(site prefeitura de Manaus)
Mais de 200 professores de 75 escolas municipais iniciaram, na manhã desta segunda-feira, 21, uma turma da primeira formação do Projeto Piloto de Educação Financeira de 2016. A atividade busca capacitar os profissionais do magistério a disseminarem práticas de bom uso do dinheiro com os alunos da rede municipal de ensino.
A ação atende uma orientação da Estratégia Nacional de Educação Financeira e é coordenada pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) e está sendo realizada na sede da Divisão de Desenvolvimento Profissional do Magistério (DDPM), zona Centro-Sul, até esta terça-feira, 22.
Segundo a coordenadora do projeto, Shirley Vitor, o tema será aplicado de forma interdisciplinar em sala de aula. A expectativa é que mais de 13 mil estudantes de 3º, 5º, 7º e 9º ano do Ensino Fundamental possam receber, durante o ano, ensinamentos sobre a temática.
“É um conteúdo interdisciplinar que pode ser trabalhado em história, língua portuguesa e matemática. Nós recebemos um material didático que já vem com uma proposta diversificada para trabalhar a interdisciplinaridade. Esperamos uma mudança de atitude dos alunos, uma mudança de valores, de pensamentos, ou seja, de que o aluno tenha esse entendimento de como administrar seu dinheiro e se organizar financeiramente”, explicou ela.
A pedagoga da Escola Municipal Rosa Sverner, Cláudia Maria Barbosa, disse acreditar que informações simples sobre o tema podem gerar grandes resultados. “Eu percebo que muitas pessoas não sabem lidar com essas questões financeiras. Eu, por exemplo, gosto muito de controlar minhas finanças e acho que será muito bom que os alunos aprendam cedo, principalmente a questão do desperdício”, salientou.
Já para Karla Costa, da Escola Municipal Francinete Rocha Brasil, a formação e o acesso aos conteúdos ajudarão tanto os alunos quantos os professores. “Quem não gosta de poupar e economizar? Às vezes a gente acha que sabe e no final das contas acaba se atropelando com coisas simples. Isso vai nos ajudar a planejar e organizar melhor nosso dinheiro. Vai ajudar demais os professores, pedagogos e todos que tiveram acesso”, ressaltou
Trabalhando a base
De acordo com a consultora pedagógica do AEF-Brasil, Laura Coutinho, trabalhar a educação financeira é uma atividade recente em todo o mundo. No entanto, ela afirmou que o Brasil é um dos poucos países que decidiu investir na escola como público alvo.
“Isso não é uma preocupação brasileira, mas internacional. O Brasil também trabalha com os adultos, mas teve uma preocupação de trabalhar com as escolas, entendendo que os alunos, uma vez formados, podem virar essa população mais consciente e responsável com o consumo e com a poupança. Nós olhamos para os alunos como potenciais multiplicadores dessas informações”, explicou.
Texto: Thiago Botelho
Fotos: Rodemarques Abreu
Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Educação (Semed): 92 3632-2054
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