(Portal Acrítica)
Ainda não está comprovada a relação com o Zika vírus, mas o Ministério da Saúde estabeleceu aos municípios que qualquer caso microcefalia investigado em área onde há casos de Zika deve ser considerado como provável consequência da doença
Mães passarão por exames
Manaus
informa hoje, 29, ao Ministério da Saúde (MS), sete casos de
microcefalia em investigação. Até o momento não está comprovada a
relação desses casos com infecção por Zika vírus, porém, o órgão federal
orientou aos municípios de todo o país a notificação imediata dos casos
em investigação.
“A
partir de agora, Manaus passa a colocar no seu boletim epidemiológico
de Zika vírus todos os casos de microcefalia que surjam na cidade, por
um padrão recentemente estabelecido pelo Ministério da Saúde. Portanto,
nós não tínhamos grávidas com suspeita de microcefalia em seus bebês que
estavam sendo acompanhadas após a detecção de Zika vírus, mas havia
sete casos de microcefalia que estavam fora do boletim por não estarem,
em nossa análise, relacionadas à infecção”, ressaltou o secretário
municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão Neto.
Para o Portal A Crítica, o secretário explicou que os bebês nasceram entre o fim do ano passado e o começo deste ano.
Baseados
em critérios epidemiológicos e investigações que foram feitas pela
Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), não há relação com o Zika, no
entanto, com a nova orientação do Ministério da Saúde, que estabelece
considerar todos os casos da doença da forma mais ampla possível a
detecção desses casos, houve a inclusão de sete casos.
“Uma
vez que há a questão das grávidas asssintomáticas – sem sintomas – e
elas serão 80% das grávidas que tiveram a infecção, existe essa
preocupação. Mesmo que a pessoa não tenha nenhum sintoma da doença, ela
pode ter sido infectada pela febre do Zika vírus e desenvolver a
microcefalia em seus bebês em razão disso”, disse o secretário.
O
MS estabeleceu aos municípios que qualquer caso microcefalia
investigado em área onde há casos de Zika deve ser considerado como
provável consequência da doença. “Ficamos com o entendimento de que, de
fato não temos microcefalia associada ao Zika vírus, mas para efeitos de
computação, esses casos passam a ser considerados de acordo com as
orientações do MS”, pontuou Homero.
FVS
A
Fundação de Vigilância em Saúde informou que fará uma série de exames
nos bebês para tentar descobrir se a microcefalia, nestes casos, foi
causada pelo Zika.
Até
28 de fevereiro foram registrados 664 casos suspeitos do Zika vírus em
Manaus. Do total, 55 casos foram confirmados, sendo 24 gestantes. Outros
162 casos foram descartados e destes 18 em gestantes. Permanecem sob
investigação 441 casos, 107 são gestantes.
O Disque Saúde 0800 280 82800800 280 8280 já
recebeu 2.683 denúncias de locais com possíveis criadouros de Aedes e
1.577 foram executadas. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) já
implantou, até esta data, 791 brigadas de combate ao vetor, com 2.925
pessoas capacitadas.
*Com informações da assessoria
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