De acordo com a Seduc, por parte do Governo do Estado um conjunto de benefícios foi assegurado recentemente à categoria, dentre os quais a revisão completa do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração da Seduc que assegurou aos servidores públicos estaduais da educação ganhos inéditos dentre os quais: a garantia de melhores remunerações por tempo de serviço (progressão horizontal), melhores remunerações por aquisição de pós-graduações (progressão vertical) e criação da carreira para os servidores administrativos de níveis de ensino fundamental e médio.

Além da concessão inédita de vale-alimentação ao valor de R$ 220 mensais (que beneficia mais de 20 mil servidores por mês); a instituição das Horas de Trabalho Pedagógico (HTP), com as quais os professores lotados em sala de aula passaram a ter direito à concessão de horas (remuneradas) específicas para o planejamento de suas aulas; dentre outras providências.

Com relação à remuneração salarial, a Seduc informou que no Amazonas, o piso salarial dos professores da rede pública estadual (R$ 3.269,50 pelo regime de 40h semanais) é 53,09% maior que o piso estipulado para ao país, fixado no dia 14 de janeiro do ano corrente pelo Governo Federal em R$ 2.135,64 para o mesmo regime de 40h.

Sobre a possibilidade de paralisação prevista para hoje, a Secretaria de Educação informou que o funcionamento regular das escolas não foi afetado e que o presidente do sindicato, Marcus Libório, e os demais representantes do Sinteam serão recebidos pelo secretário de educação.

 

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